CELEBRAÇÃO DO DIA (DE JULHO À DEZEMBRO)


Nesta página, colocarei, todo dia, as celebrações femininas das antigas civilizações e culturas em uma homenagem transcultural ao Feminino de sempre. Nem sempre os calendários antigos coincidem com o nosso, atual, porque haviam diferentes referenciais que foram substituídos ao longo do tempo; alguns deles continuam em uso para essa cultura especificamente (como o calendário lunar hinduísta), mas apenas para as festas religiosas. Vale, portanto, a homenagem e recordação dessas celebrações.





CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE DEZEMBRO:
No Brasil, o orixã celebrado é Iemanjá, a Deusa Mãe ioruba das águas salgadas e dos mares. As pessoas vestem roupas brancas e fazem oferendas de flores, colares, pulseiras, perfumes, moedas, pentes, sabonetes, champagne e espelhos. Muitas vezes colocam estes presentes em pequenos barquinhos e entram nas águas do mar para oferece-los. Acredita-se que, se o barquinho não voltar à praia, a oferenda e os pedidos feitos foram aceitos e o ano que entra será protegido pela orixã. A pessoa entra no ano novo "com o pé direito".
Os religiosos de umbanda e candomblé se reúnem nas praias de todo o Brasil para agradecer o ano que findou e o Ano Novo com rituais religiosos.
Em Salvador da Bahia, tem lugar a lavagem das escadarias da igreja do Nosso Senhor do Bonfim, sincretizado com o orixã Oxalã, para entrar no ano com boa sorte. Baianas vestida com os trajes típicos das religiões de matrizes africanas, lavam as escadarias com água perfumada, folhas e pétalas de flores.


Yemanjá ou Ymojá é uma das maiores deusas africanas. Em sua pátria, ela era a deua ioruba regente do Rio Ogum, filha do mar, para cujo seio ela fluía. Era também a Mama Watta, a Mâe d´Àgua que deu origem a todas as águas e gerou inúmeras divindades. Mesmo dormindo, ela criava, incessantemente, novas fontes de água. Era representada como uma mulher madura, com seios volumosos, longos cabelos negros, cercada de conchas e peixes, já que seu verdadeiro nome, Yéyè Omo Ejá, significa "Mãe cujos filhos são peixes".
Festa de Strenia, a deusa da terra e da abundância na Sicília, celebrando os dons de Pandora.
Danças do fogo em Samoa para a deusa do fogo vulcânico Pele.
Comemoração das Três Nornes, na Escandinávia, as deusas do destino.
Noite dos Desejos, no México e o Dia de Sorte, no Egito, celebrando a deusa com cara de leão Sekhmet.
Festa da Fada Dourada, no País de Gales.
Antiga celebração, na França, da deusa da abundância Abonde, equivalente da romana Abundita, da celta Habonde ou Habondia. Seu culto sobreviveu na Europa até a Idade Média, reverenciada, especialmente, pelas bruxas e pelos magos.
Expulsão dos demônios do azar e chamada dos espíritos da sorte, no Japão. As pessoas, vestidas com máscaras grotescas e roupas de palha, andavam pelas ruas, fazendo muito barulho e coletando de cada casa dinheiro, bolos de arroz e saquê.






CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE DEZEMBRO:
Início do festival africano Kwanza, com rituais dos povos Kwanza e Swahili celebrando a colheita e os primeiros frutos. O festival durava até primeiro de janeiro, sendo dedicado à Sete Forças originais que, na tradição ioruba, são as divindades Obatalá; Yemajá; Oyá; Oxum; Xangô; Ogum e Elegbá.
Na civilização inca, a grande celebração de Capac Raymi, ou Festival Magnífico, acontecia no solstício. Esse mês era também a época do huara-chico, ou cerimônia da puberdade para jovens garotos.
No Taiti, eles celebravam o parara´a matahiti, ou festival da primeira fruta, em honra ao deu do paraíso, Roma-tane.
Em Tonga, acontece um festival similar em que os homens participavam de lutas livres, com clavas e uma espécie de boxe.
Em Fiji, dizia-se que nesse período do ano o Senhor do Submundo vinha empurrar os brotos de batata-doce através do solo.
Em Gales, algumas pessoas ainda crêm que o Cwn Annwn, ou os cães do submundo, corram através dos ares na meia-noite da Véspera do Ano Novo, buscando vítimas para levar de volta para seu mestre. Batia-se em potes e panelas para afugentar esses animais sobrenaturais.
Na Escócia, o dia 31 de dezembro era conhecido como Hogmanay, o Ano Novo escocês. As pessoas preparam pratos tradicionais servido nessa época: bannocks, oarsmen, shortbread, black buns e ankersocks (um tipo de pão de gengibre). Há muito tempo, havia o costume de os homens se vestirem com peles de animais, geralmente com chifres e galhadas. À meia-noite as pessoas abriam todas as portas e janelas de suas casas para expulsar o velho e permitir a entrada do novo.




CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE DEZEMBRO:

  
 Dia das ninfas, na Grécia, celebrando Andrômeda e Ariadne. O mito grego descreve Ariadne como a filha do rei de Minos, em Creta, que deu um novelo de linha para que o herói Teseu, ao desenrolá-lo, pudesse encontrar o caminho de saída do labirinto de Minos. Após matar o Minotauro, Teseu levou Ariadne consigo e a deixou depois em outra ilha, Naxos. Lá ela foi encontrada pelo deus Dionísio que a transformou na líder de suas sacerdotisas, as Mênades, e na mãe de seus inúmeros filhos. Ao morrer durante um parto, ela foi transformada na constelação de Aridella. 
Originariamente, Ariadne era a deusa do amor e da sexualidade de Creta, reverenciada exclusivamente por mulheres. A chegada dos conquistadores gregos modificou seu mito original, mostrando claramente a fusão do antigo culto matrifocal aos elementos patriarcais. 


Andrômeda era a deusa das estrelas e planetas, da beleza e da magia. Segundo o mito, Poseidon ofereceu-a como tributo aos monstros marinhos para que eles não mais destruíssem os navios e inundassem as cidades. Ela foi salva pelo herói Perseu e, posteriormente, transformada na Constelação que leva seu nome.
Dia das mulheres, na África, quando elas celebram seu dia com festase muita alegria. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE DEZEMBRO:

Celebração de Cliodhna,  a deusa irlandesa da beleza, moradora da Terra Prometida e que legou aos celtas o dom da eloqüência. Segundo a lenda, todo aquele que beijasse a Blarney Stone, sua pedra sagrada em Cork, na Irlanda, adquiria o dom da oratória. O desafio era a difícil localização da pedra, que deveria ser beijada com a pessoa de cabeça para baixo, pendurada à margem de um barranco.
Outra deusa irlandesa, com nome similar, era Clidna, uma das Tuatha de Danaan, as divindades dirigidas pela deusa Danu. Clidna aparecia como um pássaro marinho, regendo a nona onda de cada série de ondas. Esta onda, por ser maior que as outras, detinha podres mágicos, sendo chamada de "a onda de Clidna". Quando assumia forma humana, Clidna aparecia como uma mulher de extraordinária beleza.
Na Escandinávia, celebração a Gunnlud, a deusa da educação, do conhecimento, padroeira das artes e guardiã do elixir da poesia, "odrerir". Segundo a lenda, Odin cobiçava tanto os potes em que Gunnlud guardava o hidromel sagrado, que acabou por seduzi-la para roubar o elixir da inspiração.
Celebração das matriarcas e deusas tecelãs: A Mulher Aranha, A Mulher que Muda, A Mulher de Cobre, as deusas Arachne, Arianrhod, Athena, Chalchiuhtlique, Befana, Morrigan, as três Nornes, as Parcas e as três Mães.
 Festival anual de paz e renovação espiritual na China. Um grande cavalo de papel, contendo nomes e pedido, era queimado na frente de um templo para que a fumaça levasse-os para o céu.


    Dia dos Santos Inocentes. É uma celebração cristã em homenagem aos Santos Inocentes, as crianças assassinadas segundo relato na Bíblia (Mateus 2:16-18), no evento conhecido como Massacre dos Inocentes. Muitos cristãos consideram os Santos Inocentes como os primeiros mártires cristãos e as primeiras comemorações estavam vinculadas à Festa da Epifania, em 6 de janeiro, sendo mencionados em hinos e homilias referentes à essa data. Atualmente a data da festa varia: para os cristãos ortodoxos, a data é 29 de dezembro, os sírios orientais festejam dia 27 e os católicos, anglicanos e luteranos, no dia 28 de dezembro.
Na Espanha, América espanhola e Filipinas, é dia de pregar peças, equivalente ao Dia da Mentira em outros países. As "bromas" (piadas) são conhecidas como "inocentadas" e, neste dia, alternadamente piadistas e vítimas são os "inocentes", ninguém podendo ficar bravo porque, ao final, eles "não cometeram pecado". Uma das tradições mais famosas, é o festival Els Enfarinat, em Alicante, onde os "inocentes" se vestem com roupas militares e provocam uma guerra de farinha.






CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE DEZEMBRO:

Jhul, festival nos países escandinavos, celebrando com fogueiras e danças o casal divino, Freyja, a deusa do amor, da beleza e da fertilidade e seu irmão Frey, o deus da fertilidade e da agricultura.
O nome de Freya originou em inglês, o do sexto dia da semana (Friday), dedicado ao planeta Vênus. Ela representava a essência do amor e da sexualidade, conhecida por sua intensa vida amorosa e seus inúmeros amantes, embora também tivesse um marido.
Freya também era a chefe das Valquírias, as amazonas celestes que recolhiam as almas do guerreiros mortos em combate, afirmando, assim, sua atuação como uma deusa da morte. Como deusa do amor, ela era reverenciada como a mais bonita das deusas nórdicas, vivendo em um vasto palácio, para onde eram levadas as almas dos guerreiros. Era de lá que ela saía em sua carruagem dourada puxada por gatos, o que a tornava também, a Senhora dos Gatos, como a deusa egípcia Bast. Como Senhora da Magia, Freya era a padroeira dos xamãs e das"volvas". Elas eram sacerdotisas que praticavam "seidr", uma complexa forma de magia extâtica e sexual, de projeção astral e de técnicas oraculares usando runas, cuja magia Freya ensinou ao deus Odin. Freya tinha um poderoso talismã, o colar mágico Brisingamen, confecionado magísticamente pelos gnomos, que lhe dava acesso à Árvore do Mundo e domínio sobre os elementos e os seres elementais.
Homenageava-se também Frigga ou Frigg, a deusa da natureza e do tempo, protetora das famílias e das tribos, a Senhora Branca amada por todos.
Muitos pesquisadores e autores afirmam que as deusas Freya e Frigga são aspectos de uma só deusa, facetas complementares da mesma energia feminina. No entanto, Frigga tinha atributos bem diferentes: ela era a Mãe e guardiã das famílias, padroeira do casamento e do lar. Uma das esposas do deus Odin, mãe do deus solar Baldur, a loura deusa Frigga morava em Fensalir, seu lindo palácio aquático. Vestida com um manto de penas de falcão, ela tecia os fios dourados do Sol ou a trama delicada das nuvens.
Nos povos Hopi, festeja-se o retorno para a terra dos Kachinas, os espíritos ancestrais e das divindade da natureza.



  
CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE DEZEMBRO:


Celebração de Lilith, a deusa suméria da sexualidade. Mencionada nos antigos mitos hebreus como a primeira mulher de Adão, Lilith foi criada ao mesmo tempo que ele, tendo desfrutado dos mesmos direitos. Adão, no entanto, queria que ela fosse mais submissa, ficando sempre por baixo dele durante o ato sexual. Lilith rebelou-se e fugiu, escondendo-se às margens do Mar Vermelho.  
Em lugar de Lilith, Deus criou, então, Eva da costela de Adão. Eva, por não lhe ser igual, precisava acatar sua supremacia obedecendo a suas regras patriarcais. As escrituras judaicas transformaram então Lilith em uma figura demoníaca, Lilith, a Mãe dos Demônios, que deu origem , na Idade Média, aos íncubos e súcubos, vampiros sexuais masculinos e femininos. Originariamente, Lilith era a padroeira das gestantes, das mães e dos recém-nascidos, mas as deturpações judaicas denegriram-na, tornando-a a rainha das bruxas, o demônio que roubava o leite das mães, as almas das crianças e a virilidade dos homens. Recomendava-se usar amuletos cabalísticos contra os poderes nefastos de Lilith e praticar a abstinência sexual. Lilith, atualmente, é o nome usado na Astrologia para designar tanto a Lua Negra quanto um asteróide que influencia a sexualidade humana.
Ritual da Dança da Tartaruga, tradição nativa norte-americana celebrando a Igaehinvdo, a deusa do Sol e do dia, irmã da deusa da terra Elihino e da deusa do milho Sehu. Se devidamente homenageada, Igaehinvdo não queimará a terra com seus raios.
Comemoração da deusa nórdica Sunna, a Senhora Solar, a noiva brilhante do céu, responsável pela manutenção da vida na Terra.
Nascimento de Horus, filho da deusa Ísis e do deus Osíris, no período de sepultamento final de Osíris.
 Nascimento de Buda, filho da deusa Maya, na Índia.
Festival Junkanoo nas Bahamas, honrando todas as divindades com procissões de máscaras  e fantasias, músicas e danças.
Fim dos Dias de Halcyone, dedicados às Plêiades.




CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE DEZEMBRO:


Os festejos de Natal originaram-se nas antigas celebrações universais do solstício de inverno. Apenas no século IV foi escolhida esta data, que coincide com o nascimento de vários deuses solares e da vegetação, como Tammuz, Osíris, Attis, Dionísio e Mithra. Por ser basicamente um festival da luz e do Sol, era dedicado aos deuses solares nascidos de suas Mães Virgens, Spenta Armaiti, Mirrha, Ísis, Maria, Rhiannon e Coatlicue. À meia-noite deste dia, os sacerdotes emergiam dos altares subterrâneos anunciando "A Virgem deu à luz, a escuridão diminui". As civilizações mexicanas, peruanas e dos nativos americanos, também celebravam o nascimento da Criança Divina.
Em Roma, celebrava-se o "Dies Natalis Invicto", o  nascimento do Sol Invicto e o fim dos festejos libertinos da Saturnália. 
Sacaea, comemoração do nascimento do deus solar de sua Divina Mãe na Babilônia.
Celebração da deusa Astarte, na Mesopotâmia, conhecida como Athar Samayin pelos aramaicos, Astoreth pelos canaaitas e Aisha Qandisha pelos marroquinos. Ela era a Grande Mãe, regente do céu e do planeta Vênus, a estrela matutina, a regente celeste e mãe de todos os deuses.
No folclore alemão,  há uma lenda sobre uma bruxa chamada Lutzelfrau, que voava montada em sua vassoura levando infortúnios para aqueles que não a  presenteavam. De acordo com um antigo costume dos camponeses, neste dia as crianças usavam máscaras e iam de casa em casa pedindo dinheiro e doces em nome de Lutzelfrau. A origem desta lenda é a antiga celebração da deusa Perchta, a Mãe Terra, que era homenageada com oferendas para que proporcionasse um ano abundante e feliz.
Continuação de Juvenália, a festa romana das crianças, que recebiam presentes e se divertiam com jogos, teatro de marionetes e danças, com fantasias e máscaras.
Antigo festival Jolnir, na Escandinávia, honrando o deus Odin com oferendas de cervejas especialmente preparadas para essa ocasião, homenageando também as almas dos heróis mortos em combate.
 
 



CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE DEZEMBRO:


"Modresnacht", a Noite da Mãe, antiga festa anglo-saxã e alemã dedicada à Grande Mãe Nerthus ou Frau Gode. Muitas das tradições deste festival sobreviveram e foram adaptadas às celebrações do atual Natal. Em lugar de fogueiras festejando o nascimento da Criança Divina, passaram a usar tochas, depois velas inscritas com símbolos rúnicos. As árvores sagradas, reverenciadas como símbolos da Árvore da Vida ou do Mundo, foram substituídas pelo pinheiro decorado com bolas (representações dos planetas) e o Anjo no topo (em vez da imagem da Deusa). Nerthus era conhecida como "A Mãe da Terra do Norte" e simbolizava a fertilidade, a paz e a harmonia familiar. A ceia e os presentes honravam o alimento e a prosperidade concedidos pelas Deusas-Mãe a seus filhos humanos. Os duendes associados ao Papai Noel atual são remanescentes dos povos sobrenaturais da Natureza da Antiga Religião. As renas simbolizam antigas habilidades xamânicas praticadas. Diz-se que o visgo foi colhido e usado pela primeira vez pela deusa Frigg para coletar beijos, antes de se tornar uma arma para matar seu filho.
Neste dia, os povos antigos ofertavam presentes para as Divindades agradecendo as dádivas  recebidas ao longo do ano. Atualmente, as pessoas presenteiam-se entre si, a celebração tendo perdido seu significado sagrado para tornar-se uma reunião familiar e comercial. 
Na Finlândia acendem-se velas brancas no túmulos dos ancestrais, pois acredita-se que os fantasmas do falecidos voltam para suas casas nesta noite.
Uma antiga crença européia afirma que os pedidos de casamento feitos e aceitos nesta noite asseguram casamentos longos e amorosos.





CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE DEZEMBRO:


Em Roma, Larentália, a celebração de Acca Laurentia, Larunda ou Lara, a mãe dos Lares,os deuses protetores dos lares. Comemorava-se também o retorno da luz, após a noite mais escura do ano.
Akka era uma deusa ancestral da Anatólia, chamada de "A Avó Parteira", que ajudou o nascimento dos deuses. Há ainda uma deusa com atributos similares, Akna, na América Central e também Mader-akka, a Mãe Divina dos lapóes.
Acca Laurentia era considerada a parteira divina de Romulus e Remo, os gêmeos fundadores de Roma, tendo-os tirado do Rio Tibre, onde flutuavam abandonados em um cesto. Foi desta mesma maneira que Akka, a deusa da Anatólia, salvou o herói Sargon. 
Na Grécia, comemoração de Sêmele eDionísio. Sêmele era deusa grega do amor e da sexualidade, amante de Zeus emãe do deus Dionísio.
Na tradição celta, o "dia branco", sem nenhuma regência de árvore ou letra do alfabeto Ogham. Est dia chamava-se "O segredo da pedra que não foi talhada", simbolizando o potencial oculto existente em todas as coisas. 
Dia dos Bobos, na Europa antiga, quando o bobo da cidade era coroado como rei e o verdadeiro rei simulava uma morte temporária para renascer depois.
Celebração de Hathor, no Egito, com a Noite das Lanternas marcando o sepultamento final de Osíris.




CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE DEZEMBRO:

Celebração nativa norte-americana da deusa Awehai, a criadora da vida, protetora das famílias e das tribos e senhora do céu. Sua lenda conta a criação da Terra e do povo Iroquois. Originalmente, Awehai morava no céu com seu marido, que desonfiou de sua fidelidade e expulsou-a. Em sua queda do céu, Awehai pegou algumas sementes e animais e foi conduzida por vários seres alados até pousar sobre o casco de uma grande tartaruga . Lá, ela juntou poeira e misturou-a com água, formando, assim, a Terra. Depois, ela espalhou as sementes e soltou os animais. Encantada com a beleza da Terra, ela completou a criação criando seus filhos, o povo Iroquois.
Danças noturnas nos Pueblos Hopi, festejando os Kachinas, os espíritos da natureza.
Festival taoísta dedicado à deusas Hsi Wang Mu, a Mãe Terra e Tao, a Mãe Natureza. Hsi Wang Mu era a representação do princípio feminino Yin e, juntamente com seu consorte Mu Kung, o princípio masculino Yang, criou a Terra e os seres vivos. Hsi Wang Mu era representada com corpo de mulher e com a cauda de leopardo, dentes de tigres e cabelos desgrenhados. Ela é a guardiã da Erva da Imortalidade e mora no Monte Kunlun, comandando todos os gênios da Natureza. Dao ou Tao (significando "caminho"), era considerada a Mãe Primordial e, juntamente com seu consorte, o Vento, gerou as divindades e os seres humanos.
Festa de Hadijah, a mulher do profeta Maomé, mãe de Fatimah.





CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE DEZEMBRO:



Em 2012, solstício de verão, no hemisfério sul e de inverno, no hemisfério norte, às 8:13minutos.
A palavra solstício deriva do latim (sostitium), que significa parado, imobilizado, associado à idéia de que o sol estaria estacionado. Marca a época do ano em que o sol, em seu movimento de translação aparente ao redor da terra, atinge o seu mínimo afastamento angular do Equador, no sul e o máximo no norte e coincide com a entrada do sol no signo de Capricórnio. Durante esse evento cósmico o dia tem a maior duração no ano todo, no sul e a menor duração, no norte.
No hemisfério norte, acreditava-se que o solstício de inverno significava o renascimento do Sol no ventre escuro da Mãe Terra, simbolizando a renovação das eperanças, novas promessas de alegrias e realizaçãoes, assegurando à humanidade que a Roda do Ano, em seu movimento perpétuo, novamente chegaria ao fim das vicissitudes do inverno e da escuridão. Entre os povos celtas, este evento era celebrado como o Sabbat Yule, cujo símbolo mias importante erao fogo que devia queimar durante os doze dias de celebração, representando que a luz solar pode brilhar durante os doze meses do ano.
Mais tarde, o cristianismo modificou estes símbolos para o Natal.




Celebração eslava Koleda, também chamada Kuntuja, na Rússia, comemorando a deusa Koliada, senhora do tempo, do Sol e da luz, personificando o próprio solstício de inverno. Ela simbolizava o Sol, cercada pelas forças da escuridão, precisando da ajuda da humanidade para vencê-las. Essa tarefa era executada pelas mulheres, que estimulavam, por meio de rituais, o poder procriador da Deusa. Com o passar do tempo, Koliada foi transformado em deus e, nesta data, celebrava-se seu nascimento. Koliada ou Kulada, permaneceu, mas disfarçada na figura de São Nicolau, o velhinho bondoso que ajudava as mulheres nos trabalhos de parto. Na Rússia, celebrava-se também Maslenitza, a deusa da fertilidade e da agricultura.
Comemoração de Tonan ou Tlakatellis, uma das manifestações da Grande Mãe asteca. Ainda hoje o povo Nahua reverencia-a colocando guirlandas de calêndulas e folhas em suas estátuas ou nas de sua "substituta", a Virgem de Guadalupe.


CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE DEZEMBRO:


Festival celta das estrelas. Celebração de Austrine Valkirine ou Saules Meita, a deusa báltica das estrelas, filha de Saule, a deusa solar reverenciada como a Mãe Criadora nos países bálticos. Chamada de Senhora da Estrela Matutina, Austrine Valkirine acende, a cada manhã,  o fogo para que o Sol possa iniciar sua jornada diária. Sua irmã, Zleja, governa o meio-dia, enquanto que sua outra irmã, Breksta, rege a escuridão. 
Os sonhos durante esta noite eram muito significativos, até mesmo proféticos. 
Festa de Tsao Chun, na China, celebrando Tseu Wang e sua consorte  Tsao Niang Niang, deuses protetores do lar. Segundo a lenda, esse deus de rosto redondo e sorridente vigia o comportamento da família ao longo do ano. Nesta noite, ele volta ao céu para relatar aos deuses tudo o que observou. Por isso, as pessoas tentam suborná-lo, untando a boca de suas imagens com melado, para adoçar suas palavras, e oferecendo-lhe doces e guloseimas. As crianças jogam feijões no telhado, simulando o galope dos cavalos de Tsao Wang. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE DEZEMBRO:




Festa de Opália, celebrando o aspecto de fertilidade da deusa Ops, em Roma. Ops era uma deusa da Terra, protetora de tudo o que é associado à agricultura. Como Ops Consiva, "A Senhora que planta", ela era reverenciada nos plantios e nas colheitas. Em seu aspecto de Opífera, era a padroeira dos partos e protetora dos recém-nascidos. Considerada um dos aspectos da Magna Mater, ela também era conhecida como a deusa Patella, "a que abria o invólucro das sementes para que o broto pudesse sair" e a deusa Runcina, "a que facilitava o corte das hastes na colheita".
Festival hindu Pongol, dedicado às deusas Sankrant e Saraswati. Celebra-se, também, a proximidade do solstício e a volta das divindades que estavam dormindo nos últimos seis meses. As pessoas trocam presentes entre sí e oferecem arroz, manteiga, especiarias, açúcar e espelhos para os Brahmanes que intercedem perante as divindades, garantindo, assim, uma vida plena e uma passagem pacífica. As vacas são lavadas com ervas e açafrão e cobertas com folhagens e frutas e, com os chifres pintados, desfilam pelas ruas.  As mulheres cozinham o Pongal, arroz com leite e especiarias, e após distribuírem-no para a comunidade, oferecem também para as vacas.
Na China, as pessoas se reúnem nas cozinhas decoradas com flores, acendem velas, queimam incenso e festejam com pastéis, carne de porco e vinho de arroz, levando, depois, um pouco como oferenda para as árvores. Este dia é considerado muito favorável para noivados e casamentos.
Comemorações para as deusas romanas Sabina, da fertilidade e Orbona, a protetora das crianças órfãs ou com doenças terminais.
Dia dos Mortos no Egito. As pessoas deixam lamparinas acesas e comida nos túmulos em homenagem aos familiares falecidos.




CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE DEZEMBRO:

Nos países celtas, festejava-se a deusa eqüina Epona, cujo culto foi mantido pelos romanos e sincretizado ao da deusa romana Ops.
Epona era considerada, pelos romanos, como a protetora dos cavalos, enquanto Bubona era a proterora do gado. Epona era representada de três maneiras: cavalgando uma égua branca; em pé, cercada de cavalos ou deitada nua sobre um cavalo. Às vezes, segurava um cálice ou um prato redondo ou ainda uma cornucópia. Segundo algumas fontes, Epona oroginou um verdadeiro culto ao cavalo, cujas reminiscências são encontradas nas gigantes reproduções de cavalos em várias colinas calcárias da Inglaterra e na freqüência do nome Cavalo Branco para lugares, pubs, lendas (como a de Lady Godiva) e de "fantasmas" de mulheres a cavalo.
Epona detinha o poder sobre o ciclo da vida dos homens, do berço ao túmulo e por isso seus símbolos eram um pano branco e uma chave, que abria todas as portas do além.
Comemoração da antiga deusa eqüina irlandesa Etain, "A Veloz", a padroeira da magia e da cura. Etain era também uma deusa solar, padroeira irlandesa da medicina. Filha do deus da cura Dian Cecht, ela casou-se com Ogma, o deus da literatura e da eloqüência.
Celebrações de Consuália, homenageando os deuses romanos Saturno e sua consorte Ops, assinalando o fim do ano agrícola.


CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE DEZEMBRO:


Início da Saturnália, os doze dias de festejos dedicados aos deuses romanos da agricultura Saturno e Ops. Esse festival era marcado por extrema liberalidade e licensiocidade, com orgías, fantasias com máscaras, peças burlescas  e troca de presentes entre amigos.
Por ser um tempo de transição entre a morte do velho ano e o nascimento do novo, havia um período de caos e abolição de regras e leis. Donos e escravos trocavam de lugares, os prisioneiros eram libertados e todas as atividades públicas e julgamentos eram suspensos. As crianças recebiam presentes e tinham várias regalias.
Esses festejos, precursores do Natal, existiam também em outras culturas, como em Creta, Tessália e Babilônia.
Saturno era o deus invocado no plantio das sementes, enquanto que Ops era a deusa da fertilidade e prrosperidade. Por isso, esse é um dia favorável para encantamentos que atraíam a prosperidade e também para rituais de banimento de tudo aquilo que escraviza ou impede você de crescer, ou progredir.
Celebração nórdica para Hlodyn ou Fjorgyn, a deusa primordial da Terra. Ela era a personificação da terra primitiva, não cultivada e vazia. Filha de Nat, a noite e Annar, a água, era uma das esposas de Odin e mãe de vários deuses. Era reverenciada no topo das montanhas de onde, segundo o mito, ela esperava para unir-se com o céu.




CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE DEZEMBRO:

Festival de Sapientia, a Deusa da Sabedoria, em Roma.
Sapientia, do latim, Senhora Sabedoria, equivalente à grega Sophia, tornou-se uma deusa venerada pelos gnósticos, hermetistas, alquimistas, cabalistas e filósofos medievais. Era representada, às vezes, como a Sereia dos Filósofos, despejando o vinho branco do conhecimento e o tinto da iluminação de seus seios, surgindo do Mar Universal. Os místicos renascentistas assemelham-na, às vezes, à sabedoria de Deus, à Deusa Interior, à Mãe Natureza ou à Virgem Maria. Descreviam-na como a rainha querida de Deus, a fundação primordial de toda a criação, apresentada como uma tríade: Sapientia Creans, a criadora. Disponans, a que une todas as coisas em harmonia e Gubernans, a Divina Providência, ou seja, aspectos da tríplice manifestação da Grande Mãe.
Uma antiga deusa romana da sabedoria e das profecías era Egeria, cujo nome, ainda hoje, éusado para designar as mulheres conselheiras. A lenda descreve-a como uma ninfa aquática que se apaixonou e casou com o rei Numa Pompilius, ensinando-lhe os rituais corretos de veneração da terra. Também foi Egeria quem nos deixou de legado as primeiras leis de organização das cidades. Mais tarde, ela tornou-se uma divindade completa, venerada pelas mulheres grávidas, que pediam-lhe presságios e orientações sobre seus filhos.Seu culto foi assimilado ao da deusa Diana, com quem dividia o altar e a fonte do bosque sagrado de Nemi.






CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE DEZEMBRO:

Dia de Halcyone, a linda mortal que, por amor a um pescador, foi transformada no alcião, uma ave aquática. Seu nome foi dado à maior estrela da constelação das Plêiades.
No mito grego, as Plêiades ou Vergílias, eram as sete filhas da ninfa Pleione: Alcyone, Calaeno, Electra, Maia, Merope, Asterope e Taygete. Nacidas na Arcádia, elas acompanhavam a deusa Ártemis em suas caçadas, até que a deusa transformou-a na constelação das Plêiades.
Segundo a lenda, deste dia até o sétimo após o solstício de inverno, a energia mágica do alcião contribuía para que o tempo transcorrese calmo e tranquilo, já que o alcião fazia seu ninho no mar e acalmava o vento e as ondas com seu canto.
As Plêiades são um grupo de sete estrelas, também chamadas de Sete Irmãs, facilmente reconhecíveis no céu. Sua aparição e desaparecimento coincidem com importantes fases climáticas, mudanças das estações e ritmos naturais. Por isso, desde a antigüidade, as Plêiades serviram como ponto de referência para o cálculo dos calendários, marcação das celebrações, início ou fim das colheitas, fases propícias para caça, pesca ou plantio, festas e festivais.
Na antiga Mesopotâmia, as Sete Irmãs eram reverenciadas sob o nome de Kimah ou Ayish, na Índia elas eram as Krittikas e nas tribos norte-americanas simplesmente, as Sete Irmãs. Nas lendas dos índios do Alto-Amazonas, conta-se que Ceiuci, uma das Plêiades, veio para a Terra e criou todas as espécies de animais. Na lenda dos tupi-guarani, conta-se que temiona, acriadora da vida, gerou uma filha, que tornou-se a constelação das Plêiades e um filho que transformou-se na estrela Orion.



CELEBAÇÃO DO DIA 14 DE DEZEMBRO:

Festival Soyal dos índios Hopi, celebrando o retorno do Sol e o renascimento. A partir desta data e durante os próximos nove dias, os rapazes passavam por rituais de iniciação, a comunidade orando à Mulher Aranha, à Donzela Falcão e aos Kachinas pedindo saúde e prosperidade para o Ano Novo.
As celebrações eram feitas dentro das Kivas, as câmaras sagradas subterrâneas reservadas aos rituais e conselhos. Festejava-se a criação e o renascimento, anunciado pela proximidade do solstício, que trazia o aumento dos dias e da luz solar. Após cânticos e invocações às Direções, ao Grande Espírito, às Divindades e aos ancestrais, faziam-se oferendas de fubá e fumo, purificavam-se as pesoas com fumaça de sálvia e cedro, e fumava-se o cachimbo sagrado. Na noite anterior, as pessoas oravam e dançavam ao redor da fogueira ao som do tambor, purificando-se, depois, na Sweat Lodge, a Sauna Sagrada, preparando, assim, o corpo, a mente e o espírito para um novo ciclo em suas vidas.



CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE DEZEMBRO:




Festa da Belíssima, na Itália, celebração da antiga deusa romana Juno Lucina, deusa da luz e do parto. Seu emblema era o pirilampo, e em suas festas realizavam-se procissões com velas. As lendas diziam que a deusa, vestida de branco e coroada de luz, aparecia ao alvorecer, deslizando sobre a neve e trazendo comida para os pobres.
Neste dia, as "streggas", asbruxas, acendem fogueiras ou usam tochas em rituais para afastar o mal, a escuridão epara combater o "mal´occhio" (mau olhado).
Dia de Santa Lúcia, celebrada com um festival de luzes, na Suécia, quando a filha mais velha se veste com uma longa túnica branca e coroada com treze velas acesas, percorre toda acasa, oferecendo depois o desejejum a seus pais, perpetuando, asim, os antigos símbolos da Deusa que trazia luz e a comida.
Este dia também era celebrado na Hungría e em outros países da Europa com procissões de velas e moças vestidas de branco, carregando velas e distribuindo biscoitos e bebidas.
No Brasil, no sincretismo religioso, comemora-se Ewã, a deusa ioruba do céu, da terra, do vento, das nuvens e da água. Seu nome significa "aque se banha nas águas doces", sendo considerada "os olhos de todos os Orixãs", podendo, por isso, também ser chamada de Senhora dos Olhos. De acordo com o mito, Ewã pFesassa uma metade do ano como mulher e a outra como serpente.




CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE DEZEMBRO:


Festival anual mexicano dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe. Este dia era uma antiga data sagrada da deusa asteca Coatlicue, que foi posteriormente identificada com a Virgem Maria, assim como também acontecera à deusa Tonantzin.
Na mitologia asteca, a Terra era representada como uma deusa com cinco saias de serpentes, correspondentes à cinco direções (incluindo o centro). Às vezes, havia cinco irmãs como Deusas da Terra, mas na maior parte dos mitos, Coatlicue aparece como a Mãe Criadora, senhora da vida, da morte e da natureza. Em seu aspecto luminoso, ela é repreentada adornada de penas brancas e jóias de jade e esmeraldas e flutuando envolta em névoa, à luz da Lua. Quando fertilizada pelas pedras de jade e esmeralda, ela gerou o deus Quetzalcoatl. Em seu aspecto escuro, ela é a Anciã da morte, uma mulher feia, escura, desmazelda, usando uma saia com serpentes enroladas, adornada com mãos e corações humanos, cercada de sapos e nutrindo-se de cadáveres.
Angeronália, dia consagrado a Angerona, a deusa romana do silêncio, da ordem e do medo, que produz ou alivia. Suas estátuas representavam-na com um dedo sobre os lábios ou com a boca amarrada. Era invocada para guardar segredos ou vencer os medos, restabelecendo o equilíbrio. Alguns autores consideram-na a padroeira do inverno, dedicando-lhe a regência do solstício.
Sada, fetival zoroatriano do fogo celebrando a vitória das forças do bem e da luz sobre o male a escuridão.





CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE DEZEMBRO:



Dia consagrado à deusa celta Arianrhod, a Rainha da Neve, senhora da Lua e da magia, guardiã da Roda de Prata, cuja morada celeste era na contelação Corona Borealis.
Segundo as lendas, Arianrhod era uma pálida e linda mulher, filha preferida da deusa galesa Don, vivendo em seu castelo Caer Arianrhod em uma ilha isolada. Ela se apreentava de forma dupla como Virgem e como Mãe, padroeira da Lua, da noite, do amor, da sexualidade, da magia, da justiça e do destino. Mitos mais tardios aprentavam-na como uma Deusa Mãe, girando a Roda de Prata e trnsformando-a em uma barca lunar. Nela, Arianrhod transportava as almas dos mortos para a Lua ou para sua constelação. Outro mito também decreve-a como Morgause ou Margawse, a deusa da Lua e da noite, transformada pelos romances medievais em uma simples feiticeira.
Comemoração japonesa da deusa Yuki One, "A Donzela de Neve", o espírito da morte pelo frio. Ela aparecia para aqueles que tinham se perdido nas montanhas geladas como uma mulher pálida esilenciosa, cantando suavemente para adormcerem para que ela soprasse sobre eles o h´´alito frio da morte.
Em Creta, antes da chegada das tribos gregas patriarcais, reverenciava-se Britomartis que, apesar de ser originariamente uma deusa lunar, também estava associada à Terra, à natureza, às árvores e aos animais. Como deusa telúrica, ela também era a guardiã dos mortos, padroeira dos caçadores e pescadores. Era reverenciada no Monte Dikte, chamada, por isso, às vezes, de Dictynna. Após as invasões gregas, seu culto foi absorvido e adaptado ao de Ártemis.
Celebração de Bruma, a deusa romana do inverno.

CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE DEZEMBRO:


Celebração de Danu, a Deusa Mãe irlandesa, guardiã do conhecimento, protetora das famílias e tribos, regente da terra, da água e da constelação de Cassiopéia, chamada Llys Don, a corte de Danu, em sua homenagem. A mais importante das antigas deusas irlandesas, Danu era a dirigente de uma tribo de divindades nomeada Tuatha de Danaan, o povo de Danu, que depois foram diminuídos (pelos mitos posteriores às invasões dos povos celtas) a uma classe de fadas chamadas Daoine Sidhe. Seu nome, Dan, significava conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equiparavam-na à deusa Anu. Segundo as lendas, os Tuatha de Dannan, exímios magos, sábios, artistas e artesãos, foram vencidos pelos rudes e guerreiros Milesianos, retraindo-se nos Mundos Internos das colinas, chamadas "sidhe".
Festival romano Lux Mundi, dedicado à deusa Lucina, modernização na França como um festival dedicado à Deusa da Liberdade, com procissões de velas e orações de esperança.
Rituais de purificação dos índios Inuit, do Alaska. Em seguida, cerimônias noturnas honrando os espíritos dos animais mortos ao longo do ano nas caçadas, reverenciando Aedna, a deusa do mar e das baleias.


 

CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE DEZEMBRO:

 


 Festa da Virgem de Guadalupe, no México. Neste dia, pessoas devários lugares vêm orar no templo da Virgem, pedindo sua benção. Esta era uma antiga data dedicada à deusa asteca Tonantzin, A Mãe da Saúde.
A Grande Mãe asteca tinha vários nomes e diferentes atributos, de acordo com os lugares e tribos que a veneravam. Como Tonan, Tonantzin, Cihuatzin, Toci ou Teteuinnan, ela era a Mãe Sagrada e reverenciada, padroeira das parteiras e curandeiras, detentora dos poderes de regeneração e cura pela terra e pelas ervas. Seu altar mais famoso era na colina de Tepeyac onde, no ano de 1531, ela a apareceu perante os camponeses índios e pediu que seu altar fosse reconstruído, o que de fato aconteceu e a Igreja Católica dedicou-o à Virgem de Guadalupe.
Em seu aspecto de anciã, como Vovó Toci, era invocada nos rituais de purificação e reverenciada como a padroeira dos curandeiros, parteiras, xamãs, médicos e adivinhos, que dançavam calados, em estado de transe, por oito dias consecutivos defronte uma mulher coberta de flores, representando a Deusa.



CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE DEZEMBRO:

Celebração Ibó Osun, na Nigéria, festejando Oxum, a deusa ioruba das fontes e dos rios, da beleza e do amor, da sensualidade e da arte.
Oshun é a divindade principal dos Oshogbó, uma religião africana e recebe oferendas de "mulukun" (feijão fradinho com cebola e camarão), adun (farinha de milho com azeite e mel) e objetos de cobre e latão, principalmente jóias. Suas insígnias são as pulseiras e colares dourados, o leque, o espelho e os seixos brancos de rio. Além da África, ela é cultuada no Brasil, no candomblé e na umbanda e em Cuba e no Haití, na santeria, onde é chamada Erzulie ou Freda.
Comemoração de outra deusa ioruba da água, Obá, filha de Yemanjá e Oxalá. Rival de Oxum, ela representa a água revolta dos rios e a força necessária para alcançar a vitória nos embates. Seus símbolos são o escudo e a espada, suas cores são o vermelho e o amarelo e, no sincretismo religioso, foi equiparada a Joana d´Arc. As mulheres valorosas, porém incompreendidas, podem invocá-la para alcançar o sucesso profissional.
Comemoração do aniversário da deusa solar Amaterasu nos templos shintoístas do Japão.
Festival egípcio para Neith, antiga Deusa Mâe, senhora do céu, padroeira da dança e da guerra e protetora das famílias e das mulheres.
Cerimônias maias honrando Ix Chel, a deusa da Lua, da água, do amor e da magia.


Solenidade da Imaculada Conceição no calendário cristão, a concepção da Virgem Maria sem pecado original. Diz o dogma cristão que ela foi preservada por Deus e que por isso ela estava "cheia de graça divina" e que ela viveu uma vida completamente livre de pecados.
A festa da Imaculada Concepção foi instituída em 1476 pelo papa Sisto IV.




CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE DEZEMBRO:
Na Irlanda, neste dia, celebra-se o Povo das Fadas e dos espíritos da natureza.
O Povo Pequeno era conhecido por vários nomes. As Bean Sidhe ou Mulheres das Colinas, moravam escondidas nas colinas, sidhe, de onde saíam apenas para anunciar a morte das pessoas com um canto agudo e triste. As Leanan Sidhe ou Fadas do Amor, ao contrário de suas irmãs, inspiravam os cantores e músicos com a beleza de seus cantos, mas faziam-nos morrer de saudade quando delas se fastavam. Na Romênia, os camponeses temiam a aparição da Fada Padurii, a Moça da Floresta, uma fada dos bosques cujo canto enfeitiçava os homens atraindo-os para a morte na escuridão dos bosques.
Dos seres elementais, os mais conhecidos são os Brownies, também conhecidos por Pixies, na Cornuália, por Bodach, na Escócia e por Fenodoree, na Ilha de Mau, gnomos amáveis que cuidam das casas onde moram. Os Goblins são grotescos e, às vezes, irritadiços quando contrariados ou enganados; os Míneros cuidam das pedras e dos metais, se portando como verdadeiros guardiões da terra. Há também os elfos e as fadas escuras, que podem criar desconforto e pequenos contratempos para os moradores das casas, onde gostam de se esconder em lugares escuros e úmidos. Todos eles gostam de objetos brilhantes, moedas, pedaços de metais, cristais, pedras lunares, flores, fitas coloridas, biscoitos de gengibre, canela e mel, creme de leite ou manteiga e de música alegre, para poderem dançar.
Meveana, na Turquía, a dança rodopiante dos Derviches, ordem religiosa Sufi que usa esse tipo de dança para induzir um estado elevado de consciência. A dança torna-se uma forma de reverência, unindo o indivíduo ao Divino e expandindo a percepção do Universo.
Halóia, ritual anual na Grécia dedicado a Deméter, deusa da terra e dos cereais, lembrando a busca de sua filha Kore e a morte da vegetação, prenunciando a aridez do inverno.



CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE DEZEMBRO:

Antiga celebração da deusa persa Spenta Armaiti ou Spandaramet, a "Piedade Divina" ou a "Devoção Bondosa". Ela protegia a terra juntamente com as Amesha Spentas, as "Imortais", guardiãs dos elementos e da vegetação, seu número variando entre seis ou mais. Essas deusas cuidavam da terra, da água, da vegetação, dos animais e dos metais, além de serem responsáveis pelos aspectos físicos e espirituais da vida. Posteriormente foram transformadas em Arcanjos.
Dia de São Nicolau ou Santa Klaus, o Papai Noel, um dos aspectos do deus Odin, festejado anualmente no Natal. Sua imagem surgiu apenas no século XIX, mas é repleta de símbolos antigos. Ele vinha do Norte, a direção sagrada da Antiga Religião; suas roupas tinham as cores da Deusa (vermelho, branco e preto); sua carruagem era puxada por oito renas (as oito direções da tradição xamânica) e ele descia pela chaminé trazendo presentes , como faziam os xamãs nórdicos quando, em estado de transe, "desciam" para o mundo subterrâneo e traziam as benções da cura e das adivinhações para os moradores dos iglus. Há fontes que afirmam que o transe era provocado pelo cogumelo Amanita Muscaria, cujas cores são vermelho e branco.


CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE DEZEMBRO:

Antiga celebração de Arinna, a deusa hitita da luz solar e da claridade. Ela era esposa do deus do tempo Im, a quem era superior, indicando a existência de uma religião matrifocal nesta cultura. Arinna era assemelhada à deusa leonina Hepat, a guardiã da justiça e a Wurusemu, a deusa do Sol e do dia da Anatólia.
Nas tradições bascas, reverenciava-se Lur ou Lurbira, a criadora da vida, o ser supremo que criou o Sol, a Lua e a Terra.
Primeira festa de Santa Lúcia, na Itália. A segunda comemoração dessa deusa, modernização da antiga deusa da luz e do nascimento, Lucina, é dia treze.
Véspera de Sinterklaas, o dia de São Nicolau na Holanda, quando as crianças colocam seus sapatos ou botas de feltro nas janelas para receberem presentes do velho Sinter Klaas, transformado posteriormente em Santa Klaus; em troca, devem deixar cenouras e feno para seu cavalo. As crianças levadas recebem um feixe de galhos de salgueiro, pedaços de carvão ou um diabinho vermelho, enquanto que as boas ganham doces e brinquedos. Esses costumes e os contos a els relacionados são reminiscências dos antigos rituais xamânicos.   


CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE DEZEMBRO:

Celebração da deusa ioruba Oyá, na África ocidental. Originariamente a deusa padroeira do Rio Niger, Oyá passou a personificar a força das tempestades, dos ventos e dos relâmpagos. Seu nome em ioruba significa "quebrar, rasgar", pois seus ventos quebram a superfície calma da água. Oyá é uma guerreira de temperamento fogoso, protetora das mulheres envolvidas em disputas ou lutas. Seu poder, no entanto, pode ser construtivo ou destrutivo. Segundo as lendas, foi ela quem deu o poder do fogo e dos raios para seu irmão e esposo, o deus Xangô. Em seu aspecto escuro, Egungun Oyá, ela é a Senhora dos Mortos e sentinela dos cemitérios. Como padroeira da justiça e da memória, ela preserva as tradições ancestrais. Em seus altares ela recebe oferendas de vinho de palmeira, inhames, feijão e carne de cabra. Suas insígnias são os chifres de búfalo, a espada e o espanador, com o qual controla os eguns, os desencarnados. Seu culto migrou para o Brasil, onde é chamada de Iansã e foi sincretizada à Santa Bárbara; para Cuba, onde é Olla; Haiti, como Aido Wedo e Nova Orleans, como Brigette, sendo uma das deusas importantes do candomblé, umbanda, santeria e vodu.


CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE DEZEMBRO:

Celebração romana para Bona Dea, a personificação da Terra e de sua fertilidade. Bona Dea, "A Boa Deusa", era, originariamente, um termo que descrevia a deusa Fauna em seu aspecto de mãe da Terra e deusa da abundância. Com o passar do tempo, seu nome passou a designar apenas a Mãe Terra. Seus rituais eram secretos, reservados apenas às mulheres e estritamente proibidos ao homens. Sabe-se somente que eram feitos nas casas das matronas ricas, em quartos decorados com folhagens, conduzidos por Vestais e incluíam danças e festejos enquanto o vinho fluía abundantemente.
Festa de Fauna, Fatua ou Damia, deusa romana dos campos e bosques, irmã de Fauno. Neste dia, os camponeses lhe ofereciam leite, mel, e nozes; às vezes, incluía-se o sacrifício de uma ovelha ou cabra.
Antiga comemoração de Airmid, a deusa irlandesa da cura. Embora pouco conhecida, Airmid era uma famosa curandeira, utilizando ervas e pertencia aos Tuatha de Danaan, grupo de divindades pré-celtas. Ela surgia vestida com um manto coberto de ervas e protegia todos aqueles que as utilizavam em curas.
Celebração da Dama de Baza, antiga deusa da Terra e da natureza, padroeira da tribo dos turetanos, na Espanha.
Na Grécia, festejos para Cibele e Rhea, manifestações da Grande Mãe Terra.



CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE DEZEMBRO:
Hari Kugo, o Festival das Agulhas no Japão, honrando as ferramentas e artes das mulheres, dedicado às deusas padroeiras das artesãs japonesas.
Reverenciavam-se as deusas Chih Nu, a Tecelã do Céu, que tecia as roupas das divindades com as cores do arco-íris; Hsua Yuan, a deusa dos bordados; Hani-yasu-bime-no-kami, a Princesa do Barro, a padroeira dos artesãos de argila; Huang Daopo, a deusa do algodão; Kamu-hata-hime, a deusa do tear e San Gufuren, a deusa do bicho-da-seda.

Comemoração grega de Arachne, a jovem e orgulhosa tecelã que desafiou a deusa Athena para uma competição. Arachne teceu uma maravilhosa tapeçaria, retratando, porém, todo o Panteão grego em poses indecorosas. Athena rasgou seu trabalho; Arachne, envergonhada, enforcou-se. Seu espírito foi transformado em aranha por Athena e sua espécie guarda até hoje seu nome (aracnídeos).



CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE DEZEMBRO:


Festival Poseidea, na Grécia, honrando Poseidon e Anfitrite, as divindades do Mar.
Poseidon ou Netuno, para os romanos, era o deus dos mares, lagos e rios, o regente de todas as criaturas aquáticas e senhor do terremotos e tempestades. Ele tinha duas esposas: uma mortal, Cleito e uma imortal, Anfitrite. Embora descrita nos mitos gregos mais recentes como uma simples Nereide obrigada a se casar com Poseidon, Anfitrite era, na verdade, uma antiga deusa tríplice, pré-helênica, cujo nome significava "A Tríade toda abrangente". Ela era a manifestação feminina dos oceanos, morando nas grutas submarinas repletas com suas jóias, de onde emergia para provocar ou acalmar as tempestades, direcionar as ondas ou cuidar dos peixes e mamíferos marinhos. Uma das manifestações de Anfitrite era a deusa grega da água, Halsodyne e sua equivalente romana Salácia.
Dia dos seres elementais nos países eslavos. Os povos eslavos acreditavam na existência de vários tipos de elementais ou o "Pequeno Povo", como eram chamados nas tradições celtas. Os Domovoj eram os elfos caseiros; eles moravam atrás das lareiras nas casas que eles tinham adotado e eram extremamente leias às famílias  que os abrigavam. Os Bannik viviam nos banheiros e gostavam de encontrar uma vasilha com água fresca colocada a seu dispor após o anoitecer. Os Vazila cuidavam do cavalos e os Bagan, das cabras e das ovelhas. Já o Leshi era o Senhor das Florestas, cuidando de todos os animais e podendo tornar-se malévolo e perigoso nos meses de verão. Os Poleviki, os elfos dos campos, viviam nos trigais e prejudicavam as colheitas se não recebessem agrados e respeitos.
Homenagens celtas para as Senhoras Verdes, os elfos que moram nos carvalhos, teixos, salgueiros, freixos, pimheiros ou macieiras. Todas as árvores deveriam ser tratadas com respeito para que as Senhoras verdes não se ofendessem. Eram elas que davam a permissão para que os galhos fossem cortados ou os frutos colhidos.
Independente dos nomes ou características específicas às culturas e lugares, os seres elementais sempre estiveram presentes na Natureza, dispostos ao convívio amistoso com os seres humanos desde que houvesse respeito e colaboração recíproca. 
Dia dedicado a prática oraculares na Europa, quando as jovens camponesas tentavam descobrir o nome de seus futuros maridos inscrevendo as iniciais dos candidatos em cebolas, colocando-as depois pero do fogão. O eleito seria aquele cuja cebola brotasse primeiro. 
Celebração de Pallas Athena, na Grécia e de Minerva, em Roma, a deusa da sabedoria e da justiça.  





CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE NOVEMBRO:
Dia de Mawu, Grande Mãe do Dahomey, a criadora do universo que estabeleceu a ordem no caos primordial.
Mawu criou não somente a Terra mas também os seres humanos. No início, ela usou argila para modelar os corpos. Quando a argila acabou, ela passou a resuscitar os mortos, fato que explica a semelhança de certas pessoas a seus ancestrais. Á medida que a humanidade crescia e se fortalecia, as pessoas tornaram-se arrogantes e violentas. Mawu ficou aborrecida com sua criação e retirou-se para sua morada no céu. Como a situação na Terra tornava-se cada vez pior, Mawu mandou seu filho Lisa para ensinar à humanidade a obediência e o respeito às leis. Em alguns mitos, Maweu aparece como uma deusa lunar e Lisa, um deus solar. Em outros mitos, Mawu tem dois rostos: um de mulher, com luas nos olhos e regendo a noite, o outro, de homem, com sóis nos olhos e regendo o dia e chamado Lisa. Há um antigo provérbio que diz que "Lisa pune, mas Mawu perdoa", atestando, assim, suas qualidades maternais.
Celebração de Skadi, a deusa padroeira da Escandinávia, regente da neve e padoreira dos esquiadores.

CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE NOVEMBRO:
Festa de Sekhmet, no Egito, a deusa solar com cabeça de leão, a face destruidora da deusa Hathor. Sekhmet é a contraparte da deusa solar com cabeça de gato Bast, que representava as qualidades nutridoras do Sol. Segundo o mito, Sekhmet ficou tão desgostosa e decepcionada com a decadência e a violência da humanidade que decidiu aniquilá-la. Sua fúria tornou-se tão terrível, matando milhares de pessoas, que o próprio deus Ra interveio. Ele misturou uma grande quantidade de cerveja com suco de romã e ofereceu a bebida a Sekhmet, em vez de sangue humano. De fato, após beber e cair em sono profundo, a deusa acordou sem sentir mais raiva. Essa bebida era preparada e consumida neste dia, honrando, assim, essa antiga deusa solar.
Também celebrava-se outra deusa egípcia leonina, Mehit, representada pelas montanhas atrás das quais nascia o Sol e um dos aspectos de Tefnut, a deusa da aurora.
Segundo as antigas lendas romenas, neste dia, os vampiros acordavam e se levantavam de seus túmulos, após um descanso de um ano, saindo em busca de sangue humano. Como proteção, colocavam-se cruzes de madeira e réstias de alho atrás das portas e das janelas, evitando-se passar perto dos cemitérios e rezando bastante antes de dormir.


CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE NOVEMBRO:
Celebração anual de Chokmah ou Hokhmah, a deusa hebraica da sabedoria e da verdade, chamada de Sophia pelos gregos, de Sapientia pelos romanos e cristianizada como Santa Sofia. Na mitologia hindu, suas equivalentes são Prajna, a personificação do princípio feminino da sabedoria e da inteligência e Vac, a deusa da comunicação, do conhecimento e da sabedoria oculta, mãe dos Vedas, inspiradora dos videntes e detentora do poder mágico.
Nas escrituras judaicas, Hokhmah era a personificação da sabedoria, aparecendo como companheira de Jeová, igual a ele em poder e conhecimento. Suas representações são diversas: pode aparecer velada, iluminada, como uma árvore cheia de frutos ou como uma mulher sábia e cheia de dons. Por meio desses dons as pessoas podem aprender as artes, os trabalhos manuais, a política ou o discernimento justo. Para os gnósticos, ela é co-criadora dos Anjos e Arcanjos, coexistindo e colaborando com Deus na criação. Para alguns estudiosos, ela é o Espírito Santo da trindade cristã. Para os filósofos helênicos, Sophia era o Espírito de Deus responsável pela espiritualidade da alma humana.



CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE NOVEMBRO:

Celebração Gujeswari, no Nepal e de Parvati Devi, na Índia, comemorando a Deusa Mãe do Universo, dividida em três manifestações ou três mães hindus: Saraswati, representada pela cor branca; Lakshmi, pela cor vermelha e Parvati, pela cor preta. A religião hindu é politeísta, atribuindo muitos nomes e formas ao poder divino, mas é também monoteísta, por reduzir todas as manifestações da divindade a uma só deusa, Devi. Mesmo que existam deuses com poder maior que as deusas, sem Devi não haveria nada, pois foi ela quem gerou todas as forças e formas, criando a unidade e a separação e organizando o caos. Todas as deusas são Devi, seja a dourada Gauri, a tenebrosa Kali, a brincalhona Lalita, a valente Durga, a sábai Saraswati, a poderosa Parvati ou a linda Lakshmi. Mesmo que a cultura indiana pré-védica tivesse sido absorvida e modificada pelos invasores indo-europeus, o culto a Devi permaneceu e reapareceu nos movimentos shákticos e tântricos.
Nas comemorações, durante todo este dia, recitam-se orações e, ao pôr-do-sol, procissões entoando cânticos sagrados vão para os templos das Deusas, levando suas oferendas.



CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE NOVEMBRO:
Comemoração de Coventina, a deusa celta das fontes, cultuada na Bretanha e na Espanha. Chamada de "A Deusa do Divisor das Águas", Coventina era considerada uma deusa da água, do destino, da vida e das cerimônias. Semelhante a outras deusas celtas dos rios como Boann, do Rio Boyne, Belisama, do Rio Mersey; Sulis, do Rio batha; Sinann, do Rio Shannon ou Sequana, do Rio Sena, Coventina regia o Rio Carrawburgh, sendo representada como uma mulher vertendo água de uma urna, simbolizando o conhecimento e a cura. Todas essas deusas eram reverenciadas com ritos de fertilidade e oferendas em suas fontes sagradas. Até hoje, na Ilha de Maiorca, as pessoas perpetuam "a dança da cisterna" cujos passos ondulantes e em zigue-zague lembram as antigas danças sagradas das deusas dos rios e da chuva.
Fetival tibetano das luzes dedicado aos deuses e deusas da luz. Reverenciavam-se Nang-gsal-ma, a senhora da luz e do fogo e Tho-og, a Mãe Eterna, o ser primordial. Repreentada pelo espaço preexistente a qualquer criação, Thog-og é equivalente à deusa hindu Aditi.
No Senegal, ritos de iniciação dos meninos na puberdade.

CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE NOVEMBRO:
Festa de Gaia ou Gea, a deusa grega da Terra. Segundo o mito, no início havia apenas o Caos, sem forma. Dela surgiu Gaia, a Mãe Terra, que criou o tempo e o céu. Ao se unir a seu filho Urano, Gaia gerou todas as outras divindades, além de inúmeras criaturas. Mesmo depois de seu culto ter diso substituído pelo das divindades do Olimpo, os gregos ainda honravam-na, colocando cevada e mel nas fendas da superfície da Terra. Também era para Gaia que eram os mais sagrados juramentos, sendo ela a inspiradora de todos os oráculos.
Cerimônia do Milho dos índios norte-americanos, honrando: nas tribos Zuni, as Ses Donzelas do Milho; nas tribos do Norte, a Avó Nokomis.
Neste dia, nos países celtas, as mulheres festejavam o "Dia de alegria das mulheres", com músicos, danças e rituais celebrando os mistérios femininos.
Comemoração, no calendário cristão, de Santa Catarina, a padroeira das mulheres solteiras.


CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE NOVEMBRO:

Antiga comemoração de Berchta ou Percht, a Deusa Mãe da Alemanha e da Áustria. Chamada de "Mulher Elfo", ela sobrevoava a terra envolta em seu manto de neblina e fertilizava os campos e os animais. Como não tolerava a preguiça, ela inspecionava os teares e, caso encontrasse algum trabalho malfeito ou alguma casa em desordem, ela arranhava ou feira a tecelã descuidada. Em suas festas, as pessoas comiam panquecas e bebiam leite, deixando uma parte para Berchta. Ela vinha comer furtivamente e, caso alguém espiasse, recebia como castigo uma cegueira temporária.
Ela desce nas noites entre 22 de dezembro e 6 de janeiro e percorre a terra em sua carroça, disfarçada, concedendo presentes a todos aqueles que foram generosos e punindo aqueles que foram preguiçosos.
Após o advento do cristianismo, ela foi convertida numa "bruxa" para as crianças nas histórias de contos de fadas.
Festa das Lamparinas do Egito, honrando e celebrando as deusas da luz e dos nascimentos Ahi, Heket e Meshkent com orações, libações e rituais de queima de lamparinas especiais.
Na Grécia celebrava-se, neste dia, Vesta, a deusa do fogo sagrado e protetora dos lares.
Festival japonês Tori No Ichi para atrair os nons espíritos. As pessoas carregam pelas ruas quadrados de bambu decorados com símbolos de boa sorte.


CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE NOVEMBRO:
No Japão, celebração shinjosai dedicada a Kono-hana Sakuya hime, deusa das cerejeiras, neta da deusa solar Amaterasu. esta deusa, cujo longo nome significa "senhora que faz as árvores florescerem", era filha do deus das montanhas e irmã da deusa das pedras, ela mesma regente da Terra, danatureza, do fogo e das cerimônias. Uma forma alternada é Kaguya-hime-no-mikptp, a Princesa Lunar, seu nome significa "beleza e brilho" e seu dom para a humanidade foi a árvore e o aroma de canela.
Na Indonésia, comemoração da Donzela das Bananas, uma deusa da terra e da vegetação, cuja lenda é similar à da deusa japonesa.
Antiga celebração de Zytniamaka, a deusa alemã da agricultura, cultuada na Prússia como a Mãe do Milho. O milho sempre foi um símbolo importante em várias mitologias. Em várias partes do mun do, há celebrações dedicadas às Mães do Milho, simbolizando a fertilidade e a abundância da Terra.
Nihinahe, festival japonês celebrando a colheita do arroz e a preparação do saquê (licor de arroz).



CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE NOVEMBRO:

Dia de Santa Cecilia, a padroeira dos músicos, uma modernização da deusa Callisto, padroeira da música. Calllisto era uma antiga deusa pré-helênica das montanhas da Arcádia, personificando a força do instinto e sendo representada ora como uma jovem atleta, caçadora, correndo velozmente pelas florestas, ora como a poderosa e amorosa Mãe Ursa. Com a chegada das tribos invasoras gregas, sua imagem e seus atributos foram incorporados aos da deusa equivalente, Ártemis, transformando Callisto em uma simples ninfa. Quando Callisto morreu acidentalmente, Ártemis, que gostava muito dela, assumiu seus atributos e símbolos, mudando seu próprio nome para Ártemis Calliste.
Dia dedicado à deusa greco-romana Ártemis/Diana.

CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE NOVEMBRO:
Celebração da deusa Cailleach, a senhora da noite e da morte. Uma das mais antigas e reverenciadas deusas celtas, Cailleach foi conhecida sob inúmeros nomes: Cailleach Bheur ou Carlin, na Irlanda; Cailleach my Groamch, na Ilha de Man; Black Annis, na Bretanha e Digue, no País de Gales, todas equivalentes da deusa hindu Kali.
Cailleach regia o céu e a Terra, o Sol e a Lua, o tempo e as estações. Ela criava as montanhas com as pedras que carregava em seu avental, mas também trazia aos homens as doenças, a velhice e a morte. Seu nome não aparece nos relatos escritos, apenas nas antigas lendas e crenças ligadas aos lugares que levam seu nome. Acredita-se, por isso, que ela era uma divindade pré-celta, trazida pelos povos colonizadores das Ilhas Británicas, vinda do leste europeu, possivelmente da Índia. Nas lendas medievais,ela é descrita como a Rainha Negra ou a Velha Bruxa, seu nome passando a ser sinónimo de mulher velha. Cailleach é a guardiã do portal que leva à parte escura do ano, iniciada no Sabbat de Sanhain é invocada nos rituais de morte e transformação, com muita seriedade e profundo respeito.
Dia do deus maia Kukulcan, a Serpente Emplumada, o primitivo deus tolteca que foi, posteriormente, sobrepujado pelo deus Quezalcoatl.


 CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE NOVEMBRO:


No México, celebra-se a Virgem de Guadalupe. Segundo a lenda, a Virgem Maria apareceu em 1531, para Juan Diego, um humilde camponês índio. Na forma de uma mulher jovem, com pele escura, envolvida por uma nuvem luminosa, a Virgem disse-lhe em nahuatl, a língua nativa, para pedir ao Arcebispo do México que construísse uma igreja na colina de Tepeyac. Para convencer  o bispo da autenticidade da mensagem, a Virgem imprimiu sua imagem nas roupas do camponês. Nos tempos pré-hispânicos, a colina de Tepeyac abrigava o templo da deusa Tonantzin, a Mãe Terra, senhora da Lua. Essa aparição deu-se após a conquista do México pelos espanhóis, servindo de consolo e apoio aos índios que lamentavam a perseguição e abolição de suas divindades. 
Modrenacht, "A Noite da Mãe", o festival odinista do inverno. Nesta noite, no antigo calendário saxão, celebrava-se o solstício de inverno, quando a criança solar nascia da Deusa Mãe. Esta data sempre foi muito importante, tendo precedido a escolha cristã para a celebração da Natividade. Durante esta noite, as pessoas tinham sonhos proféticos e divinatórios. Acreditava-se que os animais podiam falar e que a água de certas fontes sagradas se transformava bo sangue da Mãe Divina. 
Dia de Pratextatus e Paulia, os guardiões dos Mistérios Eleusínios que permitiram a continuação das celebrações apesar de sua interdição pelo imperador cristão Valentiniano.
Dia Internacional da Criança, reconhecida pela ONU por ser o dia em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança; na prática, essa data muda de país para país e o Dia da Criança no Brasil, tem mais tradição em outubro.

CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE NOVEMBRO:






Makahiki, a celebração das Plêiades no Havaí, outrora o início do Ano Novo. A aparição das Plêiades no céu era saudada com muitas festas e alegria, as pessoas cantando, dançando e agradecendo o término das colheitas. As Plêiades ou as Sete Irmãs, tiveram grande importância em várias tradições e celebrações antigas, como na Índia pré-védica, nos cultos a Afrodite e Ártemis, nas celebrações do Ano Novo na Babilônia, Ásia, Grécia e América Central, nos mitos egípcios e greco-romanos e nas crenças da Idade Média, com a suposição de que a sétima filha de uma família ou seria bruxa ou vampira.
Celebração filipina de Bugan, a criadora da vida e de seu irmão e consorte Wigan. Considerados os padroeiros dos partos, foram os dois que criaram os primeiros seres humanos após o grande dilúvio.






CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE NOVEMBRO:





Festa de Ardvi Sura Anahita, a deusa persa da Lua, da noite, das estrelas, da água, do amor e da sexualidade, criadora e guardiã da vida.

Chamada de "A Força Imaculada da Água", ela era a mais popular das sete principaos divindades do panteão Zoroastriano. Ela regia a água (a força fertilizadora da terra), presidia na concepção e geração das crianças (purificando o sêmen e fortalecendo o útero), mas também governava a guerra, surgindo em sua carruagem puxada por quatro cavalos que representavam o vento, a chuva, as nuvens e o granizo. Era associada à sexualidade sagrada e aos rituais orgiásticos. Equivalente às deusas Anath e Anahit, ela era conhecida, na Babilônia, como uma deusa da guerra e do amor. No Egito, era chamda Anthrathi, a Senhora do Céu e na Armênia, era denominada Anahit. Na Grécia, foi chamada de Anaitis e seu culto originou o de Afrodite. Independente do lugar e do nome, essa antiga e poderosa deua era venerada pelas mulheres que invocavam seu poder à luz das estrelas, cantando seu nome sagrado.

Celebração egípcia da deusa Anta, a senhora do céu, equivalente às deusas Anthat e Anthrathi, adaptações egípcias das lendas assírias.

CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE NOVEMBRO:









Quinto e último dia de Diwali, também chamado Bhai Dooj ou Yama Dwitya, dia dos Irmãos e Irmãs, quando eles reforçam seu relacionamento celebrando os deuses Yama, da Morte e sua gêmea Yami ou Yamuna, filhos de Surya. Yami era considerada a mãe da raça humana enquanto que seu irmão Yama era o primeiro ser humano que morreu e foi transformado em Deus da Morte. Yami também era considerada a padroeira dos rios, principalmente do Rio Yamuna. No Tibet, a vaca e o cachorro, os animais consagrados a esses deuses, são venerados e ornamentados com guirlandas de flores e amplamente festejados neste dia. Homens e mulheres são considerados iguais, companheiros e parceiros na vida, desfrutando dos mesmos direitos e privilégios. Assim como Yami orou por seu irmão Yama, as irmãs preparam pratos especiais para os irmãos neste dia, oram por eles, colocam pasta de sándalo em sua testa e uma fita em seus pulsos para lembrá-los da relação que os une. Eles dão presentes às irmãs e prometem proteção à elas.
Dia de Santa Hilda, a padroeira das mulheres que têm uma profissão, modernização da deusa nórdica Holda.a antiga deusa da Terra e da natureza, padroeira das mulheres e dos assuntos domésticos. Ela presidia os lagos, os rios, o cultivo e a fiação do linho, a lareira e a maternidade. Originariamente, Holda possuía uma simbologia muito complexa, porém, com o passar do tempo, prevaleceu seu aspecto escuro, como a condutora das almas, acompanhando a Caça Selvagem e voando sobre vales e montanhas nos rodopios dos ventos. Quando chovia, acreditava-se que Holda lavava suas roupas; quando nevava, que ela sacudia seus travesseiros. Costumava ser representada de forma pejorativa nos contos de fada, como uma velha feia e furiosa, apelando-se a essa imagem para assutar as crianças desobedientes.
Comemoração de Poldunica, a deusa eslava da morte e do calor do meio-dia. Ela era vista como uma mulher pálida, que sobrevoava os campos matando as pessoas com o toque de sua mão. Na Morávia, ela costuma ser descrita como uma velha com os olhos esbugalhados e cascos de cavalo. Na Polônia, ela surge como uma mulher alta, carregando uma foice, que faz perguntas difíceis às pessoas, caso elas não soubessem respondê-las, ela os matava. Na Rússia, ela era uma linda mulher, que torcia suavemente os pescoços de suas vítimas, enquanto que na Finlândia ela raptava as crianças que andassem sozinhas ao meio-dia.
Último dos três festivais anuais dos mortos na China. Queimam-se efígies de papel e notas de dinheiro inscritas com o nome dos familiares falecidos como oferenda para os ancestrais.





CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE NOVEMBRO:

Noite de Hécate Trívia, a snenhora das encruzilhadas, padroeira das feiticeiras. Nos países de tradição celta, ao pôr-do-sol dete dia, começa o Festival de Hécate, com oferendas de ovos galados, romãs, maçãs, velas e pêlos de cachorro preto nas encruzilhadas, pedindo sua proteção e orientação nos momentos de decisão.
Celebração da deusa celta da magia Tlachtga, a senhora dos raios, padroeira das revelações súbitas. Na colina com seu nome eram celebrados os Sabbats de Samhain.
Festival de Bast, a deusa egípcia com cara de gato que representava as qualidades benéficas dos raios solares.
Quarto dia de Diwali (Padwa): as famílias se visitam trocando presentes e celebramdo com comidas tradicionais como os bolos de arroz "khil" e os doces "patashe". Os altares das casas e templos são enfeitados com guirlandas de flores e rangolis e colocam-se pequenos barcos feitos de côco com velas nos rios e as crianças andam carregando tochas acessas. Os brahmanes visitam as casas e deixam símbolos e moedas abençoadas para atrair a prosperidade e as benções da deusa. Trocam-se os livros contábeis nas lojas e compram-se novas imagens de Lakshmi para carregar nas bolsas. As pessoas celebram que neste dia, Lord Krishna desafiou do deus da chuva e dos céus, Indra, e subiu o Monte Govardhana para defender o povo das enchentes.


CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE NOVEMBRO:


Festival Ferônia, dedicado a Ferona, a deusa romana guardiã do calor vital, do fogo criador e do fogo subterrâneo. Sua energia não podia ser contida nas cidades, por isso, seus santuários eram próximos a suas moradas, vulcões e águas termais, onde se faziam grandes celebrações e oferendas. As pessoas caminhavam descalças sobre brasas incandescentes para curar doenças, assistidas pelas preces de seus sacerdotes. Depois, faziam oferendas de frutas à deusa, colocando-as ao redor das fogueiras, agradecendo pela purificação e pela cura.
Festival Shichi-Go-San, no Japão, pedindo proteção para as crianças de três, cinco e sete anos. As crianças são abençoadas nos templos e recebem doces com o formato dos símbolos de saúde e boa sorte.
Benção das crianças também na Índia, onde são reverenciadas as deusas protetoras e guardiãs das crianças Rohina, uma deusa da cura, representada como uma vaca vermelha, e Surabhi, conhecida como a "Vaca da Plenitude", simbolizando os dons da maternidade e o poder de realizar todos os desejos. Surabhi ou Kamadhenu, surgiu da espuma do oceano e cuidava das mães, das crianças, das famílias e dos animais domésticos.
Em Roma, dis de culto a Rumina, a deusa protetora das mães que amamentavam e das crianças que dormiam. Conhecida como "O seio materno", Rumina era homenageada com oferendas de leite, colocadas próximas às figueiras pelas mães que desejavam ter leite suficiente para amamentar seus filhos.
Terceiro dia de Diwali ou Grande Diwali, o festival mais importante na Índia: fazem-se visitas aos templos e mais orações para Lakhsmi e também para Ganesha, o Removedor de Obstáculos. Acendem-se muitas velas e lamparinas e celebra-se com cânticos. Lamparinas são acendidas rodeando as casas e desenham-se "rangolis" ou mandalas coloridas que as mulheres fazem com arroz colorido, pétalas de flores, areias coloridas e outros materiais, criando, assim, espaços sagrados e auspiciosos para receber a visita e as bençoes das divindades invocadas.


CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE NOVEMBRO:


Festival esquimô Asking, agradecendo as dádivas das divindades e retribuíndo-as com oferendas para as deusas Sedna, Akycha e Apasinascee. Os esquimôs acreditam que possuir bens em demasia traria azar para a comunidade. Por isso, neste dia, jovens com rostos pintados vão de casa em casa recolhendo comida e peles. No final do dia, as provisões são distribuídas para aqueles que não tinham o necessário para sobreviver durante o inverno.
Celebração da deusa celta Mooca e da deusa hindu Phorcis, as Deusas Mães com cabeças de porca, protetoras das famílias e das crianças.
Desde o período neolítico existem representações de deusas da Terra com formas suínas por ser a porca um animal extremamente ligado à terra, representando também a fertilidade. Em certos rituais, as mulheres usavam máscaras ou tatuagens de porcas, fazendo-se sacrifícios ritualísticos de leitões em Creta e durante os Mistérios de Eleusis. Essa reverência pela porca seria uma das explicações de sua abominação pelos povos patriarcais e pelos perseguidores dos cultos matrifocais.
Comemoração da deusa celta da guerra Scatach, a padroeira das mulheres independentes e a guardiã das jovens que buscam sua realização.
Segundo dia de Diwali na Índia, chamado Choti Diwali ou Pequeno Diwali. Comemora-se que Lord Krishna, um dos avateres do deus Vishnu, matou o demônio Nakasura, neste dia. São feitas oferendas e muitas orações para Lakhsmi e Lord Rama.

 


CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE NOVEMBRO:


Em 2012, Diwali, o Festival das Luzes no hinduísmo, sikhismo, budismo e jainismo. É um grande feriado religioso onde a Luz simboliza que o Bem vence o Mal dentro de cada ser humano. Diwali significa guirlanda de luzes e resume, assim, as características dessa festa muito popular na Índia e no Tibete. Durante os cinco dias do festival, as ruas são iluminadas e soltam-se fogos de artifícios. As casas são limpas, decoradas com flores e imagens de Lakshmi e depois enfeitadas com pequenas lâmpadas, as "diye". Neste primeiro dia, chamado Dhanteras, são feitas orações para Lakshmi, pedindo-lhe prosperidade e saúde.
Também em 2012, Kali Puja, na Índia, celebrando Kali, a terrível deusa escura que eternamente transforma a vida em uma fascinante dança da morte. Ela é o aspecto feroz de Parvati, surgiu da fronte de Durga para combater os demônios, e é muito invocada para diminuir as negatividades egóicas que bloqueiam a prosperidade e progresso tanto material como espiritual. Apresenta-se de uma forma atemorizadora, com a pele escura, a língua vermelha saltando da boca, ornada com um colar de caveiras e um cinto de mãos decepadas. Kali é a força do tempo que leva à destruição para que novas formas e novas eras possam surgir. Ela é muito popular na Índia e tem seu retrato presente em todas as casas e com seus templos recebendo muitas oferendas de seus seguidores. Conta a lenda que, após vencer os demônios que assolavam a terra e o céu, cujas cabeças ela usa como colar, Kali ficou ensandecida e continuou matando tudo que se apresentava à sua frente. Shiva, querendo parar com a matança, se atirou embaixo de seus pés e ela ficou sensibilizada com isto e parou. Uma vez compreendido seu poder, ela oferece a libertação dos medos, principalmente o da aniquilação e a oportunidade de uma nova visão e aceitação da vida e da morte.
Celebração de Nossa Senhora de Garabandal, na Espanha, um aspecto da Mãe Cósmica, vista por quatro crianças em 1965.


 
CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE NOVEMBRO:


Antiga celebração da deusa grega Praxidike, a guardiã da justiça, da vingança justa e da recompensa das boas ações. Era ela quem punia aqueles que não honravam seus juramentos. Às vezes, Praxidike ou Praxidicae, era representada como uma mulher com três rostos; outras vezes, aparecia junto a suas irmãs Aulis, Alalkomenia e Thelxinoea.
Algumas fontes citam a deusa Dike e suas irmãs Poena e Adicia como as guardiãs da justiça e da ordem natural e humana, sendo que Dike administrava a justiça e as recompensas, Poena se encarregava das retaliações e retribuições e Adicia representava os atos injustos, sendo controlada e combatida por suas irmãs.
Outras fontes consideram Dike consideram Dike como sendo a filha da deusa da justiça Themis, irmã das Horas e das Moiras ou, como Diceia, sendo uma das Horas, juntamente com Eunomia e Eirene.
Na Escandinávia, celebrava-se Var, um dos aspectos da Mãe Terra, guardiã dos compromissos e juramentos. Como Var via, ouvia e sabia de tudo, ela cuidava para que nenhum parceiro ou cônjuge enganasse o outro. Caso isso ocorresse, ela punia o infrator, defendendo a verdade e se vingando daqueles que mentiam ou quebravam seus juramentos. As mulheres traídas ou abandonadas recorriam sempre a Var, pois somente ela sabia distinguir a verdade das mentiras.
Epulum Jovis, festa no Capitólio, em Roma, comemorando os deuses Júpiter, Juno e Minerva com fogueiras e sacrifícios.


CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE NOVEMBRO:

Vinália, a festa de Dionísio ou Baco, deus greco-romano do vinho, da geração e da vegetação.
Dionísio era venerado e acompanhado pelas Mênades, sacerdotisas que se vestiam com peles de animais, coroadas com folhas de hera e que praticavam rituais reservados apenas às mulheres, com transes extáticos induzidos pela intoxicação com vinho e ervas, além de orgias sexuais. As lendas contam que as Mênades corriam nuas pelos campos, dançando de forma selvagem ao som de flautas e tambores, às vezes caçando e comendo a carne crua dos animais. Elas perseguiam e matavam aqueles que tentavam espionar seus rituais. Há várias teorias tentando explicar essa "loucura sagrada", porém, a origem desse culto é muito antiga, proveniente da Trácia, onde as mulheres reverenciavam as deusas da vida e da morte. Mais tarde, o culto degenerou em manisfestações de raiva e violência, até ser substituído pelo culto masculino a Orfeu.
Na Irlanda, celebrava-se o Povo das Fadas, as Lunantishees e a "Senhora Branca", a rainha dos elfos, com a colocação de oferendas nos espinheiros pretos.
Dia dos Heróis, festival nos países nórdicos homenageando os guerreiros celestes e os heróis dos antigos mitos.



CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE NOVEMBRO:
Na Escócia, festival celebrando a deusa Nicnevin, a caçadora selvagem, que rodopia no céu durante a noite para conduzir as almas em sua passagem. A equivalente irlandesa de Nicvenin é Cailleach Beara, a anciã da tríade ancestral da Grande Mãe, juntamente com Cailleach Bolus e Corca Duibhne. Ela regia o inverno, secava a vegetação e soltava os rios nas enchentes. Celebração da deusa dupla francesa da liberdade e da razão. Após a Revolução francesa, realizava-se neste dia, uma grande parada com o desfile de uma mulher representando a Deusa, que era coroada com folhas de carvalho na igreja de Notre Dame, local onde outrora havia um santuário da Deusa.



CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE NOVEMBRO:


Antiga celebração Loy Krathong, na Indonésia, a Festa das Luzes, para acalmar as deusas da água. Reverenciavam-se Annawan, a deusa do mar, para impedir os furacões; Dara Rambai Geruda, que provocava os afogamentos quando irritada; Dewi Danu, que fornecia água potável; Inan Oinan, a "Mãe das Águas"; Inawen, a deusa do oceano, a quem se oferecia arroz e sangue de galinha; Karo Kung, a deusa do rio que podia provocar febres e infecções; Minti Dara Bunsu, que podia ajudar ou afundar os mergulhadores; Njai, a senhora dos mares, que governava todos os espíritos da água de seu lindo palácio no fundo do mar e a quem todas as pessoas recorriam em busca de proteção e ajuda e Njai Loro Kidul, a sereia que atraía os jovens, a quem se ofereciam côcos, cabelos e unhas para apaziguar seu gênio.


CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE NOVEMBRO:


No Japão, celebração de festival shintoísta Fuigo Matsuri, homenageando Hettsui No Kami, a deusa do fogão, da cozinha e da organização do lar. Os antigos japoneses honravam, também, Apemeru-ko-yan-mat, "a mulher que acende o fogo", deusa guardiã da lareira extremamente importante na hierarquia religiosa. As mulheres da civilização Ainu veneravam-na como sendo sua ancestral, dedicando-lhe um alatar na cozinha. Neste dia, as donas de casa não precisavam trabalhar, apenas festejar e receber homenagens.
Festival romano Mania, comemorando os Manes, espíritos do mundo subterrâneo.
Oferendas de inhames aos espíritos ancestrais do Haiti, invocando suas benções para assegurar a colheita do ano seguinte. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE NOVEMBRO:
Na Grécia, na noite deste dia, comemorava-se Hécate, antiga deusa da Terra originária da Trácia e reconhecida pelos gregos como uma Titã, divindade pré-olímpica honrada e respeitada pelo próprio Zeus. Na mitologia grega, Hécate é a rainha da noite, a senhora das encruzilhadas, a anciã de três rostos regente da lua minguante e condutora das almas. Ela era invocada para proteger os gregos das almas errantes, dos perigos nos caminhos e dos espíritos zombeteiros.
Dia dedicado a Thea, deusa pré-helência da luz, do Sol, do dia e da Lua. Thea era uma das Titânides, filha de Gaia e Urano, mãe de Hélio, o Sol, Eos, a aurora, e Selene, a Lua. Nada restou do culto dessa antiga deusa, cujo nome significava apenas "deusa". Como muitas outras deusas gregas antigas, ela foi substituída por divindades dos invasores indo-europeus que assumiram seus atributos.
Comemoração de Gwynn Ap Nudd, antigo deus celta soberano do mundo subterrâneo e senhor das almas. Sua morada era em Avalon, dentro da montanha Tor, que era guardada por seres elementais.
Makahiki, o festival da colheita no Havaí, celebrando Lono, o deus terra, por toda uma semana, chamada de "Semana Aloha".



 
CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE NOVEMBRO:
Dia de Tiamat, a Grande Mãe da Babilôna, personificação de Tohu Bohu, o "Grande Vazio".
Conta a lenda que foi do corpo de Tiamat que o universo foi criado. O mito original afirma que essa criação foi feita apenas pela Grande Mãe. Modificações posteriores incluem a participação de seu filho, Marduk, que teria matado a mãe e dividido seu corpo em duas metades: da superior criou o céu e da inferior, a Terra. Em outros mitos, Tiamat tem um consorte, Apsu, o deus do céu, cuja função era fertilizar o Grande Vazio da Mãe com seu líquido seminal, representado pela chuva. Ele, no entanto, não era seu superior, nem mesmo seu igual, pois Tiamat era a verdadeira fonte de criação. Vários mitos descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tihamat, em árabe. Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o dragão do caos e criado o mundo com seu sangue, foi mantido na Babilônia, durante muito tempo, o calendário menstrual, celebrando os Sabbats e nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.
Na Índia, celebração das deusas makaris, representadas por animais anfíbios, provavelmente crocodilos ou peixes gigantes, com patas de antílope e cabeças de corças. Elas eram consideradas deusas criadoras e chamadas de "peixes ígneos da vida".



CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE NOVEMBRO:
Comemoração nativa norte-americana de Sussistinako, "A Mulher Aranha", a criadora da vida, mãe e guardiã das tribos e da vida familiar. Ela criou o fogo, os raios, a chuva, o arco-íris, teceu os fios da criação e gerou todos os seres.
Sussistinako também tem seu aspecto escuro: ela é a "Bruxa", a mãe devoradora, representada como uma enorme aranha preta que destrói para poder renovar-se.
Na Melanésia, acreditava-se que, antes de a alma fazer sua passagem para o mundo dos mortos, ela deveria enfrentar Le Hev Hev, nome que signbifica "aquela que nos atrai com um sorriso para nos jantar".
Wuwuchim, cerimônia do fogo dos índios Hopi celebrando Masaw, o deus da morte. No decorrer dos dezesseis dias dessas celebrações, os rapazes eram submetidos a rituais de iniciação, sendo depois apresentados à comunidade dos adultos.
Na Inglaterra, anualmente, os rapazes de Shebbear se reúnem neste dia para virar uma enorme rocha vermelha chamada "a pedra do diabo". Esse hábito secular visa conjurar poderes mágicos e trazer paz e prosperidade a todos. É uma reminiscência dos antigos rituais de fertilidade e reverência às pedras sagradas e aos poderes ocultos da Terra.




CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE NOVEMBRO:
Nos países celtas, dia de retornar às atividades e começar novos projetos após as celebrações de Samhain.
Na Inglaterra, na noite de este dia, celebrava-se o Senhor da Morte, o deus da face escura cujo reinado começava após o Sabbat Samhain, juntamente com o da Anciã, a manifestação da face escura da deusa. Ele governava a metade escura do ano (outono e inverno) e a caça e a morte da vegetação, dos animais e dos homens. Seu símbolo era o azevinho. Reminiscências dessa celebração ainda permaneceram na Bélgica, como a Missa de São Humberto, em que se encena o combate entre um padre e um cervo, ou seja, a perseguição de Cernunnos, o deus cornífero, pela nova religião.
Nos países eslavos, homenageavam-se as deusas da morte. De acordo com o país de origem, elas eram conhecidas com vários nomes. Na Sérvia, Chuma surgia coberta com um véu branco, indo de casa em casa para conversar com aqueles cuja morte era próxima. É uma mulher pálida, com cabelos brancos e vesitda com bata branca. Ela leva nas mãos uma tesoura de prata com a qual corta o fio da vida e um bastão que ela entrega aos mortos para ajudá-los em seu caminho ao Submundo. Ela é considerada uma presença benigna, chamada por aqueles que estão morrendo para que a sua passagem seja tranquila.
Mora era uma mulher alta, magra e pálida; caso a morte fosse causada por doenças incuráveis, ela se apresentava com a pele negra, olhos de cobra e patas de cavalo. Smert era reverenciada , na antiga Rússia, com cânticos e rituais de exorcismo.
Comemoração celta das deusas Tea e Tephi, fundadoras de Tara, o antigo centro religioso e político da Irlanda.
Festival grego de Oschophoria, celebrando a colheita das uvas com procissões, corais, banquetes e corridas de jovens do templo de Dionísio até o santuário de Athena.


CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE NOVEMBRO:
Peregrinação para as fontes sagradas na antiga Grã Bretanha, reverenciando as deusas da água Beag, Boann, Borvonia, Brighid, Coventina, Sequana, Sulis e Triduana. Na Idade Média, os peregrinos que buscavam a cura, bebiam e se banhavam na famosa fonte de Santa Winefrida, em Wales, uma antiga fonte sagrada da deusa Brighid.
Na tradição gaélica, acreditava-se que neste dia começava um novo ciclo para a iniciação da alma, sendo finalizado no Sabbat de Imbolc, no dia 1º de fevereiro. É um dia propício para dar início a um novo projeto ou empreendimento.
"Hilária", o último dia das celebrações de Isia com o renascimento de Osíris pelo leite de Ísis, festejando a continuidade da vida.
O ciclo outonal das celebrações egípcias para Ísis e Osíris era chamado de "Zetesis e Heuresis", ou seja, "a procura e a descoberta". Considerado o equivalente egípcio das celebrações gregas para Deméter e Perséfone, os Mistérios Eleusínios, esse festival continuou existindo durante o Império Romano e teve uma influência muito grande na estruturação inicial do cristianismo.

CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE NOVEMBRO:

Dia das Almas, ou dos Mortos, no calendário cristão, sendo que no México é o segundo dia dos Mortos. Ao contrário da atmosfera fúnebre e triste das comemorações cristãs, no México ainda prevalece a antiga concepção sobre a morte, como uma etapa natural e normal do processo da vida.




Em vez de chorar e lamentar a "passagem" dos entes queridos, o povo mexicano celebra a morte de forma alegre, divertida e colorida. Há toda uma indústria de doces, brinquedos, enfeites, lampiões e decorações em forma de esqueletos, e caveiras. As crianças comem e brincam com as caveiras, sem terem medo, como as crianças em outros países. As famílias, vestidas com roupas coloridas, fazem piqueniques nos túmulos enfeitados com flores de papel e iluminados com velas, compartilhando com os falecidos o "pan de muerto", as "enchilladas", os "tacos" e os doces em forma de caveiras.
Na Inglaterra, o Dia das Almas é festejado com oferendas de "bolos das almas", colocados noa túmulos ou distribuídos para os pobres. 
Pomônia, festa do final da colheita dedicada à deusa romana Pomona, protetora das àrvores frutíferas e personificação do outono.
Festival de Odin, celebrado como o senhor das almas e do mundo astral. Neste dia, eram encenados os mistérios da vida, morte e renascimento com mímicas, cantos e oferendas para as almas dos mortos. Odin ou Wotan, em seu aspecto de senhor da guerra e da morte, escolhia as almas dos guerreiros, sendo auxiliado nesta tarefa, pelas Valquírias, as deusas guerreiras. Esses guerreiros, os mais valentes que morriam em combate, eram selecionados para lutar na batalha final de Ragnarok, o apocalipse. Cavalgando Sleipnir, seu cavalo de oito patas Odin voava pelos céus noturnos, cercado de corvos, buscando, durante a "Caça Selvagem", as almas perdidas para encaminhá-las a uma nova encarnação.
Sexto dia de Isia, celebrando a ressurreição de Osíris do mundo dos mortos. As pessoas festejavam com danças, músicas, alegorias, mímicas e oferendas. Novas estátuas eram oferecidas a Osíris e o Tet, uma coluna representando o "phallus" de Osíris, era erigido para simbolizar sua força geradora e regenadora.


CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE NOVEMBRO:

No calendário cristão, celebra-se o Dia de Todos os Santos, criado no século II para assimilar as antigas celebrações celtas de Shamain. As fogueiras foram trocadas por velas e as antigas divindades foram substituídas por todos os santos.
Celebração, no Egito, do quinto dia de Isia, o encontro do corpo de Osíris por Ísis e Nephtys.
Procissões de barcos levavam as réplicas de Osíris morto para seus templos. As pessoas choravam e lamentavam sua perda. A dor de Ísis causava a seca do Rio Nilo.
Na Bretanha, neste dia, ofereciam-se bolos, vinho e leite nos túmulos dos entes queridos. A família permanecia em vigilía a noite toda à luz das tochas que iluminavam o caminho das almas que retornavam para comemorar junto com os parentes vivos.
Nos países eslavos e nórdicos havia verdadeiros banquetes nos cemitérios confraternizando os mortos e os vivos.
Na Escandinávia, faziam-se rituais e oferendas invocando as deusas Hel, a senhora do mundo das almas e Tuonetar, a Rainha dos Mortos, para que elas cuidassem e orientassem as almas durante sua passagem e espera por uma nova reencarnação.
Na Inglaterra, as pessoas oravam enquanto comiam os bolos de oferenda ainda quentes. Depois, saíam às ruas coletando dinheiro para preparar as celebrações comunitárias. Esse hábito degenerou nos atuais costumes de Halloween, nos Estados Unidos, com as brincadeiras de "trick or treat", com as crianças indo de casa em casa pedindo doces, frutas e moedas. Esse costume lembra as antigas crenças de oferecer "subornos" aos espíritos zombeteiros e aos seres elementais para que eles não perturbassem as celebrações.
Na Irlanda, comemoravam-se as Banshees, espíritos ancestrais femininos que choravam anunciando que alguém em suas antigas famílias havia morrido. As pessoas temiam que essas Fadas Escuras pudessem raptar ou prejudicar os mortais. Para repeli-las, usavam objetos de ferro.
No País de Gales, as pessoas, ainda hoje, encenam a perseguição da porca preta. A porca representa a frio, a escuridão e a morte e sua perseguição lembra os antigos sacrifícios de animais realizados nesse dia.
Dia consagrado a todas as deusas "escuras" como Cailleach, Cerridwen, Ereshkigal, Hécate, Hel, Kali, Morrigan, Nephthys, Oya, Samia, Scota, Sedna e Tara.
Dia considerado extremamente nefasto para casamentos, atraindo azar, divorcio ou viuvez.
No México, altares são preparados em cada casa e são decorados com flores, principalmente calêndulas. Neles, são colocadas as comidas e bebidas preferidas dos falecidos ou reproduções, em açúcar, dos pratos tradicionais. Para os "angelitos", as almas das crianças, as comidas não levam tempero, havendo muitos doces e frutas nos altares.


CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE OUTUBRO:
Shamain, o mais importante dos oito Sabbats celtas, marcando o início do Ano Novo celta e o terceiro e último festival da colheita. Nesta noite, celenta-se a deusa em sua face escura, como a Anciã, a senhora da morte e da sabedoria, buscando-se o contato com os espíritos dos familiares e dos ancestrais.
Seguidores da tradição Wicca e druídica do mundo inteiro celebram esse Sabbat com fogueiras, rituais para os ancestrais, uso de adivinhações (bola de cristal, espelho negro, caldeirão com água) e oráculos . É o único dia em que os celtas procuravam o intercâmbio com o além, "conjurando" espíritos e se comunicando com aqueles que estavam no País do Verão, a terra onde as almas esperam a reencarnação. Segundo as lendas, todos aqueles que tinham morrido durante o ano esperavam o dia de Shamain, quando os véus que separam os mundos são mais tênues, para atravessar as fronteiras. Para guiá-los nessa passagem, eram acesas fogueiras, velas e as lanternas de abóbora.
Celebrações gregas dedicadas às deusas Perséfone e Hécate, senhoras do mundo subterrâneo. As versões cristianizadas conhecidas desses antigos festivais são o Dia dos Mortos e as festas mundanas conhecidas como Halloween.
Quarto dia das celebrações de Isia, com procissões e oferendas públicas e rituais secretos no interior dos templos de Osíris.
Celebravam-se também as deusas solares Bast e Sekhmet, em seus aspectos escuros, como destruidoras do mal e condutoras das almas.
Na antiga Suméria, reverenciava-se Ereshkigal, a deusa da escuridão e da morte, senhora do mundo subterrâneo e irmã de Inanna. Originariamente, ela era um dos aspectos da Mãe Terra, semelhante a Isthar, Irkalla e Mami, entre outras. Mitos mais recentes descrevem-na como a consorte do deus Nergal, compartilhando do domínio sobre Kigalla, A Terra Morta, ou como condutora da barcaça das almas, atravessando a barreira entre o mundo dos vivos e seu escuro reino dos mortos. Em seu aspecto benéfico, Ereshkigal podia permitir aos humanos a retirada de riquezas de seu reino, como pedras preciosas, metais e petróleo, se devidamente honrada e ofertada.



CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE OUTUBRO:


Angelitos, comemoração mexicana para as almas das crianças abortadas ou natimortas, originada no culto de Xipe Totec, o deusa asteca da morte e de Mictecacihuatl, a deusa que regia os nove rios que as almas deveriam atravessar em sua passagem. Antigamente, celebravam-se também as seguintes deusas, regentes da vida e protetoras das crianças: Chiuatzin, a mãe e guardiã das crianças, Ilamatecuhtli, "A mulher velha com saia longa", deusa da Terra e da Lua; Quilaztli, "A mãe guerreira", protetora das crianças, dos animais e dos pássaros; Tonantzin, a Mãe Terra, deusa dos cereais e da natureza; Teteoinnan, "A mãe das coisas sagradas", padroeira das parteiras, senhora da fertilidade e da Terra e Toci, "A Avó", deusa anciã da Terra, guardiã dos poderes de cura e regeneração.
Terceiro dia das celebrações de Isia. De acordo com a localização dos templos, os rituais eram diferentes; todos, porém, enfatizavam o desmembramento do corpo de Osíris, o sofrimento de Ísis e sua busca desesperada para encontrá-lo.





CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE OUTUBRO:


Celebração do deus Baal e da deusa Beltis ou Baalath, na Fenícia, com fogueiras e ritos sexuais. Baal era o deus da fertilidade, do céu, do Sol, das nuvens e da atmosfera, enquanto que Baalath se apresentava de várias formas, fosse usando um disco com chifres lunares, fosse usando uma tiara com serpentes. Um de seus aspectos, Baalath Ashtart, teria vindo do céu, na forma de uma estrela de fogo, caíndo no lago Aphaca, onde foi construído seu templo em torno dessa "Pedra do Céu".
Dia das Almas, festa dos mortos na tradição dos índios Iroquois, reverenciando os ancestrais. A deusa criadora e destruidora da vida na mitologia Iroquois é Aataensic, "A Mulher que caiu do céu", considerada a primeira mulher de sua civilização. Ela regia o céu, a Terra e a magia. Ela curava, mas também provocava as doenças fatais sendo, por isso, encarregada da guarda das almas à espera do renascimento. Sua equivalente, na mitologia Zuni, era Awitelin Tsita.
Comemoração de Aditi, a deusa hindu que reprentava a Mãe Espaço, o próprio cosmo e a criação contínua. Ela gerou várias divindades que também tinham seu nome , as Adityas, que correspondiam aos meses e aos planetas.
Segundo dia de Isia, com a preparação das réplicas do corpo morto de Osíris com areia e pasta de grãos (cevada). Essas efígies podiam ser molhadas com a água do Nilo, para que as sementes brotassem ou secas ao Sol, embalsamadas e enterradas, para serem desenterradas e celebradas no fim do festival.

CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE OUTUBRO:
Celebração de Aida Wedo, a deusa serpente haitiana, guardiã do arco-íris e de Damballah Wedo, o deus serpente, seu companheiro. Segundo a lenda, Aida Wedo é vista deslizando sobre a terra molhada pela chuva, com sua tiara feita de pedras preciosas formando o arco-íris, iludindo os homnes com a promessa do tesouro enterrado no final. Ela é a deusa das águas, da fertilidade e da vida que surge e tem muita influência na concepção e no parto. É representada por uma cobra enroscada no Poste da Criação, que liga o Céu e a Terra. Ela e seu marido são o Primeiro Casal e constituem a Familia Ancestral de todos.
No Egito, início de Isia, cerimônias de seis dias que comemoravam a morte e a ressurreição de Osíris. Havia uma encenação da luta entre Osíris e Seth, simbolizando o combate entre a luz e a escuridão. Osíris era morto e pranteado por Ísis.
Segundo o mito, Osíris, irmão e consorte de Ísis, deus do Rio Nilo e da vegetação, tinha sido morto por seu irmão malvado Seth, deus da escuridão e da morte. Ísis rasgou suas roupas, cortou seu cabelo e começou uma busca desesperada pelo corpo de seu amado esposo. Mesmo após achá-lo, seu sofrimento não terminou, pois Seth despedaçou o corpo de Osíris e escondeu os doze pedaços em vários lugares. Ísis conseguiu recuperar o corpo, menos o pênis, que ela substituiu por um de ouro. Com encantamentos e usando ervas, Ísis ressuscitou Osíris e concebeu, por meio de recursos mágicos, o deus solar Horus.


CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE OUTUBRO:

  
Owaqlt, a cerimônia dos melões no vinho, ritual dos índios Hopi para curar e fortalecer as mulheres, vistas como receptáculos para a semente da vida. Durante esses rituais, consagrava-se a energia geradora e o poder sagrado do ventre da mulher, homenageando-se A-ha Kachin`Mana , a Kachina da fertilidade. 
Dia da Maçã na Cornuália, Inglaterra. As moças solteiras colocam nesta noite, uma maça sob seu travesseiro para receber em sonho algúm presságio sobre seu futuro companheiro. Antes do sol nascer, a maçã devia ser comida em absoluto silêncio, orando para receber alguma mensagem. Sem trocar de roupa ou falar com alguém, a moça deveria sair de casa e sentar-se sob uma árvore. A lenda diz que a primeira pessoa que passar representará características de seu futuro marido. Se ninguém aparecer, deve-se recorrer a sua voz interior. 
Essas crenças e hábitos populares relacionados ao uso mágico da maçã tiveram sua origem nas antigas celebrações das deusas do amor, a quem as maçãs eram consagradas. 
Uma lenda celta descreve como a princesa irlandesa Ailinn morreu de tristeza ao saber da morte acidental de seu amado príncipe Baile. Eles foram enterrados juntos e de seus túmulos nasceram duas àrvores, uma macieira e um teixo, cujos galhos ficaram eternamente entrelaçados como testemunho de seu amor.



CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE OUTUBRO: 

Antiga celebração egípcia das sete divindades Kine, descritas como precursoras de Hathor, originárias das deusas assírias com cabeças de vaca. Essas deusas eram representadas ou com um disco solar entre os chifres ou com cabeça de vaca e corpo de mulher. Por terem criado o universo, elas detinham o poder de vida e de morte, determinando os destinos dos homens e protegendo, principalmente, as mulheres e crianças.
Hathor possuía vários títulos, entre eles o de Vaca Celestial, Rainha do Céu e da Terra, Mãe da Luz e Guardiã dos Cemitérios.  Hathor era a mãe do deus solar Ra, assim como de outras diversas divindades. Nas celebrações, suas estátuas eram expostas aos raios solares enquanto as pessoas, adornadas de flores, cantavam e dançavam o dia todo, celebrando os prazeres e as alegrias da vida.
Na Escandinávia, celebrava-se Nat, a noite, deusa da Lua, da noite , dos metais, das estrelas e dos planetas. Nat era representada atravessando o céu em sua carruagem feita de todos os metais e adornada com pedras preciosas. Ela conferia a inspiração e a criatividade e, quando invocada, removia as preocupações e a tristeza. 
Comemoração da deusa irlandesa Macha, a tríplice manifestação da Grande Mãe como atleta, guerreira e rainha. Segundo alguns historiadores, Macha era uma faceta de Morrigan ou Badb, ambas deusas da guerra, cujos animais sagrados também eram os corvos. Macha regia os pilares nos quais eram empaladas as cabeças dos guerreiros mortos em combate, originando, assim, o culto celta da cabeça.




CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE OUTUBRO:

 Na China, festival da deusa lunar Han Lu. No Japão, celebração da deusa da agricultura e dos alimentos Uke-Mochi-no-Kami e de sua filha Waka-Saname-no-Kami, a deusa dos brotos de arroz. Essas deusas, responsáveis pela fertilidade da terra, eram homenageadas com oferendas de arroz e brotos. 
Celebração das deusas coreanas do Sol, Hae Sun, da Lua, Dae Soon, e das estrelas, Byul Soon.
Dia de São Crispim, o padroeiro dos sapateiros. Segundo as lendas, comprar um par de sapatos neste dia traria boa sorte e prosperidade.  





CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE OUTUBRO:

 
O último dia de Navaratri coincide com Duseerha, que é festejado em toda a Índia. Significa que o Bem vence o Mal, lembrando que Durga venceu o assura (demônio) com forma de búfalo, Mahishashura. Embora com diversificações de rituais, quase todos jejuam, evitando carne, álcool, grãos, cebola e alho neste dia. Fazem muitas orações e purificações e carregam as estátuas das deusas vestidas e enfeitadas com flores, pasta de sândalo e cúrcuma e as banham nas águas do rio. Depois, levam aos templos até o próximo ano. 
Acendem-se muitas velas durante todas estas noites simbolizando que a Luz vence as Trevas.


Na Mesopotâmia, antiga celebração da deusa Ninlil, a senhora  dos ventos, guardiã da Terra, do céu, do ar e do mundo subterrâneo. Seus emblemas eram a montanha celeste, as estrelas, a árvore de galhos entrelaçados e a serpente. Padroeira da cidade de Nippur, ela foi aos poucos assimilada no culto das deusas Isthar e Belit. 




 CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE OUTUBRO:


Saraswati é identificada, à vezes, com deusas dos textos sagrados (Vedas): Vak (a Palavra) e Gayatri (a oração mais sagrada). Os Vedas são seus filhos, Gayatri representa um tipo de métrica usada nos Vedas, especialmente no Gayatri Mantra.
Esta forma de Saraswati, associada aos Vedas, é representada  sobre um lótus vermelho com cinco cabeças. 


Nos países eslavos, celebravam-se  as Polengabia, deusas protetoras dos lares e guardiãs do fogo sagrado, equivalentes da  deusa grega Héstia e Matergabia, "A Mulher do Fogo", a quem era oferecido o primeiro pedaço de um pão recém-assado.

 CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE OUTUBRO:


Terceiro período de Navaratri, com a adoração de Saraswati, a deusa da Sabedoria que personifica todos os conhecimentos: Artes, Ciências e Letras. Sem ela, seu consorte, Brahma, não poderia criar o mundo. Literalmente, seu nome significa "aquela que flui", a água (saras) e também é associada á fertilidade e a purificação. O Rig Veda cita um rio sagrado chamado Saraswati, afluente do Ganges. Ela usa um sari branco (a pureza do conhecimento) e está sentada num lótus branco ou numa pedra (porque o conhecimento é a base sólida) ; tem sempre ao seu lado um cisne, significando o discernimento, ou um pavão (silêncio para meditar).  Tem quatro braços e mãos e com ela estão os Vedas (o Ensinamento sagrado), um mala (meditação) e uma vina (o som) além do símbolo do OM (o Som Primordial) e uma Svástica, simbolizando auspiciosidade. 


No Japão, festival de Hi Matsuri, com procissões de tochas para os altares antigos das divindades. "Matsuri" são antigas cerimônias relacionadas à preparação, manutenção e colheita do arroz. Tradicionalmente, as Matsuri eram precedidas por ritos de purificação e abastinência, seguidas de oferendas de "michi", saquê e vegetais específicos, sem menhum sacrifício de ser vivo. O elemento esencial das Matsuri era a comemoração comunitária, com todas as pessoas compartilhando das oferendas junto às divindades. 
Succoth, a antiga festa dos tabernáculos dos hebreus. Celebrava-se o fim da colheita do trigo e da uva e a chegada das chuvas, anunciando o início de um novo ciclo. Esse festival tem origem nas antigas celebrações assírias de Belili, a deusa da Lua, da água, das fontes e dos salgueiros. 
Conhecida também como o "Festival das Tendas", essa cerimônia alegre comemorava a fuga do Egito. Durante os sete dias do festival, as pessoas se acomodavam em tendas feitas de galhos de palmeiras, lembrando os antigos hábitos e mandamentos canaanitos. Nos tempos antigos, faziam-se libações e oferendas com a água retirada de uma antiga fonte dedicada à Shulamita, a deusa da fertilidade e da sabedoria. Nas Escrituras, essa deusa foi diminuída à condição de noiva do rei Salomão e a fonte passou a ser chamada de Fonte de Salomão. Durante o festival, as pessoas cantavam e dançavam, fazendo procissões com tochas ao cair da noite. No sétimo dia, as pessoas jejuavam, oravam e se purificavam com galhos de salgueiro, palmeira, limoeiro e mirra. No oitavo dia, as pessoas festejavam com muita alegria, sacudindo os galhos para as quatro direções e levando-os depois para os templos.



CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE OUTUBRO

  Lakshmi nasceu enquanto os deuses agitabam os mares de leite e foi considerada uma das quatorze preciosidades que surgiram durante o processo. Ela estava completamente desenvolvida e bela quando saiu do oceano. Todos os deuses a desejaram como esposa, mas, ela elegeu Vishnu. Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakshmi reencarnava com ele. Quando ele se tornou Rama, ela era Sita. Quando Vishnu virou Krishna, ela lhe acompanhou como Rukhmini  e como Radha também. 



 Na Grécia, ritual dos Kouretes, sacerdotes dedicados ao culto da grande mãe Cibele, servindo como iniciadores nos mistérios da vida e das artes mágicas. Como mestres e protetores dos jovens, criaram a Ordem Sagrada dos Sacerdotes da Grande Mãe. O nome "kouretes" tem origem na expressão "filhos de Cronos", o consorte da deusa Rhea que devorava seus filhos com medo de ser destronado. Os "kouretes" eram jovens dedicados ao serviço da Deusa, perpetuando uma antiga linhagem de sacerdotes que cultuavam a Grande Mãe e as divindades matrilineares antes do surgimento das sociedades patriarcais. Antigos hinos descrevem os "kouretes" como jovens praticando artes marciais em forma de dança. Supôe-se que as danças folclóricas que usam armas, espadas ou escudos são reminiscências dessas antigas práticas sagradas. Os "kouretes" tinham, também, a atribuição de proteger os jovens, atuar como curadores, artesãos, construtores, armeiros, magos, videntes e participar dos ritos sexuais junto com as sacerdotisas. 
Na Alemanha, antiga celebração de Horsel, a deusa da Lua e da noite, padroeira dos cavalos e dos cavaleiros.  Nos antigos locais de culto a essa deusa, foram erigidas igrejas cristãs dedicadas à Santa Úrsula. O nome dessas cidades é derivado do nome da deusa, como em Horselberg e em Hosenden, comprovando sua veneração. 
Dia de Santa Úrsula, a cristianização da antiga deusa eslava lunar Orsel ou Úrsula, cujo animal totêmico era o urso, assim como o da deusa Ártemis/Diana. Ela era representada cercada por onze mil virgens que simbolizavam as estrelas.




 CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE OUTUBRO:

Lakshmi é muito popular na Índia e é considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem-estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado, basta ser devoto dela. 
Ela surgiu das Águas Cósmicas, da batedura do Oceano de Leite. Usa um sari vermelho ou rosa escuro, o que simboliza o guna rajas, a ação para manter a vida. Tem muitas jóias e moedas de ouro caem de suas mãos, como símbolo de riqueza e prosperidade. 


 Dia dedicado à deusa pré-helênica Eileithya, a guardiã dos partos e dos recém-nascidos, posteriormente assimilada à deusa Ártemis. Uma deusa extremamente antiga venerada pelos egeus, Eileithya foi a parteira de todos os deuses e deusas da Grécia clássica. Segundo algumas fontes, ela foi a mãe de Eros, não o frívolo Cupido, mas a representação da força primordial da criação nascida do ovo primordial. Eileithya podia castigar uma parturiente travando seus joelhos e fechando a pélvis, impedindo a passagem da criança. Para conseguir sua benevolente ajuda, sacrificava-se um cachorro e entoava-se seu nome sagrado. 
Celebração de Pi-Hsia-Yuan-Chin, a "Princesa das nuvens azuis e púrpuras". Para os chineses taoístas, ela era uma divindade muito importante e muito amada. Assistida por um grupo de parteiras divinas, essa deusa auxiliava os partos, protegendo as mães e trazendo saúde e boa sorte para os recém-nascidos . Ela também era conhecida com os nomes de Sheng Mu, a mãe divina, Yu Nu, a donzela de jade, e Tien Hsien, a imortal celeste. 
Chung Yeung, comemoração aos ancestrais na China e no Tibet, honrando as deusas Chang-O, Chi Nu, Kwan Yin, Hsi Ho, Nu Kwa, Tien Hou e Tou Mu. 




CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE OUTUBRO:


Segundo período de Navaratri, de adoração a Lakshmi, a deusa da fortuna, abundância, da sáude, da beleza e do amor hindu. Ela é representada de pé ou sentada sobre um lótus, com um jarro de onde brotam moedas de ouro, com flores de lótus nas mãos, um cesto com arroz ou brotos e atribuí-se à ela a suastica (girando no sentido horário) como símbolo de sucesso e vitória. Seu reconhecimento nas várias formas de abundância na natureza (recém-nascidos e vacas sagradas, entre outros) dispensaram a construção de templos para esta deusa, que é a consorte de Vishnu, o sustentador do universo. No Hinduísmo o princípio masculino é passivo e abstrato, a não ser que seja ativado pelo princípio feminino  (sua sahkti ou energia) que é ativo. Segundo os mitos, Lakshmi sempre existiu, mesmo antes da criação, flutuando sobre um lótus (de onde vem seu nome de Padma, a deusa do lótus, que se tornou o símbolo da iluminação espiritual. Antigamente, Padma era uma deusa da terra e da fertilidade que, no hinduísmo, se transformou Lakshmi, a deusa não apenas material, mas também espiritual. 


Festival Bettara-Ichi no Japão, festejando uma das sete divindades da boa sorte, o deus Ebisu. Procissões de crianças percorrem as ruas carregando vários cordõres, nos quais atavam-se picles pegajosos e diversos objetos e talismãs para atrair e capturar a boa sorte. As mulheres reverenciam  Benten ou Benzaiten, a única deusa das sete divindades da boa sorte. Essa deusa trazia inspiração, talentos, riqueza e amor para todos aqueles que a honravam. Benten era também a rainha do mar, uma mulher-dragão que nadava cercada por um grupo de serpentes brancas. Nessa apresentação de mulher-dragão, Benten protegia seus devotos dos terremotos, tendo relações sexuais com as serpentes monstruosas que se escondiam sob as ilhas japonesas para acalmar sua agitação, causadora dos terremotos. Benten poderia se apresentar, também, como uma linda mulher cavalgando um dragão, que era seu corcel e amante. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE OUTUBRO:


 Durga é implacável com os demônios  e vai montada num leão ou tigre feroz, tem doze ou dezoito braços e em cada mão leva armas que os deuses lhe deram. Ela nos demonstra que também devemos ser implacáveis no combate aos nossos demônios internos (apego, ignorância, ego, etc.).
Kali é o aspecto ainda mais feroz de Parvati: tem a língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto por seus longos cabelos negros. Usa um colar de caveiras; tem quatro braços e leva em cada mão, armas de destuição e uma cabeça sangrando: ela é a devoradora do Tempo...


Antiga comemoração da deusa Vir-ava, a Senhora das Florestas na mitologia finlandesa. Ela assumia uma forma diferente em cada floresta, podendo aparecer como árvore ou como uma mulher, com seios enormes, pernas grossas como troncos, cabelos longos e emaranhados como raízes. Às vezes, ela aparece perto das fogueiras dos lenhadores para aquecer suas longas e nodosas mãos.
Na Finlândia, também se celebra Tava-ajk ou Ganis, deusa da terra, da natureza, da fertilidade e da sexualidade. Ela aparecia como uma linda mulher, com uma longa cauda, seduzindo os homens com sua bela voz. Às vezes, ela se dividia, surgindo como um casal. A  mulher vestia um manto vrde e um chapéu com as agulhas do pinheiro, enquanto que o homem tinha uma barba de folhas. Vistos por trás, o casal parecia apenas um tronco de árvore. 
Até hoje, em alguns lugares da Inglaterra, acontece, neste dia, a Grande Feira Anual dos Chifres, celebrando os poderes da fertilidade e virilidade da natureza animal e humana.


CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE OUTUBRO:

Segunda das três noites consagradas à Durga, ela que é o "surgimento da deusa" Parvati, conforme o mantra à ela entoado: Om Durgayai Namah!. Segundo as lendas, ela foi criada pela concentração da energia ígnea dos deuses que não conseguiram vencer a batalha contra as forças do mal, que assolavam os reinos na terra. Apesar de ter sido criada pelos deuses, Durga é mais forte do que todos eles e conseguiu vencer a batalha, armada com várias armas que eles lhe deram, e montada num tigre feroz. Durga se apresenta de várias formas, tendo inúmeros nomes e atributos conforme seu lugar de culto.

Dia de Pandrosós, a deusa grega da agricultura e do orvalho. Juntamente com Agraulós e Herse, ela formava a tríade das Augrálides, antigas deusas pré-helênicas de Áttica. Agraulós, a irmã mais velha, era a deusa da terra; as outras duas irmãs eram as deusas do orvalho, mas agiam sempre em conjunto para fertilizar a terra. 
Posteriormente, criou-se um novo mito, ligando essas antigas deusas à Athena. As Augrálides teriam recebido de Athena uma caixa para guardar e jamais abrir. Por um certo tempo elas obedeceram; porém, a curiosidade foi mais forte do que a promessa e Agraulós e Herse abriram a caixa, encontrando Erichthomus, o "nascido da terra", o terrível filho-serpente de Athena. Esse fato comprova a ancestralidade de Athena como deusa fértil da terra antes de ser transformada na filha virgem de Zeus. As conseqüências da abertura da caixa são controversas, mas a teoria mais simples aponta para Agraulós e Herse sendo transformadas em pedra, enquanto que a obediente Pandrosós foi nomeada a principal sacerdotisa de Athena. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE OUTUBRO: 



  Em 2012, Navaratri, o festival hindu dedicado à adoração da Shakti, que representa o princípio feminino, até o dia 24 de outubro. A palavra significa literalmente "nove noites" em sânscrito, a língua erudita do hinduísmo e é festejado duas vezes no ano (no começo da primavera e do outono) segundo seu calendário lunar, que considera as datas propícias que coincidem com alguns fenômenos da natureza. Na realidade, conta nove noites e mais um dia. O último dia coincide com Dusserha, o Festival onde o Bem vence o Mal.
Esse tempo de nove noites se divide na adoração da multiplicidade da Shakti, começando pela sua manifestação como Durga (primeiras três noites); depois, adoração de Lakshmi (nas três noites seguintes) e finalmente, na adoração de Saraswati (nas últimas três noites). 





Na Irlanda celebrava-se neste dia, a deusa Ker, a senhora dos grãos e da colheita, com oferendas de cereais e frutas. Seu símbolo era a última espiga de trigo colhida das palntações, que depois era modelada e vestida como uma mulher. Era chamada de Kernbaby, sendo utilizada em rituais de fertilidade, enterrada no inívio da semeadura.



CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE OUTUBRO:


Comemoração, nos países nórdicos, de Freyja ou Freya, a deusa do amor e magia, condutora das almas para o mundo subterrâneo. Freya era a Matriarca Ancestral do grupo de divindades Vanir, precursoras dos Aesir, as divindades patriarcais vindas da Ásia. Como dirigente das matriarcas ancestrais Afliae, as poderosas e das Disir, as avós divinas, Freya tinha múltiplos atributos. Ela regia o amor, a sexualidade, a Lua, o mar, a terra, o mundo subterrâneo, o nascimento, a morte e a magia. Aparecia como uma deusa tríplice (virgem, mãe, anciã), como senhora dos gatos, dirigente das Valquírias e condutora das almas dos guerreiros mortos em combate, das quais metade ia para seu reino e a outra metade para o palácio de Odin. Freya era irmã e consorte do deus da fertilidade Frey, com quem formava o casal divino "A Senhora e o Senhor", celebrado nos ritos de fertilidade com o "casamento sagrado", a união sexual entre o rei do ano e a sacerdotisa da deusa. 
Freya era representada como uma linda mulher vestida com um manto de peles de gato, enfeitada com penas de cisne e adornada  com jóias de ouro e âmbar, sendo puxada em sua carruagem dourada por quatro gatos. Seu dia sagrado era a sexta feira, que foi nomeado em sua homenagem (Friday), sendo invocada em todos os assuntos de amor, sexo e magia. Segundo as lendas, foi Freya quem ensinou a Odin a magia das runas.
Nos países nórdicos, celebravam-se "As noites de inverno", marcando o início do inverno, o fim das atividades externas (caça, pesca, colheita) e os preparativos para a sobrevivência durante o inverno.
No País de Gales reverenciava-se Dwynwen ou Branwen, a deusa do amor, também conhecida como "A Vênus do Mar do Norte" ou "Lindos Seios Alvos". Filha de Llyr, o deus do mar, ela era a padroeira dos namorados e regente da lua cheia.
Em Canãa, antiga celebração de Kades, a deusa do amor e da sexualidade. Ela era representada nua, cavalgando um leão e segurando uma serpente nas mãos. 
Festival do deus romano Marte, com competições de carruagens e sacrifício do cavalo que fosse o último colocado. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE OUTUBRO:


Antiga celebração eslava para as Rodjenice, as deusas do destino. Como as Parcas gregas ou as Nornes nórdicas, elas eram três mulheres que presenciavam todos os nascimentos, uma delas tecendo o fio da vida, outra medindo-o e a terceira cortando-o. A elas eram oferecidas as primeiras porções dos festejos de batismo e a placenta dos recém-nascidos, que era enterrada sob uma árvore frondosa. De acordo com o país de origem, aceitam-se, na formação da tríade, as deusas Rojenice, Sudnice e Sudjenice ou as deusas Fatit, Ore e Urme.
Na Noruega, Disirblot, celebração celta para as Disir, os espíritos ancestrais femininos venerados antes da chegada dos clãs patriarcais. As famílias honravam essas ancestrais divinizadas com festejos e oferendas, visando receber suas benções e sua assistência, por terem elas o controle sobre as qualidades ou defeitos hereditários.
Festa das "lamparinas flutuando nos rios", celebração siamesa para as divindades das águas.
Festa para a deusa da fertilidade Ma, na África do Sul. Na Anatólia, Ma também era a senhora dos animais, criadora da terra e da natureza, além de ser um dos nomes de Rhea e Gea, as deusas greco-romanas da Terra e da criação. 
Comemoração da deusa irlandesa da poesia e das artes Eadon.
Dia da Confederação Interplanetária, celebrando os planetas da Vía Láctea. Na mitologia asteca, a deusa Citlacue personificava a Via Láctea, sendo chamada de "A mulher com saia de estrelas", mãe e guardiã do Sol, da Lua e das estrelas. As tribos indígenas do alto Amazonas reverenciavam Ituana, "A Mãe Escorpião", que mora na Vía Láctea. De lá, ela direciona as almas para a reencarnação e nutre os recém-nascidos com o leite de seus inúmeros seios.
 



CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE OUTUBRO:

  
 "Kallingeneia", terceiro dia do festival de Thesmophoria, dedicado ao "plantio" de tudo o que foi retirado das entranhas da terra (restos das oferendas, sementes e pinhas). Era uma fertilização mágica, feita pelas mulheres que não tinham tido nenhuma morte em suas famílias. 
Fontinália, ritual romano de consagração e veneração das fontes de água. Ofereciam-se e flores às deusas Carmenae, proteroas das fontes e dos rios, pedindo em troca cura e paz. No final, todos cele bravam  cantando e dançando, agradecendo às deusas as promessas de novas colheitas.
Comemoração celta para Sulis, a deusa das águas termais e curativas. Seu antigo altar e fonte eram na cidade de Bath, na Inglaterra, transfrmados em termas pelos romanos. Sulis era uma deusa solar, representada como uma mulher madura vestindo um manto de pele de urso, com uma coruja a seus pés. Os romanos identificavam-na com sua deusa Minerva e a estação de águas termais passou a ser conhecida como Sulis Minerva.  
Neste dia, em Portugal,  houve a última aparição de Maria, a manifestação cristã da Grande Mãe. Foi em 1917, em Fátima, sendo presenciada por setenta mil pessoas.



CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE OUTUBRO:

 "Nestia", o segundo dia de Thesmophoria, celebração da deusa Deméter, a guardiã da lei. Deméter ensinou os homens a providenciarem seu sustento por meio de seu esforço pessoal; reconhecia-se, assim, que as mulheres não deveriam cuidar dos homens a vida toda, apenas até uma certa idade. Neste dia, todos jejuavam, os prisioneiros eram libertados, anistias eram conferidas, os julgamentos suspensos e todos veneravam Deméter. Sua estátua era posta no chão e os restos das oferendas e dos objetos trazidos da gruta eram colocados no altar. Invocava-se também a justiça divina para todos aqueles que tinham transgredido as leis, ofendido a moral da comunidade ou agredido as mulheres. 
Dia de Fortuna Redux, a deusa romana da viagens.
Celebração de Kali, a deusa da morte em Bengali.

No Brasil,  dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do país, das grávidas e dos recém-nascidos, venerada na Igreja Catôlica, e representada por uma pequena imagem de terracota atualmente alojada na Basílica de seu nome, na cidade de Aparecida, em São Paulo. Contam os relatos que a imagem "apareceu" aos pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves em outubro de 1717 quando, depois de terem orado para obter uma boa pesca, jogaram as redes ao rio. Primeiro encontraram o corpo da imagem e logo mais, a cabeça e, enseguida, conseguiram tanto peixe que precisaram voltar rápidamente para não afundar o barco.
Comemora-se este dia com feriado nacional e peregrinações à Basílica de Aparecida.
Também no Brasil, Dia da Criança, embora o Dia Internacional da Criança instituído pela ONU seja em 20 de novembro. 


 CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE OUTUBRO:

 Início de Thesmophoria, o festival grego de três dias reservado apenas à mulheres. Sua origem é muito antiga, oriunda dos cultos neolíticos de celebração da colheita dos cereais e de oferendas de leitões, perpetuadas no culto a Ísis e, posteriormente, no culto a Deméter. Durante esse festival que celebrava Deméter Thesniphorus, a guardiã da lei, as mulheres se reuniam e praticavam vários rituais relacionados à fertilidade das plantações, animais e pessoas. 
Neste primeiro dia havia o ritual de "Kathodos e Anados", a cerimônia do "ir abaixo e voltar para cima". As mulheres escolhidas eram sacerdotisas que tinham passado por várias purificações, inclusive por abstinência sexual e evitado contato com objetos de ferro nos últimos três dias. Vestidas com túnicas vermelhas, elas desciam para o altar de Deméter, localizado em uma gruta profunda. Levavam consigo leitões consagrados pois nessas fendas existiam serpentes que se alimentavam das oferendas. As sacerdotisas utilizavam chocalhos e encantamentos para mantê-las afastadas, enquanto recolhiam os restos das oferendas do ano anterior pra levá-los de volta à superfície. 
Celebração de Damkina, a senhora da Terra, deusa babilônica protetora das mulheres e das criança. Ela foi posteriormente associada a outras deusas sumérias da Terra como Ki, Kadi, Ninhursag e Nintu. Seu culto foi levado para Acádia, onde foi chamada Daukina e identificada com Deméter.





CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE OUTUBRO:


Na Espanha, celebração da Virgem del Pilar, versão moderna da deusa lunar asteca Coyolxauhqui, filha de Coatlicue, a Deusa Mãe.
Em 1978, nas escavações da cidade do México, foi encontrada uma grande pedra com uma inscrição. Era uma antiga lenda descrevendo a disputa entre Coyolxauhqui, cujo nome significa "sinos de ouro" e Huitzilopochtli, seu irmão, e deus do Sol. No fim desta luta, vista como a oposição entre o dia e a noite, o rimão mata a irmã. A Deusa Mãe, comovida com a bondade da filha, cortou sua cabeça e transformou-a na Lua, brilhando apenas durante a noite e jamais encontrando seu irmão, o Sol.
Nas lendas tupo-guarani, conta-se a história de Perimbó e Poré, o casal lunar. A deusa criadora de toda a vida na Terra, Perimbó, e o deus lunar, Poré, eram divindades de natureza benevolente. Apesar disso, castigavam sem hesitar todos os humanos que infringissem as leis divinas.
Na antiga Alemanha, homenageava-se Alraune, a deusa da sorte e da magia, com oferendas de raíz de mandrágora. Essa raíz era utilizada na confecção de amuletos de proteção e da boa sorte. Na Dinamarca, celebrava-se a Anciã dos Sabugueiros, antiga divindade invocada antes da retirada dos galhos de sabugueiro para a confecção de varinhas mágicas.


CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE OUTUBRO


Wima Kwari, celebração dos "Ojos de Dios" (Olhos de Deus) no México. O olho era um símbolo antigo dedicado à Deusa e usado como benção e proteção. 
A sílaba "ma", presente em inúmeros nomes das deusas-mãe, significava "ver" em egípcio e seu hieróglifo correspondente era um olho. A deusa Maat, originariamente, era a detentora do "olho que tudo vê"; posteriormente, esse atributo foi transferido ao deus Horus. Inúmeras estatuetas das deusas neolíticas apresentam grandes olhos em corpos femininos. Um dos símbolos da deusa Inanna eram seus olhos e a deusa assíria Mari era representada com grandes olhos que "perscutavam as almas dos homens". O critianismo denegriu esse poder do olhar feminino, trasnformando-o em uma forma de maldição pertencente às "bruxas". Esse dom era considerado tão poderoso que, durante os julgamentos da Inquisição, as supostas bruxas eram proibidas de olhar para os juizes, permanecendo todo o tempo de costas para eles. No entanto, curiosamente, até hoje em talismãs contra o mau-olhado, são usados símbolos femininos como búzios, olhos e triângulos iônicos. 
Invocação da deusa coreana da água Mulhalmoni pelhas mulheres xamãs.  Oferendas de moedas e de um prato tradicional à base de arroz, cozido em um caldeirão consagrado, são feitas nas fontes sagradas para curar afecções dos olhos ou problemas de visão. O ritual envolve a lavagem dos olhos do paciente com a água da fonte e, depois de comer parte do arroz, orar para a deusa. Seus efeitos são curativos e preventivos.





CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE OUTUBRO:


Nos países escandinavos, reverenciava-se Audhumbla, a Vaca Primordial, criadora da vida. De acordo com o mito, antes da criação, a Escandinávia era uma terra de extremos: gelo no norte, fogo constante no sul e caos no meio. Da interação do frio com o calor, da contração com a expansão, foram criados dois seres: Audhumbla, de cujas tetas jorravam rios de leite e Ymir, o gigante perverso que sugava todo o leite da Vaca Divina.  Um dia, enquanto lambia o gelo salgado, Audhumbla pariu o primeiro ser humano, Bur, o avó do deus Odin, que matou Ymir e usou-o como matéria prima na criação do mundo.
Oschophoria, a festa dos galhos verdes na Grécia. Celebrava-se o retorno do labirinto de Teseu, o herói que, ao matar o Minotauro, libertou Atenas dos tributos que precisavam ser pagos ao rei de Minos.
A origem desta lenda é bem mais antiga, descrevendo o culto cretense do Minotauro ou o "touro lunar", possivelmente uma variante do culto egípcio a Apis, o deus com cabeça de touro. "Touros lunares" era como eram chamados os reis de Minos, dinastia que governou Creta em 2.000 a.C. Nos rituais, os "touros lunares" se uniam à Deusa, representada por Rhea Dictynna ou Pasiphae, na forma de suas sacerdotisas. Anualmente, o Rei do Ano era "sacrificado" simbolicamente na forma de um touro, sendo substituído para renovar as energias da terra. Os historiadores, desconhecendo o verdadeiro significado do "Hieros Gamos" (casamento sagrado) , interpretaram a união da sacerdotisa ao Deus Touro como uma aberração perversa, considerando o Minotauro um monstro, quando na verdade era apenas o Rei usando uma máscara. 




 CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE OUTUBRO:


Festa da deusa Pallas Athena, homenageada como padroeira da cidade de Atenas. Posteriormente, essa celebração foi modificada, passando a ser dedicada à deusa Victoria, equivalente romana de Nike, a deusa grega das vitórias. Com a cristianização, Victoria foi transformada em Santa Vitória ou Nossa Senhora das Vitórias. Victoria, a deusa, foi imortalizada em diversas esculturas, colocadas sobre vários Arcos do Triunfo, como os de Londres e Berlim. 
Ano Novo na Suméria, celebrando Bau, a Grande Mãe, criadora da vida, guardiã  da saúde e da cura. Era considerada a padroeira e principal divindade da cidade de Lagash, onde seu festival inicia os festejos do Ano Novo. Originariamente realizado na Babilônia, o culto a Bau fundiu-se ao da deusa Gula, sendo mais tarde assimilado pelo culto à deusa Ishtar.
Celebração de Cathubodua, antiga deusa celta da guerra, venerada, principalmente, na Gália. Com esse nome era designado o corvo guerreiro, símbolo das deusas da guerra e da morte. Como um aspecto da deusa irlandesa da terra, Banba, ela tinha um nome similar, Cathubodia, simbolizando a atuação da deusa como Senhora da Morte. 
Kermese, antigo festival teutônico preservado hoje em dia como uma festa com música, danças, cantos. jogos e competições. Eram premiados aqueles que mais depressa desenterrassem um símbolo sagrado, simbolizando, provavelmente, o ressurgimento das antigas tradições ocultas na terra.
Festival Galungau, em Bali, reverenciando os espíritos ancestrais.






CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE OUTUBRO:


Festa mexicana da chuva homenageando a Virgem de Zapopan, reminiscência das antigas celebrações das deusas astecas da água e da chuva Chalchiuhtlicue, Ix Chel, Ix Ku, Matlalcuye, Tatei Hamuxa e Xixiquipilihui.
Celebração de Mokosh, antiga deusa eslava da terra e da água, cujo culto sobreviveu até o século XVI na Sérvia. Mokosh regia as águas do céu e da terra, a umidade, a fertilidade, os animais aquáticos e a pesca. Era simbolizada por pedras em forma de seios e acreditava-se que a chuva era o leite que saía deles. Na época da seca, as pessoas iam em peregrinação às pedras a ela consagradas para pedir sáude, sorte e prosperidade. No folclore russo, seu nome sobreviveu como Mokushka, os espíritos femininos que assombram as casas, tecendo durante toda a noite em teares invisíveis.
Festival hindu de Vishnu, o deus da luz e do Sol no Nepal.




CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE OUTUBRO:

 Comemoração do Espírito Santo pelos gnósticos, metamorfose da antiga deusa da sabedoria Hagia Sophia. O espírito da sabedoria feminina era chamado de Sapientia em latim e Sophia em grego, sendo simbolizado pela pomba branca da deusa Afrodite. O Espírito Santo, antigamente, representava a parte feminina de Deus, sua alma, da mesma forma que Kalo-Shakti completava os deuses hindus. Sophia era considerada pelos gnósticos a Mãe de Deus, a virgem que concebeu o todo. Era identificada com a deusa Ísis-Hathor, cujas sete emanações criaram as sete almas da mitologia egípcia. Era venerada pelos gnósticos como Rainha, Senhora da Sabedoria, mãe abrangente de cuja luz Jesus foi gerado. Seu maior templo, em Constantinópolis, foi considerado uma das maravilhas do mundo. Os cristãos, ao negarem o Sagrado Feminino, atribuíram esse templo a uma mártir, viergem, mas mãe de três filhas: as santas Fé, Esperança e Caridade, adaptações das tes Cáritas.
Festival da deusa anciã do milho, Nubaigai, na Lituânia.  A última espiga de milho colhida é modelada e vestida como se fosse uma mulher, sendo guardada até a próxima colheita para dar sorte. As pessoas honravam a deusa com oferendas, festejos, músicas, danças e jogos.
Dionisíadas, antigas celebrações do deus Dionísio, das Mênades e da deusa Ariadne, na Romênia e nos Balcãs. 
Em Roma comemoram-se, com oferendas e orações, os espíritos ancestrais.



CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE OUTUBRO:  


Celebração da antiga deusa celta Boann, a Senhora das Vacas Brancas, padroeira do Rio Boyne, na Irlanda e proterora das artes, da inspiração e da fertilidade. Segundo a lenda, havia uma fonte mágica na cabeceira do Rio Boyne, onde cresciam nove aveleiras encantadas, cujos frutos conferíam o dom do conhecimento. As avelãs maduras caíam no rio, onde eram comidas pelo salmão, a mais sábia entre todas as criaturas da mitologia celta. Todas as deusas eram proibidas de se aproximar da fonte, mas Boann tentou chegar perto. O rio enfurecido saiu de seu leito, ameaçando afogar Boann. Ela se salvou, e o rio não pode voltar atrás, levando, assim, os dons de sabedoria a todas as pessoas.
Celebração de Mylitta, a deusa fenícia da Lua  e do amor, padroeira da sexualidade, da fertilidade e dos nascimentos. Mylitta combinava a essência da água da chuva com a força do fogo celeste, produzindo a energia vital e sexual. 
Dia de Santa Clara, na Itália.
Dia Mundial dos Animais, dedicado a São Francisco  de Assis.
Em Roma, Jejunium Cereris, dia de jejum  dedicado à deusa Ceres, a Mãe dos Cereais, guardiã da agricultura e dos frutos da terra.
Feta do Alce dos índios norte-americanos, celebrando as Mães dos Cervos, (Deer Mothers), deusas protetoras dos animais selvagens. 




CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE OUTUBRO:


Marawu, rituais dos índios Hopi para assegurar a fertilidade das mulheres e a da terra, garantindo a continuidade da vida. Reverenciavam-se as deusas da agricultura Angwu-Shahai-i (A Mãe Corvo), Hano Mana, Angwusnasomtaka e Hokyang Mana, responsáveis pelas dádivas da terra e regentes dos seres da natureza.
Dia de Santo Dionísio, versão cristianizada do deus pagão pré-helênico Dionysus, a divindade do vinho, da fertilidade e da colheita. Um antigo ritual recomendava misturar vinho da safra anterior com o da atual e beber um copo, pedindo a cura dos males antigos e recentes. 
Já Dionísio ou Baco, era o deus greco-romano do prazer, da natureza selvagem, da expressão livre, das sensações e emoções, dos rituais de renovação e regeneração.  Nos Mistérios de Eleusis, ele era Iacchos, a criança divina, que nasce e morre anualmente nos ciclos de renovação.
Dionísio era acompanhado pelos Sátiros e por um séquito de mulheres, as Mênades ou Bacantes, que participavam de seus rituais orgiásticos e, nos momentos de fúria etílica, despedaçavam os homens. Seus símbolos eram a hera,  a videira, o vinho, a flauta, o tamborim e os címbalos. Originariamente um deus da Trácia, o culto a Dionísio influenciou outras culturas. Devido à sua natureza hermafrodita, atualmente Dionísio é cultuado nos círculos estritamente femininos de Wicca Dianica, além de ser considerado um deus da vegetação pelas seitas neo-pagãs.




CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE OUTUBRO:


Festival da deusa chinesa Hsi Wang Mu ou Wang Mu, a protetora das mulheres. Essa deusa do oeste morava em um palácio de ouro nas montanhas Kun-lun, onde dava uma grande festa a cada três mil anos. Neste dia, ela distribuía as frutas da imortalidade da árvore "p´an-t´ao". Wang Mu representava a energia feminina, a essência do Yin. Em sua forma antiga, ela aparecia como uma mulher selvagem, com o rosto peludo, dentes de tigre e cauda de gato. Em vez do palácio, Wang Mu morava em uma gruta. Lá, ela era alimentada por pássaros mágicos com três pés; por meio deles, Wang Mu enviava a morte e as doenças. Posteriormente, ela tomou a forma de uma linda mulher que curava as doenças e distribuía os pêssegos mágicos da renovação. Obviamente, essas formas representavam os dois aspectos, claro e escuro, da mesma deusa.
Antiga celebração celta dos Anjos da Guarda, preservada até hoje na Espanha com festejos nas paróquias, fogueiras, dança de espadas e encenações da luta entre o bem e o mal, defronte  a imagem de um Anjo.


CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE OUTUBRO:


Festa de Fides, deusa romana da fé e da lealdade. Essa deusa era muito antiga e, da mesma forma que Themis, personificava a base da comunidade humana. Sem a influência de Fides, duas pessoas não podiam confiar o suficiente para cooperarem. Ela era a guardiã da integridade e honestidade em todos os empreendimentos e transações entre os indivíduos ou grupos. Fides era representada coberta com um véu branco, sua mão direita estendida e recebendo oferendas de cereais e frutas. Seus símbolos eram as mãos entrelaçadas e a pomba-rola. Neste dia, em seu templo no Capitólio, os três sacerdotes mais importantes de Roma iam levar-lhe oferendas em uma carruagem coberta e com as mãos direitas envoltas em panos brancos. O significado da carruagem coberta era a necessidade de zelar e proteger sua honra, enquanto as mãos direitas, as que selavam os pactos, deviam ser mantidas puras e sagradas. O resto da solenidade era secreto para não vulgarizar a sacralidade do culto à Fides.
Dia de Santa Teresa, no Mèxico e em Cuba, modernização de uma antiga celebração de Oyá, a deusa iotuba do vento e das tempestades. 


CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE SETEMBRO:



Meditrinália,  comemoração da deusa Meditrina, em Roma, a padroeira das artes curativas. As pessoas iam em procissão aos lugares sagrados, levando oferendas de frutas e pedindo ou agradecendo as curas. Acreditava-se que essa deusa usava o poder do vinho e das ervas para curar as pessoas. Por isso, neste dia, todos bebiam vinho preparado com ervas aromáticas, invocando as benções da deusa para suas vidas. 
Uma deusa da cura muito mais antiga era Angitia, padroeira da tribo Oscan, no norte da Itália. Ela governava os poderes mágicos e de cura, sendo uma grande especialista em feitiços verbais e com ervas. Era invocada, principalmente, para curar mordidas de cobras e envenenamentos.
Festival grego homenageando Themis como governante de Delos. Themis ou Têmis, era uma titã, filha de Urano e Gea, mãe das Horas, das Moiras, das Hespérides, de Astrea, de Atlas e de Prometeu. Conselheira de Zeus, personificava a lei e a ordem, representando a consciência coletiva, o ajuste de divergências, a paz e a justiça. Os juramentos eram prestados em seu nome e, se alguém omitisse a verdade, a deusa o punia com a morte. Carregando uma balança com os olhos vendados, Têmis protegia os inocentes e punia os culpados. Sua equivalente romana era a deusa Justitia.
Dia de São Jerônimo, sincretizado na Umbanda com o Orixá Xangô, o senhor da vibração original ígnea, o deus da justiça, do trovão e dos relâmpagos. 
Epitaphia, antiga comemoração grega homenageando as almas dos guerreiros mortos em combate.




CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE SETEMBRO:


Celebra-se neste dia, o Arcanjo Mikael, inimigo das injustiças e maldades, invocado para proteção e defesa.  Eu completei uma prece conhecida, de modo que me sinto mais acalentada pelo Arcanjo e compartilho com vocês: "São Miguel na minha frente para me defender; São Miguel atrás de mim para me proteger; São Miguel à minha direita e à minha esquerda para me acompanhar; São Miguel encima de mim para me orientar e São Miguel embaixo de mim para me sustentar".
Festival de Saint Michael ou Michaelmas, nos países anglo-saxões, versão cristianizada de Heimdall.
Dia dedicado a Heimdall, o deus nórdico guardião de Byfrost, a ponte do arco-íris que liga o mundo dos deuses ao mundo  dos homens, chefe dos guerreiros celestes.
Comemoração de Gwynn, o deus celta do Mundo Subterrâneo, cuja morada é dentro da colina sagrada de Tor, em Glastonbury, a antiga Ilha de Avalon.
Na Escandinávia e na Islândia, homenageva-se Fylgia ou Fylgukona, espírito guardião e protetor das famílias. Apresentando-se sob uma forma feminina, Fylgia era parecida com as deusas Disir, embora tornasse-se visível apenas na iminência da morte. Segundo as lendas, Fylgia avisava sobre os acontecimentos, tanto os bons quanto os ruins e permanecia sempre junto a uma pessoa ou de toda a família. Às vezes, seu nome era modificado para Hamingja.




CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE SETEMBRO:


Celebração das deusas astecas da água e da fertilidade. A mais conhecida era a deusa Chalchiuhticue, "a deusa com saia de jade", representada coberta de jóias de turquesa e jade, usando uma coroa com penas azuis e a saia enfeitada com lírios. Ela regia todas as águas, dos rios, dos lagos, da chuva e das cachoeiras, e gostava de oferendas de flores e penas azuis e brancas. Chalchiuhticue aparecia sob outras inúmeras formas, tendo vários nomes, de acordo com sua origem e seus atributos. A deusa do mar era Acuecueyotlcihuatl, a "mulher que faz as ondas crescerem", invocada pelas parturientes para romper as bolsas d` água e iniciar o parto.
No antigo Peru, comemorava-se o nível máximo do Nilo e as deusas Hathor, Sothis, Ísis, Neith e Anath.
Festa dos Salgueiros,  na Mesopotâmia, homenageando Mah, a deusa da Terra, da fertilidade e da Lua. Originariamente, uma Mãe Criadora, ela foi assimilada, posteriormente, à deusa romana Bellona, tornando-se Mah Bellona, a padroeira da guerra.



 CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE SETEMBRO:



 Dia das Górgonas, as deusas gregas do poder oculto. Em número de três, Euryale, Stheno e  Medusa, as Górfonas tinham rostos lindos e asas douradas, mas seus corpos eram cobertos de escamas de lagartos, e seus cabelos formados por ninhos de cobras. Dotadas de presas afiadas e garras metálicas, seu olhar era tão terrível que petrificava quem as encarasse. As trés Górgonas viviam juntas além-mar, no mundo da noite e eram protegidas por suas outras irmãs mais velhas, as Greas, que tinham apenas um olho e uma presa. Alguns historiadores crêem que as Górgonas eram sacerdotisas lunares usando máscaras para assustar os visitantes inoportunos. Outros acreditam que ela eram uma tribo de amazonas da Líbia, denegridas pelos gregos como sendo monstros.
Festa de Ziza, a deusa germânica da colheita, Mãe Criadora da vida e da Terra, equivalente da deusa egípcia Ísis.
Na China, cerimônia para a Lua, com rituais celebrados apenas por mulheres, agradecendo as colheitas e homenageando a lebre lunar, o animal sagrado da deusa Chang-O.
Festival Lunar Choosuk, na Coréia e em Taiwan, honrando os espíritos dos mortos e dos ancestrais.



CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE SETEMBRO:


Celebração da morte de Tammuz, o consorte amado da deusa Ishtar, deus da vegetação da Babilônia transformado pelos gregos no belo Adonis. Segundo as lendas, Tammuz morria anualmente para ressuscitar na primavera seguinte, simbolizando, assim, o ciclo das estações da natureza. Tammuz, asssim como Dumuzi, o consorte da deusa Innana, era um deus sacrificial, chamado de "O ungido", título correspondente ao grego "Christos".
Na Irlanda homenageava-se, neste dia,  Aibell, "A encantadora", a regente dos Sidhe, as colinas encantadas, morada das fadas. Lendas posteriores transformaram-na em um espírito guardião das pedras de Killaloe, onde os viajantes que ouviam sua harpa mágica encontravam a morte. Os irlandeses acreditavam que as fadas, principalmente as verdes, gostavam de ouvir e ensinar a tocar harpas protegendo, por isso, os bardos e os cantores. 
Comemoração de Cosme e Daimião no Brasil, os "Ibeji" da Umbanda popular, com a distribuição de doces e roupas para as crianças pobres. 
Thesia, o festival grego em homenagem ao herói Theseu.
Antigamente, na Palestina, neste dia, sacrificava-se um bode para apaziguar Azazel, o anjo caído, que representava o mal para os hebreus e era associado ao planeta Marte. 
Nas tribos siberianas, venerava-se Umaj, a deusa protetora dos recém-nascidos, a quem eram oferecidas as placentas.



 CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE SETEMBRO:


Pyanopsia, na Grécia, a Festa dos Feijões, comemorando as belas deusas das estações chamadas Horae ou Horas.
As Horas eram as filhas de Themis e Júpiter, chamadas de Porteiras do Céu e encarregadas de abrir e fechar as portas do tempo. Originariamente, eram apenas três: Eunomia, da boa ordem; Diceia, da justiça e Eirene, da paz. Posteriormente, foram relacionadas à estações e acrescentaram-se mais duas: Carpo e Thelete, as guardiãs dos frutos e das flores. Quando os gregos dividiram o dia em doze partes iguais, o múmero delas foi aumentando para doze e foram chamadas de "as doze irmãs": Acme, Auxo, Anatole, Carpo, Diceia, Dysis, Eirene, Eunomia, Euporia, Gymnasia, Thelete e Talo. As Horas presidiam a educação das crianças e regulavam a vida dos homens. Antigamente eram representadas coroadas com folhas de palmeiras, depois, nos tempos modernos, com asas de borboletas e segurando ampulhetas ou relógios.
Na Groenlândia, Alaska e Sibéria, comemoração esquimô da deusa Sedna, a protetora dos mares profundos, senhora da vida e da morte, nutridora e guardiã de seu povo, desde que ele respeitasse suas leis. Após serem abatidas, as almas dos animais deveriam permanecer junto a seus corpos por três dias, para levarem informações para a Deusa sobre o comportamento dos homens. Se suas leis fossem infringidas, ela punia os homens com doenças, fome e tempestades.
Celebração dos Serafins, os anjos da sabedoria. Na Cabala, os Sephirots são os dez atributos ou emanações do Divino, sendo reverenciados no Oriente próximo e na Espanha, antigamente. A Mãe primordial dos Sephirots é Sephira, que, junto com Binah e Chokmak, forma uma tríade, sendo identificada, às vezes, com Sophia, por ser chamada de "A Divina Inteligência".
Festa budista para o Boddhisattva da Sabedoria. 




CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE SETEMBRO:

  
Dia de Nossa Senhora da Misericórdia ou das Mercés na Igreja Católica, antiga celebração de Odudua, a fonte criadora do panteão ioruba, dia sagrado no culto da Santeria.
Odudua, a Mãe Terra dos iorubas, rege a Terra, a natureza, o amor, a fertilidade e a sexualidade. Sua cor é o preto, representando a terra, a matéria e "tudo o que está embaixo". Ela é a consorte de Obatalá ou Orishala, o Rei do Pano Branco, que representa o princípio masculino, o espírito, o céu e "tudo o que está em cima". Seus altares eram representados por duas cabaças, uma preta virada para cima e outra branca virada para baixo. Alguns escritores e pesquisadores consideram Odudua como um ser masculino, sendo Yemanjá a consorte de Obatalá. Mas o mito verdadeiro é uma adaptação de uma tradição muito antiga de Dahomey, a do casal divino constituído por Mawu (a deusa da Terra, da Lua e da noite) e Lisa (o deus do Sol e do dia).
No Egito,  celebração anual do renascimento do deus Osíris, com cantos, danças e plantios cerimoniais.





CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE SETEMBRO:

 

 "Plemo Choai", o nono e último dia dos Mistérios Eleusiníos, a celebração dos vasos sagrados, feitos em barro e representando o ventre fértil de Deméter, a fonte da abundância na Terra. Reverenciavam-se os ancestrais com libações de vinho e oferendas.
Os sacerdotes levavam as oferendas para as frestas da terra e despejavam o conteúdo misterioso de dois vasos sagrados, um para o leste,  outro para o oeste. As pessoas gritavam "hye, kye! (flua e conceba) e os sacerdotes invocavam o princípio paternal (para fluir) e a origem maternal (para conceber). As pessoas comiam, depois, de forma ritualísticva, romãs e maçãs, consideradas as frutas do renascimento, comemorando a continuidade da vida e encarando a morte como uma simples pausa entre as vidas. 
Celebração das deusas gregas do outono, Carpo e Carman, associadas à Horas, as deusas das estações.
Na Finlândia, dia de Mielikki, a deusa protetora dos animais selvagens e das florestas. Seu animal totêmico era o urso, por isso, nos altares a ela dedicados habia sempre um crânio ou uma pele de urso.



CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE SETEMBRO:




Equinócio de Primavera, no hemisfério sul, e de Outono, no hemisfério norte, às 11:50min, em 2012.
É o fenômeno astronômico no qual o sol cruza o plano do equador celeste (ou seja, a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste), durante sua órbita aparente (ou, como é vista desde a terra). A palavra "equinócio" têm origem latina e significa "dias e noites iguais" porque nesta ocasião, dias e noites têm a mesma duração. Os equinócios ocorrem em março e setembro, inversamente nos hemisférios terrestres e marcam as mudanças de estaçãoes (primavera e outono).
Astrológicamente,  refere-se à entrada do sol no signo de Libra, em setembro, e de Áries em março. Os celtas celebravam como o Sabbat Mabon ou Alban Elfed, com rituais de gratidão, intrspecção e dedicação espiritual, em setembro.







Oitavo dia das celebrações de Eleusis, "Myteriotides Nychtes", a noite dos mistérios. Reencarnava-se o mito de Deméter e Perséfone em três estágios:"legonema", coisas faladas, "dromena", coisas encenadas, e "deiknymena", coisas reveladas.  Ao final, os iniciados se reuniam no grande salão do templo, inde, à luz de tochas, celebrava-se a volta de Perséfone do mundo subterrâneo e sua transformação de Kore, a donzela, em Perséfone, a Rainha das Sombras, esposa de Hades, senhor do mundo escuro dos mortos. A essência dos Mistérios representava a esperança da vida renovada, a coragem em enfrentar as sombras e o medo da morte e a confiança no eterno ciclo das reencarnações. 
Comemoração da morte de Tiamat, na Suméria, a Mãe das Águas Primordiais, representada em forma de dragão. Segundo os mitos patriarcais, seu filho Marduk enfrentou-a e matou-a dividindo seu corpo para formar o Céu e a Terra. Outros mitos descrevem  Tiamat como uma Deusa Peixe, similar a Atargatis.





CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE SETEMBRO:

"


"Epopteia", o sétimo dia dos Mistérios, a Noite da Iniciação dentro do recinto mais sagrado e oculto do templo, o Telesterion. Pouco se sabe sobre esses ritos sagrados, reservados apenas àqueles que tinham pasado pelos Mistérios Menores, celebrados em Agra no início da primavera. Os iniciados juravam manter sigilo absoluto sob pena de morte. Sabe-se apenas que, antes da entrada no Telesterion, eram feitas oferendas de cereais e sacrifícios de leitões na gruta de Hades, no templo Plutonion. Uma pedra da entrada da gruta, chamada "omphalos", o umbigo do mundo, assinalava a transição da luz para a escuridão, a descida de perséfone ao mundo subterrâneo, revivida pelso iniciados que encarariam os fantasmas de seus medos da morte e as aparições tenebrosas dos espíritos dos mortos. Após esses momentos de sofrimento, os iniciados presenciavam o "hieros gamos", o casamento sagrado, a união ritualística dos sacerdotes e a encenação do nascimento de Iacchos, a criança divina, simbolizada por uma única espiga de trigo elevada pelo sacerdote no meio de luzes e ao som de címbalos. Em seguida, havia a revelação dos objetos da "cista mystica", a cesta sagrada de Deméter e a celebração da continuidade da vida após a morte com os gritos de Ye (chuva) e Kye (nascimento), ou seja, "flua e conceba", a chuva celeste fertilizando a Terra.
Festa da vida no Egito, celebrando a Mãe Divina doadora da vida em sua tríplice manifestação como Filha (renovadora), Mãe (criadora) e Mãe Negra (o absoluto). Essa festa egípcia celebrava a Lua e as águas vitais que dela se originaram. 
Dia dedicado à Deusa celta Morrigan, regente da vida e da morte. Morrigan era uma deusa lunar tríplice, apresentando-se como a virgem, Ana, como Mãe, Babd e  como a Anciã, Macha. Como deusa da morte ela sobrevoava os campos de batalha na forma de um grande corvo, cantando a canção do fim da vida.
Comemoração grega do nascimento de Pallas Athena, a deusa da justiça e da sabedoria.  
Dia Internacional da Paz, com demonstrações em favor da paz. 




CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE SETEMBRO:

  
Sexto dia dos Mistérios Eleusinos,  com a preparação dos peregrinos para a iniciação, assimilando o significado do mito e o simbolismo de "synthema", a senha recebida dos sacerdotes. Por ter sido extremamente bem fuardado, o conhecimento verdadeiro dos segredos dos Mistérios desapareceu com a morte do último iniciado. Para a posteridade, sobrou apenas o conhecimento exotérico e as deduções dos historiadores e antropólogos, baseadas nas inscrições e gravuras. A mais famosa inscrição resume, de forma enigmática, o que os iniciados faziam: "Eu jejuei, eu bebi o kykeon, eu peguei algo no cesto, eu coloquei algo de volta no cesto e depois passei do cesto para o meu peito". As explicações são repletas de diversas especulações e interpretações. A mais óbvia sugere que o "kykeon" era a bebida de cevada germentada com ervas, o "retirar do cesto" referia-se aos onjetos sagrados (uma esfera, um cone e um espelho), o "colocar de volta no cesto" designava as oferendas e a menção ao peito assinalava a complementação de um ciclo: tirar, devolver e se preparar para o novo, com orações e encantamentos.
Celebração da antiga deusa pré-helênica  Perse ou Perseis. Chamada de "Portadora da Luz" ou "A Destruidora", ela era uma deusa lunar, esposa do Sol e filha do oceano, mãe das deusas pasiphae e Circe. Provavelmente Perse originou o mito e o culto a Perséfone. 
Na Mesoamérica, festeja-se o nascimento do deus solar tolteca Quetzalcoatl, a "Serpente Emplumada" dos astecas, dos toltecas e dos maias, o deus da vida, da fertilidade e da sabedoria. Considerado um Deus Criador, ele era relacionado ao planeta Vênus e, por isso, requeria apenas um sacrifício humano anualmente (ao contrário de outros deuses, bem mais sangüinários). Quetzalcoatl regia o vento, a respiração, a arte, a civilização e era o eterno rival de Tazcatlipoca, o deus da morte, cujo rosto era de obsidiana negra.



CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE SETEMBRO:


Em 2012, Festival de Ganesha, na Índia. Ganesha é a mais popular e querida deidade hindu. O filho mais velho de Shiva e Parvati, ele é reverenciado antes de toda e qualquer atividade. Está nas portas de templos e casas. É o Removedor de Obstáculos, o deus da prosperidade e da boa sorte. É chamado por muitos nomes: Ganapati (Senhor de todos os seres); Vighnesha (Senhor dos Obstáculos); Gajanana (Aquele que tem cara de elefante), entre outros. É considerado o padroeiro da literatura (ele escreveu o Mahabharatha, ditado pelo sábio Vyasa), sendo invocado pelos estudantes, que lhe ofertavam frutas e bolos de arroz no início do ano escolar e às vésperas das provas. 


"Agyrmos" ou "Pompe", o quinto dia dos Mistérios Eleusiníos com a reunião dos iniciados para começar a procissão, percorrendo a pé os trinta quilômetros que separam Atenas de Eleusis.  Eles vestiam roupas novas, eram coroados com guirlandas de murta e carregavam os "bacchus", cajados feitos de galhos entrelaçados, símbolos da morte do velho e do nascimento do novo. Entoando cânticos, a procissão parava em certos lugares para deixar oferendas sob as figueiras sagradas , "hiera syke", consagradas à Deméter. Na ponte sobre o rio Kefisos, os sacerdotes expunham, publicamente, os vícios e verdades vergonhosas dos iniciantes, que deveriam ouvri com humildade e não protestar. A intenção era expor o velho Eu para que ele morrese de vergonha e pudesse renascer. À noite, ao chegar em Eleusis, apesar do cansaço, os iniciados coeçavam as cerimônias à luz das tochas, honrando com danças e cânticos as deusas Deméter e Perséfone. 
Na Babilônia, celebrava-se neste dia, a deusa Gula, a Grande Mãe doadora e destruidora da vida. Gula era a Grande Curadora, tendo poder tanto para infligir como para curar as doenças. Ela era representada cercada de uma aura com oito raios de calor vital, o calor que sustenta ou destrói a vida. Gula vivia em um jardim no centro do universo onde ela cuidava e regava a Àrvore di Mundo, repartidno seus frutos com aqueles que a reverenciavam. 
Comemoração com jejuns e orações de Thot, o deus da sabedoria e da magia no Egito. Thot tinha características lunares  (a cabeça de íbis, adornada com o disco lunar e a lua crescente) e era representado segurando  a palheta do escriba. Ele gerou a si mesmo e foi o criador dos hieróglifos e dos números, sendo considerado o Senhor dos Livros e das Palavras Sagradas.




CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE SETEMBRO:


"Asclepia", o quarto dia dos Mistérios Eleusínios, com procissões e oferendas para Asclepios. o deus da cura e Dionísio, o protetor dos vinhedos. Por meio de libações de vinho, chamadas "trygetos", invocava-se a proteção das divindades masculinas. Os sacedortes preparavam "kykeon", a bebida sagrada e os iniciados continuavam recolhidos e jejuando. 
Antiga celebração da deusa celta da abundância e da riqueza Rosmerta, cujo nome significa "A Boa Provedora". Ela era representada carregando um grande cesto cheio de frutas ou uma enorme panela cheia de comida. Como outras deusas celtas, ela regia também as fontes sagradas e as águas termais. 
Na África do Sul, comemorava-se o dia da chuva sagrada, celebrando a deusa Mbaba Mwaba Waresa, a guardiã da chuva e do arco-íris. Também teria sido ela quem ensinou os homens a fabricarem  a cerveja para usá-la nas celebrações. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE SETEMBRO:



"Hiereia devro", o terceiro dia dos Ministérios Eleusínios dedicado às orações e oferendas de leitões. Os iniciados ficavam recolhidos em suas casas, jejuando e orando, preparando-se para serem dignos de iniciação. 
Na Grécia atual, neste dia,  celebra-se Santa Sofia, reminiscência da antiga festa de Sophia, a deusa hebraica da sabedoria. Suas imagens representam-na como uma mulher velada ou ainda como a manifestação do Espírito Divino. Sua simbologia é complexa e contraditória, deturpada e modificada pelos textos gnósticos, hebraicos, cabalísticos e medievais. Sophia, no entanto, permanece um potente símbolo da sacralidade e sabedoria femininas. 
Celebração de  Sabek, o deus com cabeça de crocodilo no Egito e de Ganesha, o deus hindu com cabeça de elefante. 
Festival do Cavalo Branco na Inglaterra, com competições esportivas e corridas de cavalos, reminiscências de antigos rituais de fertilidade dedicados à deusa eqüina Epona. 
Festival tibetano homenageando Mtsho Sman, as Deusas da Água.



CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE SETEMBRO:

  
"Holade Mystai", segundo dia dos Mistérios Eleusínios, com a purificação no mar dos objetos sagrados, levados pelas sacerdotisas escoltadas por rapazes adolescentes (epheboi).
Os candidatos à iniciação, vestidos com túnicas brancas, eram chamados pelos sacerdotes com tambores e gritos de "Para o mar, iniciantes". A purificação era uma característica essencial dos Mistérios, conhecida como "renovação" ou "expurgo", separando com esse ritual a pessoa de sua vida profana anterior. Cada pessoa levava consigo para o mar um leitão que precisava ser purificado também antes de ser sacrificado. Os leitões eram considerados animais puros, consagrados à deusa Deméter, simbolizando a fertilidade e promovendo, assim, a abundância na Terra. Festa de São Cornélio, na Bretanha, reminiscência das antigas celebrações do Deus Cornífero, considerado o padroeiro dos animais com chifres. Neste dia, benze-se o gado em seu nome.  




CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE SETEMBRO:


Início dos Grandes Mistérios de Eleusis, os "Mistérios da Mãe e da Filha", oriundos de um antigo festival da colheita de cereais. Neste dia, fazia-se a proclamação oficial, excluindo-se todos aqueles que tinham cometido algum delito ou não falavam grego.
Na véspera, os "sacra", objetos sagrados, de Deméter eram trazidos de Eleusis pelas sacerdotisas que percorriam em silêncio os trinta quilômetors que separavam a cidade de Atenas, com as cestas sobre suas cabeças.  Os "sacra" eram depositados no Eleusinion, o santuário de Deméter na Ágora (templo) de Acrópolis, até o dia seguinte, quando eram purificados no mar. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE SETEMBRO:


Celebração de Kalika, a Mãe dos Deuses, a deusa hindu dos nascimentos. No complexo panteão hindu, Kalika representa um aspecto de Durga, um atributo de Kali, o equivalente a Ambika ou a Amari De. Como manifestação da Grande Mãe, Amari De personifica a natureza, seu culto sendo preservado pelos ciganos. Ela é cultuada atualmente como Sara Kali ou a Madona Negra. Transformada pela Igreja em Santa Sara, ela continua sendo para os ciganos a Mãe de seu povo. Devido a sua cor escura, Sara Kali é considerada a precursora das Virgens Negras européias. 
Início das procissões da Madona Negra que duravam até o dia vinte na Suiça e em outros lugares na Europa, as mais conhecidas sendo as das igrejas de Chartres, Paris e Le Puy, na França; Einsiedeln, na Suiça; Zaragoza, Monte Serrat e Gradalupe, na Espanha; Loreto, Pádova e Nápoles, na Itália e Czestochowa, na Polônia. Há também um número razoável dessas estátuas na África e nas Américas, apesar de inúmeras delas terem sido destruídas pela fúria das revoluções e guerras e ignoradas pela Igreja, apesar dos milagres a elas atribuídas. As que restaram foram pintadas de branco, para disfarçar sua cor, atribuída pelos padres à fumaça das velas. O culto da Vrgem Negra ressurgiu no século XII, com as Cruzadas, que trouxeram inúmeras estatuetas de deusas negras de suas expedições na Ásia e no Egito. Na realidade, as Madonas Negras eram o disfarce sob qual as antigas deusas pagãs continuavam usando seus atributos de Mães Divinas e seus símbolos sagrados: a cor negra da sabedoria oculta, o barco para as oferendas e as "navettes" (biscoitos doces), representando o Yoni da Deusa e as cores das roupas, os cânticos e as procissões. 
Na Gália, comemorava-se Berecynthia, a deusa da fertilidade, reminiscência do culto da deusa Cibele. 
Mabsant, a festa da colheita das nozes no País de Gales, com danças e serenatas de harpas. 


CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE SETEMBRO:


Celebração egípcia do Acendimento do Fogo, dedicando lamparinas acesas à deusa Nephtys e aos espíritos ancestrais.
Nephtys era uma deusa da Lua e da noite, regente do céu e das aves de rapina. Filha da deusa Nut, irmã de Ísis e esposa de Geb,  ela era repreentada como uma Deusa Abutre, personificando a escuridão e tudo o que a ela pertence. Neste dia, os templos eram iluminados com tochas e lamparinas, reverenciando Nephtys como a Senhora dos Mortos.
Comemoração de Hel, a deusa escandinava da morte, senhora do mundo subterrâneo representada  como uma mulher velha, feia e escura, cavalgando um cavalo preto. Hel ou Hella aparecia prenunciando a morte por doença ou velhice, cobrindo as almas com seu manto e levando-as para seu reino.
Festival  romano de Lectisternia, honrando os deuses Júpiter, Juno e Minerva.



CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE SETEMBRO:


  
Festa da deusa  grega Astrea, a senhora das estrelas e dos planetas. Filha da deusa Themis e de Zeus, Astrea personificava a perfeição e a justiça. Segundo a lenda, Astrea vivia no meio dos homens mas, quando eles se tornaram corruptos e maus, ela abandonou a Terra e se refugiou na constelação de Virgem. Fontes mais antigas descrevem-na como Erígone, a deusa regente da Constelação de Virgo, que foi chamada na Líbia de Lebera ou Libra, a Senhora da Balança do Destino, juiza e governante da vida dos homens. Era invocada como a deusa protetora dos governos, das cidades e dos impérios, para que fossem dirigidos com justiça. 
Na Mesopotâmia,  a deusa Aderenosa, a Virgem Celestial, era a regente da Constelação de Virgem, representada com uma mulher sentada em um trono decorado com estrelas e amamentando uma criança. No Egito, as Virgens Zodiacais regiam o signo intermediário entre Leão e Libra, enquanto a deusa Ta-repy representava a Constelação da Esfinge, sinônimo de Virgem. Na Ìndia, Kanyá, um dos aspectos de Devi, era a deusa da Constelação de Kandra (Virgem) e a mais antiga divindade do panteão hindu.
Comemoração do casal divino Bel e Beltis, as deusas do mar na Grécia, festejadas apenas pelas mulheres com a dança Tratta. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE SETEMBRO:


Celebração da deusa egípcia Tauret, Mãe Criadora, guardiã do céu e do submundo, protetora dos animais selvagens. Originariamente uma deusa do céu,  morando na Constelação de Ursa Maior, suas atribuições passaram a incluir a proteção dos recém-nascidos e o transporte das almas para novos destinos. Tauret é representada como um hipopótamo, com seios pendentes, uma barriga volumosa e patas de leão. Em seu aspecto escuro ela era "A Vingadora", com cabeça de leão e corpo de hipopótamo, segurando um punhal e carregando um crocodilo nas costas.
Dia das rainhas, no Egito, honrando Hatsheput, Nefertiti e Cleópatra, consideradas encarnações das deusas Hathor, Bast, Mut, Neith, Sekhmet, Maat, Satis e Ísis. 
Nefertiti ou Aahmes Nefertiti, chamada de "A esposa de Amon", foi uma rainha que governou entre 1546-1526 a.C. Ela dormia no templo de Amon e seus filhos foram considerados filhos do Deus. Após sua morte, foi deificada e considerada protetora das mulheres, guardiã da justiça e defensora das crianças. 





CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE SETEMBRO:


Twan Yuan Chieh, a Cerimônia das Mulheres na China. Celebrava-se, neste dia, a deusa da Lua Chang-O ou Heng-O, com festas, danças e oferendas de bolos em forma de semi-lua chamados "jue-ping".
Os etruscos homenageavam Lalal, Losna ou Lucna, a deusa lunar, senhora da noite e da magia, com danças noturnas de mulheres e oferendas de leite de cabra e flores brancas.
Sua equivalente inca era Mama Quilla, a deusa cujo rosto redondo de prata diminuia à medida que suas forças enfraqueciam, recuperando-se com as orações e oferendas de seus seguidores. Durante os eclipses,  acreditava-se que um jaguar celeste a devorava e, para impedi-lo, eram feitos rituais e sacrifícios humanos.
Antiga celebrtação, na Colombia, da deusa lunar Huitaca ou Chia, que ensinou às mulheres a alegria e as artes mágicas. No Brasil, os índios tupinambá reverenciavam Muyrakitan, a "Deusa que floriu das águas". Suas sacerdotisas virgens eram chamadas "cunhatay" e preparavam os amuletos de proteção com argila verde retirada dos lagos sagrados.
 


CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE SETEMBRO:


Celebração na Irlanda de Flidais, a Senhora dos Cervos, deusa das florestas e dos animais selvagens que representava o instinto da liberdade e da procriação. Ela era descrita como uma mulher altiva e forte, conduzindo sua charrete puxada por oito cervos e chamando os animais da floresta de "seu gado". Sua filha, Fland, vivia sob as águas e seduzia os homens, levando-os para seu reino escuro e frio.
As tribos dos índios Haida, do Alaska, reverenciavam Gyhldeptis, a "Senhora dos Cabelos Longos", uma deusa benevolente da floresta que, se devidamente invocada, protegia os lenhadores e passantes. Os índios acreditavam que os musgos o líquens pendurados nos galhos dos cedros representavam os longos e fartos cabelos da Deusa.
Na Sardenha, homenageava-se Giane, a deusa tecelã da floresta com garras de metal e cabelos desalinhados. Enquanto tecia sua teia mágica, ela entoava canções de amor para atrair os homens. Se algum fizesse amor com ela, ficaria tão enfraquecido que morreria.
Te Veilat, na Albânia, festival da colheita dos frutos dedicado à deusa da colheita Laukosargas, a guardiã dos campos e à Mãe Terra. 
Festival dos Crisântemos, na China e no Japão, celebrando com um vinho feito dessas flores as deusas da longevidade Ame-no-uzume e Iwa-naga-hime. É uma data importante nesses países, onde a idade avançada é sinônimo de sabedoria. O crisântemo é cultivado no Japão há dois mil anos e aparece como emblema nacional.

CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE SETEMBRO:


Antiga comemoração de Mami, também conhecida como Ma, Mah, Mama e Ninmah, a Mãe Criadora dos sumérios e protetora das mulheres durante o parto. As lendas descrevem como a deusa criou a humanidade modelando quatorze imagens de si mesma como barro vermelho. Depois de colocadas as imagens em duas fileiras unidas por uma ponte, Mami cantou e soprou sobre elas até que da fileira direita se levantaram os homens e da fileira esquerda as mulheres. 
O culto a Mami atravessou o Mediterrâneo e foi recebendo novas interpretações. Em vez dos simples atributos maternais, ela tornou-se uma deusa guardiã da terra e das propriedades. Ao chegar em Roma, seu mito foi totalmente deturpado e sua imagem adquiriu características guerreiras, tornando-se Mah Bellona, uma deusa da guerra.
Celebração de Ki, a Deusa Mãe da Caldéia, a fonte primeira da vida e da matéria, a Mãe aTerra ancestral. 
Na Espanha celebrava-se, neste dia, Arian, a deusa da abundância, da paz e do bem-estar, considerada a padroeira da Espanha celta.
Festa da Natividade, no calendário cristão, comemorando o nascimento da Virgem Maria. Em Cuba, celebra-se Yemanjá como o nome de Virgem de Regla. Os descendentes dos iorubas oferecem até hoje, na véspera deste dia, sacrifícios de animais aos Orixás, acendendo também velas diante do altar catôlico.
No Tibete, o Festival da Água celebra o espírito dos rios e fontes.



CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE SETEMBRO:

Celebração de Daena, a Deusa Mãe persa, guardiã e protetora das mulheres. Era também a deusa da Justiça e da Lei Eterna. Seu nome significa "aquilo que é visto ou observado". Com esta palabra designou-se também religião, a fé e a lei. Até se utilizou como tradução do termo hindu e budista Dharma, para significar virtude, conduta correta, dever...
Filha da deusa da fertilidade, Armaiti, Daena é também a Condutora das Almas. Ela é ajudada por um cão mágico que sabe distinguir entre o bem e o mal. Daena conduz as almas ora para o céu, ora para o mundo subterrâneo. Geralmente, ela era invocada com Kista, a deusa do conhecimento religioso, protetora dos seres humanos. 
Vendímia, festa da colheita das uvas na Espanha. 
Dia dedicado aos Curadores e a todos aqueles que têm o dom da cura e o usam de forma altruísta para ajudar seus semelhantes.


 CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE SETEMBRO:

 Dia da deusa Tonantzin, no México, celebrada em sua versão moderna como Nossa Senhora dos Remédios. Deusa Mãe dos astecas, guardiã da Terra e do tempo, Tonantzin era honrada com danças de mulheres vestidas com roupas brancas e cobertas de conchas e penas de águia. No dia seguinte, os homens das counidades batiam nas mulheres com pequenos sacos recheados de folhas verdes, simbolizando a renovação da força vital.
Celebração de Salus, a deusa romana da cura e do bem-estar. Acredita-se que ela era uma antiga deusa agrícola dos Sabinos, adotada pelos romanos e transformada na padroeira do bem-estar das pessoas e da comunidade. Ao adotar alguns atributos da deusa grega Hygeia, Salus tornou-se uma deusa da cura e da saúde.
Situa, antigo festival inca para afastar os espíritos das doenças por meio de oferendas de sangue.


CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE SETEMBRO:


Comemoração das deusas Bereginy, um grupo de deusas eslavas da fertilidade, das florestas e dos animais selvagens. Eram representadas metade mulher, metade animais (ursos, lobos, pássaros ou peixes). Seu culto era feito nas florestas de bétulas, perto dos rios ou dos lagos, reservado exclusivamente às mulheres. 
No Brasil, os índios Camayurá rverenciam Noitu, a mãe do Sol Kuat e da Lua Yai, protetoras dos animais selvagens, aparecendo  em forma de onça.
Celebração Nanda Devan, na Índia, para Nanda Devi, a deusa das montanhas que gerou o monte e o Rio Ganges. Era honrada como a Deusa Abençoada, a que matou um demônio disfarçado de búfalo.


CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE SETEMBRO:

  
Na Melanésia e na Nova Guiné, celebração de Goga, a deusa do fogo, do tempo, da chuva e do conhecimento. Representada como uma mulher velha e sábia, Goga criou o fogo de dentro de seu corpo. Alguns homens lhe roubaram um galho incandescente e, ao serem perseguidos por Goga, deixaram cair o galho e incendiaram uma árvore. Goga tentou apagar o fogo com chuva mas dentro da árvore morava uma serpente, cuja cauda ficou em brasas. O fogo foi apafado pela chuva, mas o rabo da serpente continuou fumegando e foi dele que os homens conseguiram, enfim, acender suas primeiras fogueiras.
Antigo festival na África celebrando os espíritos das fontes e Igone, Imo e Azirir, as deusas dos rios. 
Cerimônia Cahambal, na Guatemala, com procissões e oferendas para apaziguar as divindades maias.
Marathonia, celebração dedicada a Ártemis, precursora dos Jogos Olímpicos, constituída de demosntrações e competições esportivas e artísticas. 
Anpu, ritual egípcio da transformação.



CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE SETEMBRO:


 Lakon, cerimônia de cura realizada pelas mulheres dos índios Hopi honrando as Donzelas das Quatro Direções.
Akwambo, festival anual de Abertura dos caminhos em Ghana. Honravam-se as divindades das águas Aberewa, Abenawa e Amelenwa, pedindo suas benções para "abrirem os caminhos".
 As divindades da água correspondentes, nas tradições nativas brasileiras, são as três sereias do mar Janaína, Jandira e Yara, a Mãe d´Água, Taru, uma das sereias do rio, e Oyá, Oxum e yemanjá, deusas dos cultos afro-brasileiros.




CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE SETEMBRO:

  Celebração de Asase Yaa, a grande Mãe Terra do povo Ashanti, na África. Asase Yaa ou também Aberewa e Asase Efua, era uma importante divndade da África Ocidental. Ela era a criadora da humanidade e a condutora das almas após a morte. As pessoas invocavam-na na hora do plantio e também quando honravam seus ancestrais. Seu dia sagrado era a quinta-feira, quando a terra e os caponeses descansavam. O cristianismo encontrou uma forte oposição ao tentar mudar o dia do descanso e ao designar as igrejas como lugar de oração, já que o local sagrado era a terra, onde a Deusa morava. Até hoje os ashanti oram: "Mãe Terra, quando morrer, irei para o teu ventre. Enquanto viver, dependo de ti. Por isso te amo e te teverencio".
Festival da Videira na Grécia dedicado a Dionisio, o filho da deusa lunar Sêmele, e à Ariadne, a deusa lunar de Creta.
Ariadne era uma antiga deusa cretense, senhora da vegetação e do mundo subterrâneo, precursora de Perséfone, venerada somente por mulheres. Com a chegada dos gregos, convertendo à força seus seguidores, a deusa foi transformada em uma simples mortal, tendo ajudado o herói Theseu a sair do labirinto minoano ao dar-lhe um novelo de linha.
Cerimônia da deusa Gauri, na Índia, um aspecto pouco conhecido da deusa Durga. Gauri significa "A Dourada", considerada a padroeira dos casamentos e dos nascimentos. Neste dia, as pessoas comam e ofereciam-lhe doces com mel, para que a deusa lhes abençoasse com a doçura da vida.





CELEBRAÇÃO DO DIA 1º DE SETEMBRO:


Dia de Radha, "A mais amada". Ela era uma mortal e amante de Krishna, avatar de Vishnu, cuja consorte era Lakshmi, a deusa da abundância e do amor hindu. Radha era uma das gopis (adoradoras de Krishna). O amor entre Radha e Krishna foi imortalizado em vários poemas significando que a alma humana, representada por Radha, sempre aspira pelo Divino, representado por Krishna. Hoje em dia, Radha é honrada como Shakti, energia feminina, aparecendo enfeitada com jóias e flores. 
Thargélia, festival grego dos primeiros frutos. Acreditava-se que dava azar não celebrar a colheita dos primeiros frutos, esquecimento que atrairia pragas, seca ou fome. As pessoas levavam suas oferendas para os templos de Deméter,  onde as sacerdotisas ofereciam uma parte à Terra, guardando a outra para seu consumo.
Neste dia, a tribo dos índios apaches festejava a Cerimônia do Nascer do Sol, marcando o rito de passagem  das meninas para a puberdade. Antes do nascer do Sol, as meninas, vestidas com roupas novas e enfeitadas com turquesas e um disco de abalone em suas testas, eram levadas a um lugar sagrado. Orando e cantando, elas esperavam até que os primeiros raios solares tocassem o disco de abalone. Acreditava-se que neste momento, A Mulher que Muda ou A Mulher Concha Branca, (Changing Womam ou White Shell Womam) abençoava as meninas, transformando-as em mulheres. A Mulher que Muda era a deusa da terra dos apaches, que jamais envelhecia, apenas se modificava, renovando sempre suas feições.


CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE AGOSTO:


Anant Chaturdasi, festival de purificação das mulheres hindus dedicado à deusa Ananta, senhora do fogo criador e da força vital feminina. Ananta, cujo nome significa "o infinito", era descrita como uma grande serpente; seus grandes anéis serviam de apoio aos deuses hindus durante seu sono ou durante seu repouso nos períodos de atividade. Esse mito é similar ao egípcio, que descreve a deusa serpente Mehen, "A Toda Envolvente", enroscando-se ao redor do deus Ra enquanto ele "morria" a cada noite, no mundo subterrâneo. Segundo os historiadores, Ananta é a precursora cósmica de Kundalini, a serpente ígnea que se enrosca na base da coluna e cujo despertar leva à iluminação. 
Procissão de Eyos, na Nigéria, antigo ritual de purificação espiritual das famílias. As pessoas, usando máscaras de demônios e escondidas sob longas túnicas brancas, caminhavam em procissão pelas ruas de lagos, afugentando os espíritos obsessores e as almas perdidas com tochas e tambores.
  

CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE AGOSTO:


Antigamente, na Grécia, celebrava-se nesta data, Charistheria, festa com oferendas e agradecimentos para a deusa da caridade Charis, uma das Cáritas.
As Cáritas ou Graças, eram antigas manifestações da Deusa Tríplice doadora das "graças" (charis em grego e caritas em latim), ou seja, os dons que vinham  do céu e das estrelas. Os romanos chamaram-nas de Vénia, considerando-as aspectos benevolentes da deusa do amor Vênus. As Graças eram emanações da Deusa e seus nomes eram Aglaia, a brilhante, Thaleia, aquela que traz as flores e Euphrosyne, a alegria do coração.
Elas eram as parteiras dos deuses, as padroeiras da arte, da música, da poesia e da dança, as Ninfas Celestes atendentes da Deusa, sendo representadas como três mulheres nuas dançando. O cristianismo despojou a palavra "caritas" de qualquer conotação sexual, atribuindo-lhe um significado puramente ascético. Caridade tornou-se, assim, um requisito para conseguir um lugar no céu, empobrecendo o significado inicial de "charis" (amor, afeição, hospitalidade, generosidade e compaixão). As Graças não mais representavam a amplitude dos aspectos da Deusa, mas apenas liberalidade e sensualidade. 
Dia de Santa Rosa de Lima, no Peru e de Santa Lúcia Rosa, na América hispânica, ambas cristianizações da Deusa da Luz.
Oferendas para a deusa hindu da terra Tari Pennu, visando assegurar a fertilidade da terra e a fartura das colheitas. Tari Pennu era uma deusa ancestral do povo dravidiano de Bengala. Segundo a lenda, ela recusou-se a aceitar os avanços amorosos do Sol, preferindo ficar só. Para se vingar, o Sol criou as mulheres para amá-lo e servi-lo, mas elas se recusaram a venerá-lo, dedicando-se ao culto da Mãe Terra. Antigamente, para invocar as vênções de Tari Pennu para a abundância das colheitas, as mulheres lhe ofertavam seu sangue menstrual. Com o passar do tempo, os homens começaram a lhe sacrificar animais e, às vezes, mesmo os prisioneiros de guerra, atribuindo à deusa atributos sanguinários e malévolos, como provocadora de doenças. desgraças, fome e morte.





CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE AGOSTO:


Aniversário de Hathor, a deusa egípcia do céu e do mundo subterrâneo, mãe e filha do Sol. Reverenciada ao longo de três milênios, Hathor foi representada com vários nomes e apresentações. Fosse como leoa ou vaca alada, mulher ou árvore, ela sempre simbolizava a complexidade do potencial feminino e patrocinava os prazeres da vida: música, dança, artes, cosméticos e amor. Suas festas incluiam rituais sexuais celebrando o amor e o prazer. Este dia marca o início do Ano Novo Egípcio.
Celebração da deusa do mar Ahes ou Dahut, na Bretanha,  cristianizada com Santa Anna. Os marinheiros e pescadores temiam suas aparições, na forma de uma linda sereia, que os iludia e enfeitiçava com seu canto até que se perdessem no mar. De lá, ela os recolhia, levando-os para seu frio e escuro reino no fundo do mar.
Ritual anual de Gelede, na Nigéria, para afastar os espíritos malignos com o uso de máscaras grotescas, tambores, chicotes e espanadores de palha com guizos.
  

CELEBRAÇAÕ DO DIA 28 DE AGOSTO:


Festival nórdico da colheita, celebrando os deusas da fertilidade Drey e Freyja, filhos de Nerthus, a deusa da Terra.
Freyja era a deusa do amor sexual e da magia, enquanto Frey era o deus da alegria, da paz e da fertilidade. Juntos, eram chamados de "O Senhor e a Senhora", representando o casamento sagrado, ritual encenado pela união do rei a uma sacerdotisa. Por meio deste rito sexual, promovia-se a fertilização da terra: o rei era o representantehumano do deus Frey e a sacerdotisa, a representante da deusa Freyja.
Raksha Bandhan, o festival dos irmãos da Ìndia. As irmãs amarram pulseiras trançadas, chamadas "rakhis", no pulso dos irmãos em troca do comprometimento deles de cuidarem delas. As famílias se reúnem nos altares domésticos para a cerimônia de Puja, reverenciando a deusa Lakshmi e o deus Ganesha, abençoando-se mutuamente com as "tilak", marcas sagradas feitas com açafrão. Depois, todos festejam com doces de arroz e leite do côco ("laddu").
Celebração celta da vitória Andraste, "A Invencível", invocada pelos exércitos bretões antes das lutas. Ela era venerada por Boudicca, a famosa rainha celta, destemida guerreira que sacrificava animais para a Deusa antes de iniciar suas campanhas anti-romanas.
Aniversário das deusas Athena, na Grécia e Nephtys, no Egito.




CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE AGOSTO:

  
No Egito, celebração de Bast, a deusa solar com cabeça de gato, regente da música, dança e alegria.
Embora normalmente associada aos poderes criativos do Sol, Bast também era associada à Lua. Seu aspecto escuro, como Pasht, "A Rasgadora", era ligado à lua nova e representava a retribuição  e a vingança contra todos aqueles que matavam seus animais sagrados, os gatos. O templo de Bast, em Bubastis, mantinha gatos especialmente consagrados, embalsamados após sua morte.
Bast era representada com cabeça de gato, carregando uma cesta e um sistro. Era uma deusa do fogo, da fertilidade, da alegria, do prazer, da dança dos ritos sexuais, da cura, da intuição e da proteção. 
Em Roma, celebra-se Consus, o deus protetor dos cereais. Neste dia, concedia-se repouso aos animais de carga, aumenando-se sua ração. 
Na Índia, comemora-se a deusa Devaki, a mãe da sabedoria e o deus Krishna, seu filho.




CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE AGOSTO:


Festival de Ilmatar ou Luonatar, a deusa finlandesa da água, grande mãe criadora que organizou o caos e criou a Terra.
Filha virgem do ar e da natureza, Ilmatar possuia imensos poderes criativos, sendo também conhecida como a Mãe dos Céus e a Mãe d´Àgua. Segundo a lenda, ela engravidou com o sopro do vento, mas custou a dar à luz porque não existia a Terra. Com seu poder mágico ela criou, com cascas de ovos, o Sol, a terra e as nuvens. Seu filho Vainamoineim foi um grande feitiveiro e mago, inventor da cítara. 
Fim da peregrinação ao Monte Fuji, no Japão, homenageando Kamui Fuchi, a ancestral suprema, deusa do fogo e da lareira e protetora das mulheres.
Celebração hindu do renascimento periódico do deus Krishna.



CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE AGOSTO:


 Em Roma, celebração de Opseconsiva, o festival da colheita dedicado à deusa Ops. Ela representava a fartura e a opulência, palavra que se originou de seu nome. Ops era uma deusa pré-helênica muito antiga, equiparada, posteriormente, a Rhea, a deusa grega da terra, honrada com oferendas de flores, vegetais, cereais e frutas. Seus seguidores sentavam-se sempre no chão, honrando, assim, a terra.
Dia de Canadanaigua, o festival das luzes na tradição nativa norte-americana. Costumava ser celebrado penas por moças virgens em agradecimento pela colheita. Honrava-se a deusa Hatai Wuthi ou Awitelin Tsita, a mãe criadora da vegetação e do homen gerado, segundo a lenda, pelo toque dos raios solares em seu ventre virgem. Também chamada de Vaso Quádruplo, ela criou as montanhas, as nuvens e a chuva. Dessa maneira, Hatai Wuthi, juntamente com o Pai Céu, seu consorte, garantiu a sobrevivência de seus filhos. Considerada uma deusa da terra, Hatai Wuthi, às vezes, se apresentava como uma enorme aranha vermelha. 
No sul da Índia, cultua-se Hathay, a deusa anciã, uma das encarnações de Parvati.




CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE AGOSTO:


Em Roma, abertura dos labirintos dos templos de Deméter, o Mundo Cereris.
Mania, cerimônia romana louvando os Manes, espíritos divinizados dos ancestrais. 
Na Irlanda, Dia das Marés, celebrando Mari, a deusa do mar. Ela aparecia aos pescadores como uma linda mulher, de longos cabelos pretos, vestida de azul e enfeitada com pérolas e conchas, similar à apresentação de Yemanjá, a Mãe d´Água da mitologia ioruba.
Na Escandinávia Mari Ama era a deusa do mar e senhora da morte. Ela aparecia como uma linda mulher com quatro braços, segurando uma caveira, um tridente, uma corda e um tambor.


 

CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE AGOSTO:

  
 Nemésia, celebração grega de Nênesis, a deusa defensora das relíquias e das memórias dos mortos, guardiã da vingança justa. Na mitologia mais recente, Nêmesis aparece como uma figura monstruosa, furiosa e sedenta por vingança. Nos tempos mais antigos, porém, ela era representada como uma mulher alva e alada que punia todos aqueles que transgrediam as rgras morais e sociais impostas por Themis, a deusa da justiça. Ao contrário das Erínias, o poder de Nêmesis não era de retaliação, mas sim de restabelecimento da ordem justa, tirando a felicidade ou a riqueza excessiva dadas por sua irmã Tyche.
Em seu aspecto de Andrastéia, a inevitável, Nêmesis era representada com uma guirlanda na cabeça, uma maça na mão esquerda e um jarro na mão direita. Era a deusa da fúria divina, que castigava os mortais transgresores das leis divinas, humanas e dos tabus. Como uma força rápida e implacável, ela simboliza a aceitação daquilo que deve ser. Ela pode solucionar ou remover problemas interpessoais, desde que não tenham sido criados por nós. 
Vertumnália, celebração do deus romano Vertumnus, regente da transformação das flores em frutos e da mudança das estações.
Volcanália, festival romano celebrando o deus do fogo Vulcano e as deusas Juturna, a senhora das fontes e Stata Mater, a guardiã que controlava os fogos. As deusas eram invocadas para evitar os incêndios e a exacerbação dos ânimos provocados pela energia ígnea de Vulcano.




CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE AGOSTO:


Dia dedicado à Nu Kwa, a Criadora, a deusa chinesa com corpo de serpente. Segundo a lenda, Nu Kwa modelou os primeiros seres humanos. Entediada com essa tarefa, ela embebeu uma corda com argila úmida e sacudiu-a sobre o chão. Nasceram assim, duas classes de seres: os nobres, que foram modelados e os camponeses, das gotas. Fundindo várias pedras multicoloridas, Nu Kwa consertou a abobada celeste, danificada por um grupo de homens rebeldes. Acabadas todas essas tarefas Nu Kwa refugiou-se no céu; de lá observa e controla as ações dos homens, inspirando as mulheres em suas atividades com argila.
Celebração de Qetesh, a deusa egípcia da Lua, do amor e da sexualidade. Seu nome antigo era Qadesh, um dos títulos de Ishtar em seu aspecto de senhora do prazer. Qetesh costumava ser representada nua, cavalgando um leão e segurando serpentes e flores de lótus em suas mãos. Ela era reverenciada como a expressão divina da sexualidade.

 

CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE AGOSTO:


 Consuália, a Festa da Colheita em Roma, dedicada às deusas Abundita, Ceres, Deméter, Gaia, Rhea, Ops e Tellus Mater. Na cultura asteca, Chicomecoatl era a deusa da colheita; na celta, era Habondia; na eslava, Mati Syra Zemlja; na mexicana, Mayahuel; na sumeriana, Manu; na africana, Mawu; na peruana, Mama Allpa; na européia, Perchta; na inca, Pachamama e Mama Allpa; na japonesa, Uke-Mochi e na germânica, Zisa.
Heráclia, celebração grega em homenagem ao herói Héracles ou Hércules.  

 

CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE AGOSTO:



Cerimônia hopi do casamento sagrado entre a Donzela Serpente e o Jovem Antílope, promovendo a fertilidade das colheitas.
Nos anos bissextos  ceçebra-se Tse Che Nako, A Mulher Aranha, durante a Cerimônia da Flauta. Também chamada de Sussustinako, ela era considerada a grande Mãe, criadora da vida e da Terra, tecelã dos fios sutis da criação. Quando chamada de Mulher Pensamento, é reverenciada como a criadora do fogo, da chuva, do relâmpago, do trovão e do arco-íris. É considerada a protetora das crianças e padroeira dos artistas e artesãos. Em seu aspecto escuro ela é A Mulher Bruxa (Witch Woman) podendo agir de forma malévola e vingativa. 
Neste dia, em 1994, nasceu em um reserva indígena nos Estados Unidos, uma vitela de búfalo branco. Esse nascimento simbolizou o retorno da Mulher Búfala Branca, divindade dos índios Lakota, que trouxe a dádiva e a sabedoria do ritual do Cachimbo Sagrado.
Celebração da deusa Inanna, na antiga Mesopotâmia, a criadora da vida, senhora do céu e da Terra, regente da natureza, da fertilidade e da sexualidade. Reverenciada como a Rainha do Céu, ela trouxe os dons da civilização e da escrita para o povo sumério, sendo por isso venerada durante milênios.



CELEBRAÇÃO DO DIA 19 DE AGOSTO:
 Brauronia, celebração grega de Ártemis como Potnia Theron, a senhora dos animais. Na noite deste dia, as "arktoi", meninas dedicadas a seu culto, iam ao templo vestindo túnicas amarelas e usando máscaras e mantos de pêlo de urso, reverenciando seu aspecto de "Deusa dos Ursos" com danças e cantos.
Antigamente, na Suiça e na Gália, celebrava-se Dea Artio, a deusa da caça e senhora dos ursos, representada como uma mulher  ursa ou cercada de ursos. Na Espanha, ela era chamada de Arco, tendo as mesmas características de Ártemis.
Comemorações das equivalentes eslavas de Diana: Devana na Slovênia, Dziewona na Polônia e Diiwica na Sérvia. Sempre representadas como deusas da caça, elas surgiam correndo pelas florestas vestidas com peles e acompanhadas por seus cachorros.
Desde os tempos neolíticos, a Deusa tem sido associada aos animais, seja assumindo suas formas, seja tendo-os como acompanhantes ou símbolos. Em sua forma de Mãe Ursa, a Deusa é associada aos nascimentos e à proteção dos recém-nascidos. A raiz da palavra "urso" (bear) e "dar à luz" (to bear) é a mesma nas línguas anglo-saxãs. Nos países eslavos, a avó colocava o recém-nascido sobre uma pele de urso e, na Lituânia, a parturiente era chamada de "meska" (ursa).



CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE AGOSTO:
 
Início da auto-imolação do deus nórdico Odin. Como sacrifício para conseguir alcançar a verdadeira sabedoria das runas, Odin ficou pendurado durante nove dias e nove noites em Yggdrasil, a Árvore do Mundo.
No País de Gales, festival druídico Eisteddfod. Druidas vestidos com túnicas azuis, verdes e brancas, segundo seu grau iniciático, conduziam a multidão em procissão para os círculos de menires, recitando orações. Depois de várias apresentações musicais, poéticas e artísticas, os vencedores recebiam prêmios, o título de "bardo" e um cordão azul, atestando seu reconhecimento público.
Festival chinês dos Fantasmas Famintos quando eram feitas oferendas aos espíritos dos mortos.




CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE AGOSTO:  


Na Roma antiga, festival da deusa Diana. Procissões de mulheres iam até o santuário de Aricia para pedir a ajuda da Deusa e agradecer-lhe as dádivas obtidas ao longo do ano.  Mais tarde, em Roma, as mulheres iam aos templos para a lavagem ritualística dos cabelos e para fazer oferendas à deusa.
Portunália, comemoração do deus Vulcano, senhor do fogo vulcânico e dos metais.
Neste dia, nas Filipinas, fazem-se oferendas a Darago, divindade hermafrodita que controla os vulcões e as guerras. 


CELEBRAÇÃO DO DIA 16 DE AGOSTO:  


Celebração eslava de Zorya ou Zarya, a deusa tríplice das estrelas. Às vezes, Zorya pode ser descrita como três irmãs: Zorya Utrennyaya, a deusa da estrela matutina; Zorya Vechernyaya, a deusa da estrela vespertina e Zorya, a deusa da meia-noite. Elas são guardiãs do mundo e cuidam para que o cão preso à constelação de Ursa Menor não quebre sua corrente, o que poderia acabar com o mundo. As Zoryas também têm seu aspecto guerreiro, como Amazonas, protegendo seus afilhados, escondendo-os no campo de batalha com um espesso véu de neblina. 
Na antiga Ibéria, celebrava-se Belisama, a rainha do céu, deusa da arte de viver e companheira do deus Lugh. Ao seu rdor, tudo se converte em riqueza e alegria, pois ela é a grande transformadora da realidade e criadora das mudanças mágicas.
Cememoração romana para Vesta, a guardiã da chama sagrada e protetora do lar e da família. 
Chung Ch´iu, o festival chinês da colheita em comemoração à deusa lunar Chang O.


CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE AGOSTO:


Celebração de Atargatis, a deusa síria do céu, do mar, da chuva e da vegetação, também cultuada pelos romanos como Dea Syria. Deusa poderosa com atributos muito complexos, Atargatis podia ter várias representações. Como deusa celeste, ela surgia cercada de águas, viajando sobre as nuvens. Como regente do mar, podia ser uma deusa serpente ou peixe. Podia ainda ser a essência fertilizadora da chuva, com a água vindo das nuvens e das estrelas. Ainda podia aparecer como a própria deusa da terra e da vegetação, cuidando da sobrevivência de todas as espécies. 
Um mito antigo descreve a descida de Atargatis do céu como um ovo, do qual surgiu uma linda deusa sereia. Por ser considerada a Mãe dos Peixes, os sírios recusavam-se a comer  peixes ou pombos, considerados seus animais sagrados.
 Festa celta do Pão Fresco, reverenciando a Deusa Mãe. Em fogueiras feitas com madeira de árvores sagradas (carvalho, bétula, freixo, espinheiro e sorveira), assava-se o pão feito com o trigo recém-colhido. As pessoas agradeciam a colheita com cânticos, orações e oferendas para as divindades da Terra.
Trung Thu, celebração vietnamita da Lua. As famílias se reúnem, as ruas são decoradas com lanternas coloridas e as crianças, usando máscaras variadas, seguem em procissão pelas ruas. Os dançarinos realizam a dança dos unicórnios e todos comem doces em forma de lua ou de peixe. Os adultos homenageiam os familiares falecidos queimando incenso e notas falsas de dinheiro para enviar boa sorte pela fumaça. 
Na Polônia, festa de Nossa Senhora de Czestochova, a Virgem Negra,  cujo mosteiro era um antigo local de culto à Matka Boska Zielna, a Deusa das Ervas.
A Igreja Católica  aproveitou a egrégora formada nesta data pelas antigas celebrações dos dias doze, treze e quatorze e criou a comemoração da morte e assunção de Maria, o aspecto "cristão" da Grande Mãe.



CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE AGOSTO:

Comemoração da deusa polinésia Hina, conhecida também com o nome de Tapa. Uma deusa complexa, Hina é relacionada a muitos símbolos, sendo uma das mais importantes deusas polinésias. Era representada às vezes como Grande Mãe da morte, às vezes como deusa lunar ou ainda, como a rainha guerreira da Ilha das Mulheres. Em alguns mitos, ela era representada como a primeira mulher na Terra, de cujo ventre nasceram todos os outros seres ou, ainda, como uma mulher com dois rostos, um olhando para frente e o outro para trás. A lenda mais conhecida relata o namoro entre Hina (uma mortal ) e uma enguia. A comunidade, enfurecida com a aberração, matou a enguia, descobrindo depois que, na verdade, era um deus. Desesperada, Hina enterrou a cabeça da enguia e, no dia seguinte, em seu lugar, nasceu um lindo coqueiro. A mãe de Hina era Navahine, a deusa da serenidade ou a Senhora da Paz, representando a força geradora do Sol. 
Cerimônias para as deusas Diana, Titânia e Selene, personificando outras manifestações da deusa Luna.
Celebração da deusa assíria Ishtar e da deusa egípcia Ísis, com procissões de barco e rituais de iluminação de lamparinas em seus templos.



CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE AGOSTO:

  
Na Grécia, celebração da deusa tricéfala Hécate. Deusa da lua minguante,  guardiã das encruzilhadas, senhora dos mortos e rainha da noite, Hécate era homenageada com procissões, em que se carregavam tocahs e com oferendas chamadas de "ceias de Hécate". Como uma deusa "escura", Hécate tinha o poder de afastar os espíritos maléficos, encaminhar as almas e usar sua magia para a regeneração. 


CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE AGOSTO:


Lychnapsia, o festival egípcio das luzes com a cerimônia de benção dos barcos realizada pelos sacerdotes e sacerdotisas de Ísis, vestidos com túnicas brancas e com os seios nus adornados de jóias. Aqueles que pediam orientações à deusa eram conduzidos  a uma câmara secreta nos templos e esperavam a cura durante o sono ou sonhos premonitórios. Ísis foi reverenciada por três milênios cmo Mãe nutridora, protetora e curadora de seu povo.



CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE AGOSTO:


Abtiga celebração de Medusa, a deusa solar originária da Anatólia, reverenciada por suas sacerdotisas que usavam máscaras de serpentes.
Segundo a lenda grega, Medusa, a amada do deus Poséidon, era uma linda mulher. A deusa Athena, enfurecida com o fato de Medusa ter feito amor em seu templo, transformou-a em Górgona, uma terrível criatura com serpentes na cabeça, e matou-a colocando sua cabeça em seu escudo.
Dia de Kista, a deusa persa da sabedoria, protetora da humanidade e reverenciada por Zarathustra como a mãe do conhecimento religioso.
Celebração da deusa Aradia na Toscana, Itália. Aradia era a filha da deusa Diana, sendo responsável pela perpetuação de seu culto. Foi perseguida na Idade Média como a "Rainha das Bruxas", ainda  sendo reverenciada na tradição Stregga e Wicca.
Na Santeria e nas tradições africanas, celebra-se Oddudua, a mãe de todos os deuses e deusas na tradição ioruba. No sincretismo religioso, este dia foi dedicado à Santa Clara. 
Na Irlanda, início de um antigo festival da fertilidade, que sobreviveu por toda a Idade Média como a Feira de Puck. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE AGOSTO:


Celebração de Selkhet, antiga deusa egípcia, senhora do mundo subterãneo e do renascimento da alma. Seu símbolo é o escorpião e pode ser representada como mulher, com um escorpião sobre a cabeça ou como um escorpião com cabeça de mulher. Selkhet também era uma deusa da fertilidade, considerada a protetora dos casamentos. Era a esposa do deus solar Ra e assistente das deusas Ísis, Nephtys e Neith nos ritos funerários para Osíris. Nos túmulos egípcios foram encontradas várias estatuetas de ouro dessa deusa, colocadas pelos parentes dos falecidos que invocavam sua assistência na travessia e orientação das almas no mundo subterrâneo.
Celebração celta dos espíritos do fogo. Nesta data, queimavam-se ervas nas fogueiras como oferendas às Salamandras. Também era homenageada Grian, a deusa do Sol. Rainha dos Sidhe, o Povo das Fadas, Grian era irmã gêmea de Aine, a deusa da Lua e do amor.
O povo basco comemorava Urtz, a deusa do céu e Sirona, a deusa das estrelas. 
Aniversário de Hécuba,  a mãe de Paris e Cassandra. Paris foi o causador da guerra de Tróia e Cassandra era uma linda sacerdotisa do Sol. O deus Apolo sentiu-se tão atraído por sua beleza que lhe prometeu o dom que ela quisesse caso ela fizesse amor com ele. Ela pediu o do da profecia mas, depois de recebé-lo não cumpriu a promessa. Enfurecido, Apolo amaldiçoo-a: suas profecias, embora verdadeiras, não eram acreditadas e Cassandra foi considerada louca. 
Dia de Ysahodhara, a esposa de Buda e dos Parikas, os anjos hindus das estrelas cadentes.

CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE AGOSTO:

  Vinália Rústica, festival romano do vinho dedicado a Vênus. Nesta noite, a deusa do amor e da beleza era reverenciada com cantos, danças, louvações e rituais.
O culto a Vênus é bem mais antigo que as celebrações romanas. Conhecida na Grécia como Afrodite ou "A que nasceu da espuma do mar", ela era uma antiga Deusa Mãe da Ásia, juntamente com Inanna e Ishtar, detentora de todas as manifestações do poder abvsoluto do amor. Após sucessivas adaptações, sua manifestação ficou restrita aos atributos da beleza, prazer e sensualidade.
Nos países celtas e nórdicos, as equivalentes de Afrodite eram Ailinn, Aine, Blodewedd, Branwen, Deirdre, Emer, Epona, Fand, Freyja, Frigga, Hnossa, Ingeborg, Lofu, Lofua, Minne, Sjofn eYgerna.



CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE AGOSTO:

 Tij, o Dia da Mulher no Nepal. Neste dia, as mulheres não trabalhavam e eram consideradas deusas por todos. 
Na Lituânia, celebração de Perkuna Tete, antiga deusa do raio e do trovão. Com a cristianização, seu nome foi mudado para Maria, escondendo, assim, o antigo culto da Deusa sob um nome aceito pela Igreja.
Segundo a única lenda conhecida, Perkuna Tete era a ama de Saule, a deusa solar e recebia-a, a cada noite, com um banho quente feito de uma infusão de folhas de pinheiro e casca de bétula.  Após seu descanso noturno, Saule voltava renovada e resplandescente para iluminar a Terra.
Na Rússia antiga, homenagava-se Kildisinmumy, a Mãe Criadora, deusa do céu e da Terra, padroeira dos nascimentos. A palavra "mumi", com o significado de "mãe", era usada como atributo de deusas da natureza, assim como "ava". 





CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE AGOSTO:


Celebração chinesa da ddeusa lunar Chang O. Segundo a lenda mais recente, Chang O costumava viver na terra, juntamente com seu marido, um famoso caçador. Para recompensar sua destreza, os Deuses decidiram lhe oferecer a bebida da imortalidade, mas, Chang O bebeu-a sozinha, sem querer compartilhá-la. Envergonhada, fugiu e escondeu-se na Lua, onde vive até hoje com uma lebre. Um mito mais antigo, no entanto, descreve Chang O como a guardiã do elixir da imortalidade. Seu marido, o caçador, com ciúmes desse monopólio mágico, tentou roubá-la. Enfurecida, ela abandonou-o indo morar na Lua de onde cuida das mulheres, vigiando para que estas não deixem seus maridos "roubarem" seu poder. 
Neste dia, na antiga Ibéria, reverenciava-se Lur, a Mãe Terra, criadora do Sol, da Lua e de toda a vida. Um de seus aspectos era Ekhi, a deusa solar, cujos raios dissipavam todos os males. 
Festival celta Tan Hill comemorando com fogueiras e danças rituais,  Teinne ou Tan, o poder do Fogo Sagrado. Homenageava-se Triduana, uma antiga deusa do fogo, precursora da deusa Brigid.
"Abertura do Nilo", antigo festival anual egípcio em louvor às deusas Hathor e Nut, abençoando as águas do Nilo para que fertilizassem a terra. 
Adônia, cerimônia na Grécia lembrando a morte de Adonis.



CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE AGOSTO:
Celebração de Fulla, a deusa escandinava da terra e da abundância, cujo nome originou a palavra "full" (cheio). Considerada equeivalente da deusa celta Habonde e da deusa romana Abundita, Fulla foi descrita como uma mulher linda e robusta, com longos cabelos louros presos por uma tiara de ouro e carregando um cofre com as riquezas da terra.
Dança do milho dos índios Cherokee celebrando Eilihino, a deusa da Terra, Igaehindvo, a deusa do Sol e Sehu, a deusa do milho.  
Festividades no Sri Lanka para Pattini, a deusa da fertilidade e da saúde. Mulheres vestidas com saris coloridos acompanham a procissão de dançarinos, acrobatas, músicos e engolidores de fogo, enquanto as imagens da deusa são carregadas por elefantes adornados com paramentos dourados. 
Começo do "Mês dos Fantasmas" na China e em Singapura. 
Festival do deus Thoth, no Egito.
Dia para lembrar das vítimas de Hiroshima e Nagasaki e orar pela Paz amundial, pedindo que os dirigentes sejam iluminados e que novas guerras e desturições sejam evitadas.



CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE AGOSTO:

Celebração asteca da deusa Xochiquetzal, a deusa das flores, da vegetação e da sexualidade, equivalente da deusa romana Flora. Chamada pelas mulheres astecas de a "Senhora com saia de penas azuis" ou a "Mãe das flores", ela era venerada com oferendas de pequenas figuras de barro. Essas imagens foram descobertas em várias escavações arqueológicas do México.
As lendas contam que Xochiquetzal foi a única mulher que sobreviveu ao Dilúvio, juntamente com seu marido, tendo como missão repovoar o mundo. Seus filhos, porém, nasciam mudos; um pombo encantado lhes devolveu o dom da fala, mas cada um começou a falar uma língua diferente.
Neste dia comemora-se, na Bretanha, a deusa do mar Ys com rituais pedindo sua benção para as águas.
Na antiga Ibéria, os pescadores invocavam a proteção de Zaden, a deusa padroeira da pesaca e de Návia, a deusa do mar.



CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE AGOSTO:

Celebração de Aima, a Grande Mãe na antiga Espanha. Ela era reverenciada pela Cabala e seu sínbolo era a letra He. Às vezes, era representada vestida com os raios solares, com a Lua aos seus pés, usando uma coroa com doze estrelas, como a deusa hitita Aima. No sul da Espanha, até o século III de nossa era, os turdetanos reverenciavam a Senhora de Baza, a antiga deusa da Terra. 
Festa de Nossa Senhora da Neve, na Europa, em especial na Itália e Espanha, originária das antigas celebrações das deusas do amor, da fertilidade e da procriação.
Procissão das mulheres ao Lago Loch Mo Naire, na Escócia, em busca de cura. Acrditava-se que, neste dia, as águas desse lago ficavam impregnadas de um poder mágico, capaz de curar ou fortalecer, de forma milagrosa, todas aquelas mulheres que bebessem ou se banhassem na água após invocar os Espíritos das Águas e oferecer-lhes uma moeda de prata. Na proximidade de outras fontes curativas, homenageavam-se as deusas da cura Arenmetia, a Senhora das Águass Curativas e Argante, a Senhora da Cura, invocando suas benções e auxílio.



CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE AGOSTO:


Festival das Dríades, na Macedônia, celebrando durante três dias as Ninfas das florestas, as Ondinas das águas e os espíritos femininos das árvores.
Na antiga Alemanha, comemoravam-se as Nixen ou Kelpies, ondinas com vozes maravilhosas que, às vezes, dançavam com os homens. Elas eram seres mutáveis, tanto na forma quanto na personalidade. Podiam ser amáveis ou perversas, aparecendo em forma de mulher ou metade mulher, metade peixe. Frequentemente raptavam seres humanos devolvendo-os se devidamente agradadas e presenteadas.
Na Escandinávia homenageavam-se as Askefruer, as ninfas do freixo dotadas de poderes mágicos e habilidades para curar as doenças. Elas apareciam como mulheres peludas, com seios grandes, os cabelos como raízes e vestidas com roupas de musgo. Na antiga tradição escandinava, o freixo era uma árvore sagrada, extremamente importante por representar Yggdrasill, a Árvore do Mundo, da qual foi formado o primeiro casal humano.
Os espíritos das árvores e das águas eram conhecidos na mitologia celta com vários nomes: Dervonnae eram as dríades dos carvalhos; Fangge, as dríades benévolas; Pressina, as ondinas galesas; Stratteli, as dríades maléficas; Lamias, as ondinas bascas e as Damas verdes, ninfas malévolas das florestas.
Festival japonês Aomari Nelrita. Neste dia, usavam-se máscaras grotescas para afastar, com muito barulho, os maus espíritos.



CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE AGOSTO:

 Festa de Nossa Senhora dos anjos, na Costa Rica. Celebrada com procissões para "La Negrita", sua pedra sagrada, ela é uma das manifestações da Virgem Negra, versão cristianizada da Deusa da Face escura, a deusa da morte.
Em inúmeras igrejas da Espanha, França, Itália, Suiça e Polônia, encontram-se estátuas da Virgem Negra. Segundo os pesquisadores, sua origem remonta aos antigos cultos das deusas Cibele Ísis, Inanna, Anath, Kali, Deméter, Ártemis e Athena, cujas estátuas negras, bem como seus templos, foram adotados nos primórdios do Cristianismo.
Sob a influência destas antigas estátuas negras, posteriormente destruídas por monges fanáticos, escultores dos séculos seguintes criaram novas estátuas, chamando-as de Madonnas Negras. Portanto, ao contrário do que afirmam as fontes cristãs, elas não são estátuas brancas que foram enegrecidas pela fumaça de velas, mas reminiscências das antigas deusas, reaparecendo na nova religião de forma sutil e misteriosa. 
Na Irlanda,  homenageava-se Carman, a senhora da magia negativa, da esterilidade e da aridez. Oferendas e orações eram feitas para assegurar o crescimento da vegetação e a fertilidade dos animais.
Dia de Lady Godiva em Coventry, na Inglaterra, lembrada com festejos nas ruas.  A lenda conta que ela era uma aristocrata que se compadeceu do povo que pagava altíssimos impostos ao seu Senhor, seu marido. Ela implorou tanto que ele prometeu que retiraria os impostos mais altos com a condição de que ela cavalgasse nua pelas ruas da cidade. Então, Lady Godiva pediu aos moradores que se fechassem em casa até ela passar para que não a vissem. E assim fizeram todos. Lady Godiva atravessou Coventry coberta somente pelos seus longos cabelos, mas, foi respeitada pelos moradores. Finalmente. seu marido, Leofric, cumpriu sua palvra e retirou os impostos mais altos. Alguns historiadores interpretam essa lenda como uma reminiscência do culto à deusa eqüina Epona (mas a estátua de lady Godiva existe mesmo em Coventry).
Celebração da deusa persa Anahita, deusa da lua e do amor. 



CELEBRAÇÃO DO DIA 1° DE AGOSTO EM AMÉRICA: 


 Pachamama ou Mãe Terra é a deusa da Terra e da fertilidade, uma divindade agrícola benigna concebida como a mãe que nutre, protege e sustenta os seres humanos. Na tradição inca, ela é a mãe do povo inca e o fundamento de toda a sua civilização. É o mito mais popular destes povos que ainda vivem nos Andes argentinos, bolivianos, peruanos.
Primeiro de agosto é o dia em que se alimenta a Pachamama, enterrando uma panela de barro com comida cozida, juntamente com folhas de coca, vinho e cigarros, entre outras coisas. Aqueles que participam da celebração, se enfeitam com cordões de lã de lhama torcidos para a esquerda e nas cores branca e preta, amarrando-os no pescolo, tornozelos e pulsos. Agradecem à Pachamama por tudo que foi recebido durante o ano que passou e lhe entregam tudo aquilo que desejam receber no próximo ano dentro da panela. Após, a celebração continua com danças, cantos e muita alegria.
Cerimônia nativa norte-americana celebrando a Corn Mother, a Mãe do Milho, com oferendas de pólen e fubá, cantos e danças ao redor de fogueiras, em que se assavam espigas de milho.
Celebração asteca de Xiuhtecuhtli, o deus do fogo espiritual e senhor do calendário. Reverenciavam-se, também, as deusas do milho Centeotl e Xilonen, responsábeis pela fertilidade da terra.



CELEBRAÇÃO DO DIA 1° DE AGOSTO:


Neste dia os povos celtas celebravam o Sabbat Lammas ou Lughnassah, o Festival da Colheita. Dedicado a Lugh, o deus da Luz, o Sabbat representava seu sacrifício anual, garantindo a maturação das sementes, sua colheita e o fornecimento dos grãos para o próximo plantío. 
Tailtu, a Deusa Mãe, também era celebrada, com danças e cantos, como a fonte da vida e da abundância. Os primeiros frutos e cereais colhidos eram-lhe ofertados nos altares de pedra dos bosques sagrados de carvalhos.
Nos países nórdicos homenageavam-se as Kornmutter, as Mães do Milho e Zytniamatka, a deusa da agricultura.




CELEBRAÇÃO DO DIA 31 DE JULHO:


Niman, cerimônia nativa norte-americana celebrando a colheita do milho e a despedida dos Kachinas. Começando ao nascer do sol e acabando ao anoitecer, as danças e as mímicas demosntram, de forma ritualística, a gratidão das pessoas pela ajuda dos Kachinas, os seres sobrenaturais que garantiram as chuvas e a abundância nas colheitas. 
Oidhche Lugnasa, o Festival do Pão Fresco, celebração celta da colheita dedicada à deusa Tailtu ou Tailtte e ao deus solar Lugh. Ela era uma antiga deusa irlandesa da Terra, mãe de Lugh. Ele, por sua vez, criou o festival de Lughnassadh para revenrenciá-la. Antigamente, essas celebrações duravam quinze dias, sendo depois cristianizadas como a Festa da Colheita.
Comemoração do deus nórdico Loki e de sua consorte Sigyn. Na mitologia nórdica, Loki representa o poder maligno, a força da erosão e as perdas inesperadas. É o padroeiro dos ladrões, dos embusteiros e dos mentirosos. Não deve ser invocado pois sempre pede algo em troca e é traiçoeiro. Signy ou Sigyn era uma deusa ancestral, guardiã das failias e das tribos.




CELEBRAÇÃO DO DIA 30 DE JULHO:

 
 No Canadá, festival nativo Micmac, versão cristianizada da antiga celebração do Pai Céu e da Mãe Terra nas figuras de Santa Ana e do deus nativo Glooska. Acredita-se que aqueles que casam neste dia serão abençoados com amor e prosperidade. 
Neste dia, em Tarascon, na França, celebra-se o festival anual Tarasque, no qual comemora-se a captura de um dragão cuspindo fogo. A multidão segue a imagem do dragão pelas ruas, tocando-o para se livrar do azar e atrair a sorte.
Celebração nativa norte-americana homenageando Tamaayawut, a deusa da terra e criadora da vida e seu irmão Tuukumit, o deus do céu. Juntos, eles criaram todos os seres e toda a vida do mundo.



CELEBRAÇÃO DO DIA 29 DE JULHO:


Em Kyoto, no Japão, festa de Gion Matsuri, a celebração conjunta do deus do Sol, irmão da deusa Amaterasu e de Wakahirume, a deusa da alvorada e do crepúsculo. Segundo a tradição, neste dia as pessoas deveriam ir para os altares dos templos venerar o Deus. Mas, para beneficiar também aqueles que não podiam chegar até os templos, procissões eram formadas, carregando um altar pelas ruas. Havia competições para premiar o altar mais elaborado ou mais bem decorado. Organizavam-se, também, procissões nos rios, com música e cantos nos barcos enfeitados com guirlandas e lampiões. 
Comemoração de Aine, a deusa solar irlandesa representada como uma égua vermelha e fstejada com procissões de camponeses carregando tochas de palha acesa. Passava-se a fumaça destas tochas sobre os campos e os animais para proteção e aumento da fertilidade.
No México, dia de Santa Marta, irmã de Maria Madalena, dedicada aos cuidados maternais.



CELEBRAÇÃO DO DIA 28 DE JULHO:

 

Comemoração do aniversário da sacerdotisa e profetisa Pythia, na Grécia, cujo nome originou a designação geral das profetisas do Oráculo de Delfos. As mulheres escolhidas para esse cargo, de extrema importância, deveriam ter mais de cinqüenta anos, já terem passado pela menopausa, serem casadas e ter sido aprovadas em um intenso treinamento psíquico, com muita diciplina. Mensalmente, após rituais de purificação, a Pitonisa sentava-se em um tripé, mastigava folhas de louro e inalava os vapores que saiam das fendas da terra, entrando, assim, em transe extático e fazendo profecias.
Festival irlandês homenageando Domhnach Chron Dubh, o deus dos grãos que simbolizava seu sacrifício no ato da colheita e Dea Domnann, a deusa da Terra e da fertilidade.
Dia de São Cristóvão, derivado da celebração do antigo deus nórdico Thor.




CELEBRAÇÃO DO DIA 27 DE JULHO:


Dia da famosa rainha egípcia Hatshepsut, considerada uma representação da Deusa da Cura. Hatshepsut viveu na 18° Dinastia, em 1490 a.C. e construiu inúmeros templos dedicados à Deusa. Reinou sozinha, sem consorte, com pulso firme e mente ágil e justa. Não promoveu guerras e incentivou a arquitetura e o comércio. Como Rainha, foi uma digna representante da Deusa, a quem honrava. Os atuais seguidores das antigas tradições egípcias realizam, neste dia, vários rituais para a cura pessoal, coletiva e global. 
Na Irlanda, este é um dia considerado muito favorável para a colheita de ervas curativas. Homenageia-se Airmid, a deusa da cura e da magia, guardiã da fonte sagrada da saúde. As pessoas vão em peregrinação para as fontes sagradas e oram em prol de sua cura.



CELEBRAÇÃO DO DIA 26 DE JULHO:


Festival de Santa Anna na Palestina e de Santana, no Brasil. No sincretismo religioso da Umbanda, ela é Nanã Buruku, a mais velha das três divindades das águas. 
Na tradição jeje, Nanã é a criadora do mundo, a Grande Mãe de tudo o que existe, a senhora das águas escuras e da lama. Nas lendas, Nanã é a mais idosa de todas as divindades, respeitada e honrada por sua imensa sabedoria. Seu reino é o pântano, onde se misturam a água e a terra, constituindo a zona limítrofe onde a vida se formou. A terra úmida representa o potencial da vida e sua decadência, por meio do apodrecimento. A insígnia de Nanã era seu cajado, o "ibiri", decorado com búzios e inscrições, servindo para curar e fortalecer aqueles que a procuram. Como deusa ancestral, Nanã representa a origem racial, o poder sacerdotal, a preservação das tradições, a disciplina, a cura e a sabedoria.
Nos países eslavos celebrava-se Kubai-Khotun, a Grande Mãe de cujo leite formou-se a Via Láctea. Representada como uma mulher com seios enormes dos quais fluia o leite que alimentava todos os seres, ela morava sob a Árvore do Mundo.
No Novo México, Danças do Búfalo e do Milho, nos pueblos Taos e Santa Ana. 
Ano Novo no calendário maia Tormenta Ressonante Azul.




CELEBRAÇÃO DO DIA 25 DE JULHO:


Furrinália, celebração das Fúrias ou Erínias, as deusas gregas da vingança. Os mitos pré-helênicos descreviam-nas como três donzelas negras,  imortais, com cabelos de serpentes, veneno escorrendo de seus olhos e garras pontudas. Elas perseguiam aqueles que infringiam a "lei do sangue" e matavam parentes. Seus nomes eram Alecto, Megera e Tisiphone e, posteriormente, foram chamadas de Dirae, Maniae ou Furiae.
Na Ìndia, celebração do deus-serpente Naga Panchami e da deusa Kadru, a "Mãe das Serpentes". "Rainha das Serperntes" também era o nome da deusa Egle, nos países eslavos; da deusa Uadjit, no Egito e da deusa Coatlicue, no México. Na Grécia e em Roma eram inúmeras as deusas associadas às serpentes, entre elas Echidna, Górgona, Lâmia, Medusa e Python.
Dia Fora do Tempo  ou Dia do Perdão no Calendário  Maia, que antecede o Ano Novo Maia.



CELEBRAÇÃO DO DIA 24 DE JULHO:

 

Dia dedicado a todas as Deusas Leoninas como Sekhmet, Cibele, leona, Durga, Mehit e Tefnut.
Embora fosse símbolo do deus solar na Grécia e em Roma, muito antes, disso nos países da Ásia e no Egito o leão era associado à Deusa. Várias deusas cavalgavam, eram puxadas ou acompanhadas por eles. Outras apresentavam suas características físicas, demosntrando assim, seu poder e a vitória nos combates.
Festival shintoísta Tenjin, no Japão, dedicado à cura das doenças. Os doentes levavam bonecos de papel aos templos onde os sacerdotes esfregavam-nos em seus corpos para retirar as mazelas e os resíduos das magias negativas. Após esse ritual de expurgo, os bonecos eram levados para os rios e jogados na água, enquanto entoavam-se cânticos e orações.



CELEBRAÇÃO DO DIA 23 DE JULHO:



Nos países nórdicos, antiga comemoração dos deuses do mar Aegir e sua consorte Ran, guardiã dos afogados. Ran era uma mulher grande e forte. Segurando com uma de suas mãos o leme do barco, ela jogava com a outra mão uma grande rede e recolhia os afogados, levando-os para seu escuro reino sob as ondas. Lá, eles vivam como se estivessem na terra, mas sem poder voltar, a não ser no dia de seus enterros. Como Ran amava o ouro, os marinheiros escandinavos levavam em seus bolsos moedas de ouro para que pudessem ser aceitos em seu reino caso morressem afogados. As nove filhas de Ran e Aegir eram lindas sereias que apareciam aos homens durante as noites escuras e frias do inverno, escondidas na espuma das ondas, tentando se aproximar das fogueiras acessas em sua homenagem. 
Neptunália, antigas celebrações para Netuno, o deus romano do mar e para sua esposa Salácia, a deusa da água salgada, dos lagos e das águas minerais e termais. Ofertavam-se galhos de salgueiros e de oliveiras, pedindo aos deuses que não faltasse água durante os meses de verão.




CELEBRAÇÃO DO DIA 22 DE JULHO:


Antiga celebração de Maria Madalena, na França. Nesta data, mulheres de todos os lugares peregrinavam a uma gruta no sul da França onde ela viveu por trinta anos e, diante de um altar, pediam à Santa que lhes ajudasse a arrumar namorados ou maridos. 
Segundo os Evangelhos Gnósticos, Maria Madalena era a companheira de Jesus. Após a morte dele, Maria Madalena tornou-se uma líder dos Gnósticos, competente e respeitada, até que o apóstolo Paulo proibiu a participação das mulheres na Igreja para liderar, oficiar ou ensinar, transformando a igreja aberta de Jesus em uma instituição patriarcal e exclusiva. Madalena foi morar na França, perto de Marselha. Lá se estabeleceu em uma gruta, levando uma vida de eremita, curando e ajudando as pessoas.
Na Anatólia, festival dedicado à Arina, deusa da luz e do dia.



CELEBRAÇÃO DO DIA 21 DE JULHO:


 
Celebração da deusa assíria da vegetação Nana, a mãe de Attis, que veio a tornar-se  o consorte amado da deusa Cibele. Segundo a lenda, Nana ou Nina era a ninfa que concebeu Attis enquanto carregava uma romã sobre seu seio. No entanto, fontes mais antigas mencionam que o nome de Nana, em seu significado de "rainha", era um dos atributos da deusa babilônica Isthar ou Inanna, como a padroeira das cidades Ninevah e Lagash.
Nos paises eslanos, reverenciava-se a deusa Nan como a criadora da vida e, na África, Nana Buruku, como a deusa anciã da água e da terra, responsábel pela criação dos seres humanos.



CELEBRAÇÃO DO DIA 20 DE JULHO:




No Japão, O Bon, o Festival das Lanternas celebrando os Espíritos Ancestrais. Neste dia, limpavam-se as casas, os túmulos, as lápides e os altares. Sacerdotes e monjas visitavam as casas e os túmulos, recitando sutras sagrados. Para iluminar o caminho dos espíritos ancestrais de volta para suas casas, onde lhes eram oferecidas fartas ceias, inúmeras lanternas e tochas eram acessas pelos caminhos. No dia seguinte, os espíritos voltavam para o além, acompanhados por pequenos barcos iluminados.
Comemoração de Paraskeva, a deusa eslava do amor e da sexualidade, associada à água, à saúde, à fertilidade e ao casamento. Devido a sua popularidade, ela foi adotada pela Igreja e transformada em santa. 
Na Polônia celebrava-se, neste dia, Dodola, a deusa da chuva.
Na Lituânia, as antigas deusas do amor Prende e Vakarine, eram invocadas durante o Vainikinas, o festival anual dos namorados, também chamado "A amarração das guirlandas".
Dia de Santa Margareth da Antióquia, a guardiã das crianças, representada montando um dragão e batendo no chão com seu bastão para atrair as chuvas, gesto ritualístico das sacerdotisdas da Deusa.
Aniversário da profetisa grega Damo, filha dos filósofos Pitágoras e Theano.




CELEBRAÇAÕ DO DIA 19 DE JULHO:


Festival de Opet, no Egito, celebrando o casamento sagrado de Ísis e Osíris. Ísis foi a mais completa deusa conhecida na história da  humanidade, venerada dutrante milênios. Foi durante o reinado de Ísis e Osíris no Egito que as bases da verdadeira civilização foram criadas. Seu culto se difundiu em outros países, dentre eles, principalmente, o Imperio Romano. O Festival Opet marca o ciclo anual de enchentes do Rio Nilo; por Ísis ser uma deusa da vida e da fertilidade, suas benções eram invocadas com celebrações grandiosas e cerimônias sagradas.
Dia consagrado à estrela Sirius ou Sothis, da constelação de Canis Major, chamada  também de Canopis ou Olho do Cão. Acreditava-se que Sirius aparecia no leste, na época das inundações do Rio Nilo, para anunciar o renascimento de Osíris. Anúbis, o deus com cara de chacal, guardava a alma de Osíris na estrela Sothis até seu renascimento anual.
Em Roma, celebrava-se a união de Vênus, a deusa da beleza feminina e do amor, a Apolo, o belo deus da luz solar e da poesia.



CELEBRAÇÃO DO DIA 18 DE JULHO:



Aniversário de Nephtys, a deusa egípcia da morte, irmã de Ísis e esposa do deus Seth. Enquanto Ísis representava a força da vida e do renascimento, Nephtys era a deusa do pôr-do-sol, dos túmulos e da morte. Seus respectivos cônjuges também representavam energias opostas: Osíris, o consorte de Ísis, era um deus da fertilidade, o cônjuge de Nephtys representava a aridez, a esterilidade e a maldade.
Em Hong Kong, celebração da deusa das florestas Lu Pan, a padroeira daqueles que trabalham com madeira.
Festa dos índios norte-americanos celebrando a "Mulher de Cobre" e a "Mulher Vulcão", deusas dos minerais e dos metais.
Comemoração da deusa persa da justiça Arstat, conhecida como a personificação da verdade e da honestidade. Suas palavras propiciavam o crescimento e a prosperidade de todos os seres vivos. 


CELEBRAÇÃO DO DIA 17 DE JULHO:



Festival de Amaterasu Omi Kami, a deusa solar do Japão, reverenciada como a governante de todos os deuses, guardiã do povo japonês e da unidade cultural. Seu emblema, o Sol nascente, está na bandeira nacional. Nem mesmo o budismo patriarcal destruiu o culto desta deusa, representada como uma linda mulher repleta de jóias e cuja luz, refletida em seu espelho, iluminava o céu e a terra. Chamada de "Grande e augusto espírito que brilha no céu", Amaterasu representa a manifestação mais elevada do Espírito Universal. Ela é uma deusa benevolente, que compartilha sua luz e seu calor com todos os seres da criação. 
Nos países eslavos, celebram-se as deusas solares Si e Tsi. Ela eram invocadas nos juramentos por serem guardiãs da justiça e por punirem os perjuros.  


CELEBRAÇÃO  DO DIA 16 DE JULHO:


Antiga festa da deusa romana Carmenta, parteira e curadora, transformada, mais tarde, em uma comemoração com fogos de artifício e procissões de velas em homenagem à Madonna del Carmine, na Itália.
A palavra raiz Car, Ker, Kore ou Q´re é encontrada no nome de várias deusas  de diversas culturas, como Carna e Carmenta. Elas eram veneradas pelos etruscos como deusas do parto, da saúde, dos carnavais e dos encantamntos. Cardea era a guardiã dos limites e dos espaços, Carlin era o espírito do Sabbat celta Shamain, protegendo as famílias contra os fantasmas, enquanto a irlandesa Carman era a senhora da magia destrutiva. Kore era a deusa donzela grega, Ceres era a deusa romana dos cereais e Cerridwen, a Grande Mãe celta. 
No Haiti, procissão rumo à cachoeira sagrada da deusa do amor Erzulie Freda. 
Dia dedicado à Virgem Maria da Irlanda. 
Celebração de Niski-Ava nos paises eslavos, e deusa protetora das mulheres e guardiã dos lares. Ela foi sincretizadam posteriormente, com a Virgem Maria.


CELEBRAÇÃO DO DIA 15 DE JULHO: 


Celebração da deusa finlandesa Rauni ou Roonika, regente do trovão e esposa do deus do relâmpago. Conhecida também sob outros nomes (Akko, Maan-Eno ou Ravdna) ela se materializava nas sorveiras, sendo que suas frutas vermelhas lhe eram consagradas. A sorveira (rowan) é uma árvore mágica, usada em rituais de proteção e defesa e para a confecção de varetas rúnicas e de varinhas mágicas. Segundo a lenda, por meio de uma relação sexual durante seu período menstrual, Rauni criou a sorveira e outras árvores mágicas de flores ou frutos vermelhos. Para homenageá-la, as pessoas lhe ofertavam os melhores pedaços das renas abatidas durante as caçadas.
Nos paises eslavos, comemorava-se a deusa do fogo Oynyena Maria ou Maria do Fogo, companheira do deus do trovão e Perkune Tete, uma das deusas do relâmpago e do trovão. Segundo a lenda, Perkune tete recebia a cada noite o Sol, banhando-o e fazendo-o brilhr novamente, devolvendo-o ao céu a cada amanhecer. 
Dia de Ghung Yuan o Festival dos Mortos na China, homenageando Ti Tsang, o senhor do mundo subterrâneo.



CELEBRAÇÃO DO DIA 14 DE JULHO:

No calendário nórdico, incia-se neste dia, o domínio da norne Urdhr, a anciã que olha para o passado, uma das três Deusas do Destino da mitologia nórdica. As Nornes viviam sob Yggdrasil, a Árvore do Mundo que sustenta os nove mundos. Elas cuidavam de Urd, a fonte sagrada cuja água branca mostra a conexão destas deusas com as três fases da Lua, molhando as raízes da árvore para manté-la viva. Na mitologia celta, as Nornes era chamadas de irmãs Weird ou Wyrd e foram citadas por Shakespeare na peça Macbeth. Da mesma forma que as Parcas romanas ou as Moiras gregas, as Nornes teciam os destinos e determinavam a vida e a morte dos homens, cortando o fio no momento certo.
  

 CELEBRAÇÃO DO DIA 13 DE JULHO: 

Festival de Deméter, na Grécia, celebrado com procissões de mulheres descalças enfeitadas com guirlandas de flores do campo. Acreditava-se que, ao andarem descalças, as mulheres podiam se comunicar diretamente com a deusa. Segundo as lendas, Deméter trouxe as primeiras sementes de trigo para a humanidade, ensinando-a a cultivar a terra e transformar os grãos em pão. Deméter era a protetora das mulheres, da maternidade e do amor conjugal. Ela regia as colheitas, os cereais, a vegetação, o renascimento, a agricultura, as leis, a filosofia, a magia e a própria Terra.
Festa de Nossa Senhora de Fátima em Portugal.



CELEBRAÇÃO DO DIA 12 DE JULHO:


Comemoração da deusa lunar haitiana Erzulie, regente do amor, da alegria, da beleza, da magia, da cura e da boa sorte. No Caribe, Erzulie era chamada de La Siréne, sendo representada alimentando-se de bananas, como uma sereia ou serpente aquática. Neste aspecto, ela regia a água salgada e era a amante do deus Agone T´Arroyo. Como regente da água doce, ela era chamada de A Senhora do Vodu, sendo considerada a esposa do deus Damballah. Em seu aspecto escuro, em vez de propiciar o amor, ela provoca ciúmes, egoísmo, discórdias e vingança. Sua equivalente na África é a deusa Aziri ou Ezili, regente da água doce, da beleza e do amor, chamada de Oxum na tradição ioruba. 
Na Polinésia e na Austrália, celebram-se as deusas do amor e da sexualidade Hapai e Hine Moa com danças e oferendas de flores.
Dia consagrado a Dikaiosyne, antiga deusa egípcia da justiça, precursora da deusa Maat.
Celebração tibetana dedicada a Yama, deus budista da morte e senhor do mundo subterrâneo.




CELEBRAÇÃO DO DIA 11 DE JULHO:


Kronia, festival anual cretense honrando o deus Kronos, a Pai do tempo e a deusa Rhea, a Mãe Terra, esposa de Kronos e mãe da maior parte das divindades. A deusa Rhea, sob seu aspecto de Potnia, era chamada de Magna Mater, a Grande Mãe, e de senhora do labirinto. Era a deusa principal de Creta e seus símbolos sagrados eram a labrys, o pilar e a serpente. Tinha vários gemplos a ela dedicados, como em Kydonia, Phaistos, Mallia e Zakro, mas, o principal era dentro do templo de Cnossos, cujo formato originou a lenda do labirinto. Seu consorte era o jovem Velchanos, que morria anualmente com o fim da vegetação e renascia a cada primavera. Similar a Deméter/Perséfone, Inanna/Dumuzi e Cibele/Attis, esse mito simbolizava o ciclo das estações e da primavera.




CELEBRAÇÃO DO DIA 10 DE JULHO:

Dia da deusa nórdica Hella ou Hel, a senhora de Nifheim, o mundo subterrâneo formado por gelo e fogo vulcânico. Hel, cujo nome originou a palavra inglesa inferno, tinha uma aparência aterrorizante, com metade de seu corpo em decomposição, toda corroída por doenças. Para seu reino de nove círculos iam todos os mortos, com a exceção de daqueles que morriam em combates e que eram levados pelas Valquírias para Valhalla, o castelo do deus Odin. Nifheim tinha um local de repouso para os "bons", enquanto outra parte servia para a purificação ou expiação daqueles que tinham vivido de forma vil ou errada. As tribos germânicas chamavam Hel de Holda ou Bertha e acreditavam que ela acompanhava Odin na "Caça Selvagem" para recolher  as almas errantes e levá-las para recuperação em seus reinos, à espera de uma nova encarnação. 
Celebração de deusa da morte Skadi, a padroeira da Escandinávia, que reinava sobre o gelo e a neve do extremo norte da Europa. Ao contrário de Hel, Skadi era bonita e inspirava os poetas  e os xamãs em seas criações e previsões oraculares.
Na antiga Rússia, comemorava-se Snegurotchka, a deusa da neve, transformada, posteriormente, na Donzela da Neve, personagem de um conto similar à Branca de Neve alemã.



CELEBRAÇÃO DO DIA 9 DE JULHO:

 
Início da Panathenaea, o festival grego dedicado à deusa Athena. Durante seis dias, promoviam-se competições musicais, concursos de poesias, corridas de cavalos e carruagens, demonstrações de atletismo, boxe, ginástica e danças. Ao contrário de outros festivais esportivos, este tinha um significado religioso. Os ganhadores recebiam ânforas com azeite extraído das oliveiras sagradas e eram coroados com guirlandas de ouro. No final, a multidão seguia em procissão para o templo da deusa Athena, na Acrópolis, colocando novas roupagens nas estátuas da deusa.
Comemoração  grega da deusa Rhea, a Mãe das Montanhas. Rhea era uma antiga deusa cretense da Terra, reverenciada com procissões de címbalos, flautas, tambores, tochas acessas e labrys, representando a fertilidade da terra.
Festival da lagosta em Nova Scotia, reminiscência das antigas celebrações das Deusas das Águas.






CELEBRAÇÃO DO DIA 8 DE JULHO:


Festa de Santa Sunniva, versão medieval cristianizada da deusa solar nórdica Sunna. Como para os povos nórdicos o Sol representava a Fonte Criadora da Vida, ele era representado por uma deusa. Segundo as lendas, Sunna sentava-se nas pedras, começando a fiar em sua roca de ouro, uma hora antes do Sol nascer. Chamada de Noiva Luminosa do Céu, Sunna carregava o disco do Sol em sua carruagem, puxada por dois cavalos fogosos. Para protger a terra do calor demasiado do Sol, ela usava seu escudo mágico. Ela também defendia os homens contra os anões malévolos, pertrificando-os com seu olhar. As pedras lhe eram sagradas e, par honrá-la, os homens ergueram inúmeros círculos de pedra espalhados por toda a Escandinávia.
Celebração da deusa finlandesa do Sol e do dia, a Virgem Dourada. Antigamente, seus fiéis, untavam suas imagens de madeira com o sangue dos animais que, neste dia, eram sacrificados em sua homenagem (renas brancas, ovelhas ou cabras). Na Noruega, quando os primeiros raios do Sol apareciam após os escuros meses de inverno, as mulheres desenhavam símbolos solares com manteiga nas portas de suas casas. 
Nos países eslavos, reverenciava-se Sundy Mumy, a Mãe do Sol, pedindo-lhe que esquentasse o tempo e fortalecesse seu filho, o Sol.
Parada das moças em Portugal, carregando cestos com pão, enfeitados com flores. Acreditava-se que, com esta oferenda, os espíritos das doenças eram aplacados e afastados pelo resto do ano.



CELEBRAÇÃO DO DIA 7 DE JULHO:


Em Roma, Nonae Caprotinae, a mais antiga celebração de Juno, a deusa greco-romana padroeira do casamento e das mulheres. Juno era conhecida por vários nomes, de acordo com suas atribuições: Pronuba, a que encaminhava o parceiro certo; Cinxia, a que estimulava o interesse do parceiro; Populônia, a deusa da concepção; Sospita, a facilitadora do parto, e Lucina, a que trazia a criança à luz. 
Feriae Ancillarum, o festival romano das empregadas, que desfrutavam de liberdades e regalias neste dia. 
Tanabata, o festival japonês das estrelas, comemorando Shokujo e Kengyn, personagens de um antigo mito. Diz o mito que eles eram um casal de namorados que, ao se verem separados por um rio turbulento, preferiram se jogar na água e morrer abraçados. Os deuses, condoídos com essa prova de amor, transformaram-mos em duas estrelas, colocando-as às margens da Vía Láctea. Neste dia, as pesoas reuniam-se recitando poesias e orando para as duas estrelas, pedindo sorte no amor. 
Celebração da Vía Láctea, na China, comemorando o encontro entre a deusa Zhinu e seu amado, o pastor. O mito, similar ao japonês, relata a separação do casal e seu encontro anual em uma ponte formada por andorinhas.



CELEBRAÇÃO DO DIA 6 DE JULHO:

Celebração de Chih Nu, a deusa tecelã chinesa, padroeira das tecelãs, dos casamentos e regente da estrela Vega, da constelação de Lira. A tarefa desta deusa era tecer as roupas das divindades com os fios multicoloridos do arco-íris. 
Festa de Io, antiga representação grega da Lua como uma deusa com cabeça de vaca, ornada com chifres e tendo em seu corpo as três cores sagradas da Deusa: branco, vermelho e preto. Posteriormente, esse simbolismo foi atribuído a Hera, que passou a ser chamada de "deusa com oklos de vaca" e Io foi reduzida a uma simples mortal, amante de Zeus e transformada por ele em vaca para escapar a fúria de Juno. 
Dia dedicado às deusas lunares adornadas com chifres Hathor, Io, Hera, Juno, Luna, Pasiphae, Selene,  Isthar, Ísis e Nephtys.
Neste dia, na Espanha, em lugar das antigas celebrações da Deusa, começam as sangrentas e absurdas corridas de touros. O touro, antigamente, era um animal sagrado e sacrificado apenas nos rituais, sem colocar em risco a vida dos jovens e sem torturar o animal. Em Creta, pelo contrário, jovens (moças e rapazes) participavam de todo o tipo de competições, inclusive com saltos acrobáticos sobre os touros, que depois eram coroados e não sacrificados.



CELEBRAÇÃO DO DIA 5 DE JULHO:

 
Dia da deusa egípcia Maat, a guardiã da justiça, da sabedoria e da verdade. Maat era filha do deus solar Ra e esposa de Thot, o deus da sabedoria, da magia e do conhecimento. Como senhora dos julgamentos, suas leis governavam os três mundos e até mesmo os deuses deveriam obedecê-las. Suas imagens mostram-na pesando os corações dos mortos, comparando-os a uma pena de avestruz que adornava sua tiara. Em seus julgamentos, ela era assistida por um tribunal de quarenta e dois juízes que avaliavam a pureza das almas ou a presença do mal em suas vidas. Se a alma estivesse leve pelo uso justo da verdade, o morto entrava no mundo subterrâneo à espera do renascimento. Se a balança se inclinasse com o peso das maldades e mentiras, o morto era devorado pela deusa Ahemait, que tinha o corpo de leão, hipopótamo e crocodilo.
Celebrações solares de Feill Sheathain dos Pictos, na antiga Escócia e dos índios Assinboine, no estado de Montana, EUA.



CELEBRAÇÃO DO DIA 4 DE JULHO:

Celebração da deusa Pax, guardiã da paz e da harmonia, equivalente romana da deusa grega Concórdia. Gahan, a cerimônia dos índios Mescalero Apache homenageando os espíritos das cachoeiras, das montanhas e a deusa ancestral da terra Akwin.
Dança do Sol dos índios Ute honrando o deus do fogo solar, a força dos guerreiros e a deusa solar Kutnahin.
Na Austrália, comemoravam-se "As Filhas do Tempo de Sonhos do Sol" ou as Djanggawul. Eram divindades ancestrais, guardiãs das tradições e dos rituais que regiam a fertilidade, a criação das plantas e dos animais. Foram elas que legaram às mulheres o poder e a sabedoria para criar e fazer rituais.



CELEBRAÇÃO DO DIA 3 DE JULHO:

 
Na Europa antiga, celebração das futuras mães, honrando todas as deusas padroeiras da fertilidade, da gestação, do parto e dos nascimentos, como Ártemis, Bona Dea, Carmenta, Eileithyia, Leto, Lucina, Mami, Mawu, Nagar Saga, Sheelah Na Gig, Skuld e Zemira. Neste dia, as mulheres grávidas recebiam vênções e honras, sendo celebradas pelas outras mulheres e abençoadas pelas sacerdotisas.



CELEBRAÇÃO DO DIA 2 DE JULHO: 


Festival celta celebrando a deusa da fertilidade e inspiração Cerridwen, a detentora do Caldeirão Sagrado da transmutação e Grande Mãe da vegetação. Seus símbolos eram o caldeirão, o cãlice, a porca branca e os cereais. 
Comemoração de Zytniamatka e de Kornmutter, as mães do milho na antiga Prússia e na Alemanha, as deusas da agricultura e dos cereais cujo espírito ficava retido na última  espiga da colheita. Essa espiga era transformada em uma boneca e guardada até a próxima primavera quando, durante um ritual, era enterrada na terra arada para favorecer o plantio e a colheita.
Dança do milho verde dos índios Seminole, na Flórida, homenageando a deusa da agricultura Selu e seu consorte Konati, o senhor da caça. Segundo a lenda, Selu, antes de morrer, ensinou seus filhos a fertilizarem a terra com seu sangue para que o milho pudesse crescer. 
Na Micronésia, os povos nativos comemoravam, neste dia, Lorop, a criadora, deusa que alimentava seus filhos com peixes e frutas. 
Na Havaí e Nova Zelândia celebrava-se Haumera, a deusa da fertilidade, da vegetação e dos nascimentos. Mãe de Pele, a deusa do fogo vulcânico, ela ensinou às mulheres o parto natural.





CELEBRAÇÃO DO DIA 1° DE JULHO:


Celebração da deusa assíria Atargatis ou Dea Syria, a mãe da deusa Semiramis. Atargatis podia ser representada como uma deusa sereia, uma deusa golfinho, uma deusa da vegetação ou uma deusa celeste, envolta por nuvens. Na Síria era chamda de Tirgata e foi identificada, posteriormente, com Afrodite. Em seu templo em Der, na Babilônia, ela era denominada Derceto, "a Baleia de Der", enquanto que em Harran acreditava-se que seus peixes sagrados tinham poderes oraculares. Na Beócia, ela foi equiparada a Ártemis, sendo representada com um amuleto em fora de peixe sobre seus genitais. 
O peixe é um símbolo universal da Grande Mãe, conhecido como Vesica Piscis e representado como o "yoni" o órgão sexual feminino. Os hindus deram o sinônimo de "cheiro de peixe" à deusa Yônica e um dos apelidos da deusa chinesa Kwan Yin era "a deusa peixe". Na Grécia, "delphos" significava "peixe" e "ventre" e o oráculo original de Delphi pertencia a Themis, a deusa peixe ou golfinho, senhora do abismo primordial.  O peixe era o alimento sagrado das deusas Salácia, Afrodite e Freya, comido nas sextas feiras, dia de Vênus, muitos séculos antes das recomendações cristãs. O símbolo do peixe como representação do yoni da Deusa era tão arraigado na mente e nas celebrações dos povos que o cristianismo assumio-o, após revisar e modificar seu significado. No início, Jesus era representado dentro de uma Vesica Psicis sobreposta ao ventre de Maria, reproduzindo, assim, os antigos símbolos das Deusas Mães. Um antigo hino medieval falava de "Jesus, o pequeno peixe que a Virgem pegou na fonte". Vários nomes de deusas das águas (Mari, Marriti, Mehit e Mehitabel) eram representados por ideogramas significan do mar, mãe e peixe. 
Início da procissão ao monte Fujiyama, no Japão, celebrando a deusa do fogo Fuji, a padroeira do Japão. O Fujyama é o monte mais alto do Japão, sendo considrado o ponto de contato entre o Céu e o Mundo Subterrâneo. É nele que mora Fuji, uma deusa anceatral, senhora do fogo vulcânico. Neste dia, Fuji é honrada com orações e queima de oferendas nas fogueiras, hoenageando-a como a Avó do Japão. 
No Nepal, comemora-se Naga Panchami, festival em honra a deusa-serpente Manasa Devi. Após colocarem oferendas nas tocas das cobras, as pessoas seguiam em procissão aos templos, carregando cobras vivas e colocando-as em altares enfeitados com imagens de najas.